Vampiro

Defronte a cútis pálida e fria

Que a noite enfim descansa,

Da morte, tua fronte pendia,

No olhar mortal que se lança!

Ergue-te do túmulo aberto,

Com a sede mortal ao sangue,

Do inferno então desperto

No terror minha face langue!

E estes revoltos em brancura,

Junto aos caninos salientes,

Regresso da morte na sepultura

Vindo devorar os inocentes!

Era a visão do pânico noturno,

Que me banhava no despertar,

No silêncio d'um horror soturno

Esse fluido vital viera me sugar!

Mas este odor tão sepulcral,

Vem ao longe me perseguindo

O morcego criatura imortal

Quando ao leito vou dormindo

O desespero me amortalha,

E congela-me cada neurônio,

Em horror a alma se entalha

Ao fitar na noite – o demônio!

Adeus! Vou ter aos pés a cruz,

No débil ar que respiro,

Lento apaga-se o feixe de luz

Ao meu lado!O vampiro...

(...)

opoetakurita
Enviado por opoetakurita em 30/04/2012
Reeditado em 28/02/2015
Código do texto: T3641979
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