Hospital Horror - cap. 5 - O Consultório do Estuprador

Por mais que Rafael andava transtornado nos últimos anos e mais ainda nos últimos dias, ele ainda era um médico e como todos os outros, tinha uma certeza: "Plantão a noite é uma merda". Pensou ele, mas não demorou para seu pensamento voltar para as coisas bizarras do ultimo dia "Ainda mais fazer plantão numa porra de hospital mal-assombrado"

Rafael caminhava pelo desértico corredor do Raio-X, quando escutou vindo de uma sala um abafado chamado. "Doutor, doutor", chamava a voz de mulher. Vilaforte foi até lá, abriu a porta e nada tinha, quando se virou um mulher loira com a barriga sangrando lhe bateu na cabeça com o ferro que carrega soro, Rafael caiu ao chão levando a mão na cabeça, sentiu que estava com sangue, quando tentou se levantar a moça estava com um seringa apontada bem perto do seu olho.

- Não se mexa Dr. Ou te mato. Você vai fazer um favor para mim e em troca conhecerá a verdade. Aquele gordo filho da puta do Niegra matou minha criança e depois me matou. Mas a morte é pouco pra ele, e nem quero ver sua cara de fantasma vagando por esse hospital por toda a eternidade. Ele escondeu meu prontuario na casa dele,isso é a prova do meu assassinato, quero que vai até lá, pegue isso e chame a policia.

Rafael não conseguia nem responder.

- Se não fizer, primeiro que lá tem coisas muito importantes sobre Mondego e alguns pacientes, inclusive sua adorável esposa. Segundo, eu te mato. - Dizendo isso a moça sumiu na sua frente.

No outro dia de manhã Rafael foi conversar sobre isso com Karina. Mas a moça mais uma vez não acreditou nos fantasmas, e Rafael já não sabia em que acreditar.

- Rafael, você andou conversando com Laura de novo né? O que ela andou te contando?

- Nada sério, apenas lendas do hospital, corpos que somem do necrotério, casos de eqm, a loira do soro, a porta para o inferno no subsolo. Essas coisas.

- Viu, o que você encontrou ontem a noite foi a Loira do Soro. Historinha que está na sua cabeça e ai...

- Paula. Você sempre fala isso Karina, ela faz virar realidade coisas que estão na minha cabeça. Então eu não devo acreditar em fantasmas mas devo acreditar em uma mulher telepata que está em coma e transforma sonhos em realidade? E que esse hospital não tem nada de estranho tirando Paula e o Assassino de Branco?

- Que assassino?

- Você nunca ouviu falar do Assassino de Branco?

- É claro que não. Mas isso não vem ao caso, e se for verdade. E se Niegra é um assassino, você vai la na casa dele? E se for perigoso?

- Eu entrarei lá no dia do plantão dele, hoje de manhã quando ele trocou de roupa pra entrar no centro cirúrgico eu peguei as chaves na roupa dele e fiz copia. Vai ser seguro, Karina, prometo.

- Cuidado Rafa, eu não quero que você machuque. Eu...gosto de você. - disse ela baixinho.

- Eu também gosto muito de você. - a troca de olhares foi mais intensa, e em seguida veio o inevitável beijo.

Duas noites depois Rafael foi até a casa de Niegra no dia do seu plantão. Rafael entrou e procurou o quarto onde ele resolveu que iria ser o primeiro lugar a procurar. Abriu duas portas, uma era um banheiro e outra um quarto pequeno para hospedes. Na terceira ele se assustou, havia um quarto cheio de objetos sexuais e se sadomasoquismo, mas o pior é que alguns estavam sujos de sangue, como um grande pênis de ferro em cima da estante. Do lado havia uma câmera digital, Rafael pegou apertou o play.

No vídeo havia uma loira com a boca presa em ferros com sangue e ela parecia estar chorando, Niegra veio por trás com o falo de ferro e enfiou no reto da garota com força, ela gemia de desespero e não de prazer, e ele gritava "Você quer essa piroca no cuzinho, sua putinha? Então toma". E enfiava mais forte, a garota soltou sangue pela boca e como estava com o ferro começou a engasgar e acabou morrendo. No momento da morte Niegra gozou de tanto prazer. Em seguida ele pegou o corpo da garota e colocou dentro de um friezeer que estava ali do lado.

Rafael desligou a câmera enojado com aquilo, e viu o tal frizeer, mas não teve coragem de abrir. Saiu daquela sala de pressa, abriu a outra porta e tinha um escritório, começou a mexer nas gavetas, uma estava trancada mas por sorte depois de algumas tentativas umas das chaves que ele tinha feito cópia abriu a gaveta. Dentro tinha vários prontuários de paciente, o primeiro de uma senhora, no óbito caracterizava dosagem a mais de medicação. O segundo reconheceu a foto da moça que lhe "pediu" o favor. Abriu o prontuario e viu que ela teve kcl injetado diretamente na veia, mas em sua prescrição não havia nem um pouco de cloreto de potássio. A terceira era recente, uma moça que Mondego estava cuidando e seu óbito foi por alergia a dipirona, onde estava na prescrição que ela tinha alergia. Rafael foi mexendo nos prontuários e viu que todos eles caracterizavam assassinatos ou descuidos, tanto de Niegra como de Mondego. Já era um dos últimos quando ele viu o nome de Maria Vilaforte, mas nesse momento a porta abriu e Niegra estava ali.

- O que você está fazendo aqui?

Niegra sacou uma arma da cintura e apontou pra Rafael, ele disparou mas errou, quando Vilaforte viu o Assassino de Branco estava ali, e tinha acertado o braço dele com o bisturi, o gordo tentou se virar mas o Assassino passou o bisturi em suas gorduras da barriga e em seguida no pescoço. Niegra caiu morto ao chão.

O Assassino limpou o bisturi e encarou Rafael. Este ficou imovel, por uns instantes eles apenas se fitaram, mas o Assassino correu pra cima de Rafael com o bisturi em punho.

Continua no Capitulo final: Leito 666

Renan Pacheco
Enviado por Renan Pacheco em 09/05/2012
Reeditado em 09/05/2012
Código do texto: T3658454