Seu Fantasma no Nevoeiro

A lua no céu majestosa pendia,

O retrato cruel da branca palidez,

Alta e majestosa adiante seguia,

Testemunha solitária da altivez

Meia noite! As horas avançam,

Ante a névoa densa vaporosa

Negras sombras assim dançam

Entre a noite fria e silenciosa

Que belo luar e calma viagem

Quando retorno para a estrada

Adiante avisto uma imagem,

Em meu caminho está parada

O cavalo tornou irritado

E tentam fugir em um trote,

Seguro-o no laço estreitado

Comandando o seu galope

Eu vi bem lá não tão adiante,

A visão de um vulto qualquer

Luzia a aura com luz brilhante

Fora a silhueta de uma mulher

Vestia uma mortalha suja rasgada

Do véu a grinalda úmida sem a cor

Parecia estar tão ferida, machucada.

Sentia algum tipo pungente de dor

Tentei prestar senão algum auxílio

Convidei-a para no coche sentar,

Talvez aliviar um pouco o martírio

E fazê-la do susto se recuperar

Seu semblante diabólico mudou

A aura diabólica aos pouco se fez,

Em um silvo agudo ela sussurrou

No medo alvejou-me a palidez

E seus olhos são incolores

Refletindo a imagem do pavor,

Eram translúcidos em dores

Contaminando-me no horror!

-"Veja com teus olhos meu amor

Eu ouvia aquela voz infernal,

-"Sou a dama de branco, negra flor...

Que lhe levará ao frio sepulcral"

(...)

opoetakurita
Enviado por opoetakurita em 16/05/2012
Reeditado em 16/05/2012
Código do texto: T3671404
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