Seu Fantasma no Nevoeiro
A lua no céu majestosa pendia,
O retrato cruel da branca palidez,
Alta e majestosa adiante seguia,
Testemunha solitária da altivez
Meia noite! As horas avançam,
Ante a névoa densa vaporosa
Negras sombras assim dançam
Entre a noite fria e silenciosa
Que belo luar e calma viagem
Quando retorno para a estrada
Adiante avisto uma imagem,
Em meu caminho está parada
O cavalo tornou irritado
E tentam fugir em um trote,
Seguro-o no laço estreitado
Comandando o seu galope
Eu vi bem lá não tão adiante,
A visão de um vulto qualquer
Luzia a aura com luz brilhante
Fora a silhueta de uma mulher
Vestia uma mortalha suja rasgada
Do véu a grinalda úmida sem a cor
Parecia estar tão ferida, machucada.
Sentia algum tipo pungente de dor
Tentei prestar senão algum auxílio
Convidei-a para no coche sentar,
Talvez aliviar um pouco o martírio
E fazê-la do susto se recuperar
Seu semblante diabólico mudou
A aura diabólica aos pouco se fez,
Em um silvo agudo ela sussurrou
No medo alvejou-me a palidez
E seus olhos são incolores
Refletindo a imagem do pavor,
Eram translúcidos em dores
Contaminando-me no horror!
-"Veja com teus olhos meu amor
Eu ouvia aquela voz infernal,
-"Sou a dama de branco, negra flor...
Que lhe levará ao frio sepulcral"
(...)