Memórias de um Serial Killer 11
Capítulo 10
Procurei por vários dias o candidato ideal para suprir as minhas necessidades energéticas, frequentei o submundo da cidade utilizando vários disfarces a fim de que minha presença não fosse percebida, já que um rosto novo e frequente acaba por chamar bastante a atenção.
Minha tocaia revelou-me algumas opções interessantes e optei pela que me permitia uma ação mais rápida e segura já que, quanto maior o peixe, maior risco de interferência do cardume circula à sua volta.
Optei por um pequeno traficante desses que frequentam a marginalia suburbana, levando o vício e a degradação social aos seus habitantes.
Claro que eu não poderia atacar um tubarão do tráfico, portanto tive de contentar-me com um dos chamados peixes pequenos.
Confesso que o aumento do risco foi como uma injeção de adrenalina em minha ação. O planejamento teve de ser redobrado para evitar qualquer falha.
Era preciso encontrar aquele exato instante em que ele estivesse só, voltando para sua casa, longe de olhares curiosos ou de alguma vigilância. Claro que pela sua profissão não era fácil encontrar esse lapso de tempo, por algumas vezes tive de abortar o plano, pois alguém se aproximava para comprar seus produtos.
Finalmente após uma perseverante paciência encontrei a brecha que tanto almejava, agi como um comprador e rendi-o diante da ameaça de minha arma em punho, depois foi apenas fazê-lo dirigir até um lugar isolado e seda-lo rapidamente.
Conduzi o seu carro até meu abatedouro e ocultei o mesmo na garagem.
Levei o rapaz para o meu porão e acorrentei-o pelos pulsos à viga previamente preparada para recebê-lo.
Amordacei-o para evitar a irritação que o seu predecessor me havia causado e deixei-o ali, esperando que recobrasse os sentidos.