Hospital Horror - cap. 4 - "Eu Te Receito Uma Morte Lenta"

Rafael caminhava pelos corredores do hospital, o lugar parecia que tinha sido abandonado, as paredes estavam sujas, tudo empoeirado. Na parece a direita tinha marcas de sangue que pareciam ter sido feitas com as pontas dos dedos de alguém esfregando a mão na parede. No fim daquelas marcas tinha um retrato chamuscado de Carla Vilanova recebendo algum prêmio das mãos de Mondego. Rafael escutou um barulho de algo enferrujado, olhou pra trás e viu uma enfermeira empurrando uma mulher em uma cadeira de rodas. Foi até ela chamando, mas a moça não olhou pra trás, apertou o passo e encostou em encostou com a mão em seu ombro. A mulher se virou, mesmo com o rosto todo queimando e parte da boca grudada reconheceu que aquela era Carla, se afastou mas viu de perfil a mulher na cadeira. Rafael por hora travou ao ver Maria Vilaforte ali. Depois de se recuperar do choque foi até ela, Carla não dizia nada e nem parava de empurrar a cadeira.

- Maria, você está... - exitou em perguntar por um instante - Viva? Morta? Me explique.

- Você sabe Rafael - disse com a voz debilitada e entre tossidos - Eu parti a um tempo.

- Mas você me chamou aqui. A carta foi você que escreveu.

- Te chamei pra entender. Há pessoas muito más nesse hospital, que fazem coisas terríveis, suspeito que o Dr. Niegra. - deu um risinho baixo - Ou como as pessoas o chamam de Gordoutor - deu mais um riso - Como dizia, suspeito que ele mata prostitutas em motéis fuleiros apenas por diversão. Mas tem outras pessoas que fazem coisas piores, mas não é por diversão, elas fazem porque não sabem o que estão fazendo.

- Não entendo...

- O sangue e a morte atrai as pessoas, elas o querem, mas tem medo de quererem. E quando o tem, inventam histórias fictícias na mente para negarem a si próprio.

- Eu continuo sem entender... - Rafael não terminou de falar quando deparou com o Assassino de Branco.

- Corra Rafael, salve sua vida, aproveite que ainda a tenha. - gritou Maria no momento em que Assassinou lançou um bisturi que acertou bem em sua testa. Rafael começou a correr, chegou ao elevador que estava se abrindo, entrou. Quando olhou viu que Carla também estava correndo, mas o Assassino a alcançou e a decepou com um machado de emergência, sua cabeça rolou para dentro do elevador, a porta foi se fechando devagar e o Assassino vindo, foi quando a cabeça de Carla disse:

- Rafael, Mondego sabe das coisas estranhas do hospital, e as usa em beneficio próprio. Mondego também já provou do sangue e da morte, e agora com a ajuda das coisas, ele tenta inventar uma história para negar a si. Acorde para a realidade. - A porta do elevador só tinha uma frestinha e o Assassino lançou seu bisturi que passou por ali e acertou Rafael na cabeça, nesse momento ele acordou.

Ele tentou se levantar da cama mas Karina não deixou, estava com soro no braço e cheio de curativos.

- O que aconteceu?

- Você foi achado em meio a uma poça de sangue no quarto de Paula Chaves. Eu te avisei do que ela é capaz.

- Eu tive um sonho Karina, um sonho estranho, com minha esposa e com Carla Vilanova.

- Quem é Carla Vilanova?

- A enfermeira que morreu no incêndio.

- Incêndio? Você não está bem.

- Ela me falou de Mondego, ele sabe dos monstros.

- Nesse hospital você sonha o que Paula quer. Ela coloca coisas na sua cabeça. Não leve a sérios sonhos aqui. - Karina continuo falando mas Rafael estava com a cabeça em outro lugar, depois do sonho notou o quão ficava mais parecida Karina com sua falecida esposa, e o quão seu sentimento mudava em relação a ela, foi ai que voltou a si, só porque queria escutar a voz dela - Não há monstros Rafael. Há apenas um monstro neste hospital.

Continua no penúltimo capitulo - O Consultório do Estuprador.

Renan Pacheco
Enviado por Renan Pacheco em 06/05/2012
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