O Livro de Vanel
Pouco conhecido na história, para não dizer nunca citado, Vanel foi um feiticeiro, cruel e sanguinário, que viveu na região da antiga Mesopotâmia.
Especialista na arte das trevas, Vanel era temido por muitos devido a seu ar sinistro e fama de invocar forças do mal em busca de seus desejos. Alguns o julgavam como sendo um alquimista, pois após sua misteriosa morte, em sua casa foram encontradas diversas poções mágicas e livros de magia negra. Um deles, porém foi o responsável por um dos maiores mistérios da idade média: "O Livro de Vanel".
Vanel não chegou a concluí-lo, fato este comprovado após anos de trabalhos arqueológicos que buscaram traduzi-lo.
As páginas utilizadas eram feitas de algodão e seda. Até aí, nada demais, pois era um artigo muito utilizado na época para tal fim. Estranha mesmo era a tinta utilizada: à base de sangue humano!
A origem do sangue não é sabida. Alguns comentam que seria sangue do próprio Vanel, como parte de um ritual em busca da vida eterna ou mesmo um pagamento de dívida com as forças ocultas.
Outro fato curioso estava nas capas dos livros. Todas eram feitas por nada menos que pele humana dissecada. A origem também é outro grande mistério, mas cogita-se ser de escravos, condenados à morte ou mesmo das vítimas dos rituais de Vanel.
Nas fórmulas e encantos haviam coisas do tipo "Como ressuscitar um camelo" ou "Como transformar ferro em ouro".
O último dos encantos, porém, até hoje desperta a curiosidade dos arqueólogos. Não se sabe ao certo do que se trata, pois como dito anteriormente, faltam páginas. O pouco que se traduziu lembrava algo do tipo "Como preservar um espírito dentro de um livro", mas na parte onde se explicava como fazer foi exatamente o momento da morte de Vanel. Talvez ele teria realizado tal feito, morrendo para viver, para sempre dentro das páginas de seu livro.
No local não-revelado onde ele se encontra (cogita-se a biblioteca do Vaticano) vários ruídos estranhos já foram ouvidos. Em um deles, palavras pronunciadas, num idioma desconhecido. Outros como que movimentando artefatos de cerâmica e gemidos de morte.