Memórias de um Serial Killer 7
Capítulo 6
Quando meu “amigo” despertou de seu desmaio de dor e medo, eu já sabia exatamente o que fazer para aplacar o meu apetite.
Minhas ferramentas já estavam a postos para começar os suplícios do purgatório em vida pelo qual ele deveria passar a partir daquele momento.
Liguei a minha lixadeira elétrica e passei a retirar com ela partes de sua pele, causando-lhe um considerável dor, nada que o levasse a óbito, obviamente, mas o suficiente para fazê-lo sofrer. Logo depois lavava as suas feridas com salmoura o que fazia com que seu corpo se contorcesse em espasmos de dor, debatendo-se incontrolavelmente sobre a mesa onde jazia aprisionado.
Após dar-lhe algum tempo para que se recobrasse, reiniciava a brincadeira em outra parte de seu corpo, e assim foi que passei horas me deleitando com o terror estampado em sua face, a cada vez que ligava a minha ferramenta.
O banho de água e sal limpava suas feridas assim como o sofrimento físico deveria limpar as chagas de sua alma amargurada e sofredora.
Afinal que esperança haveria para um morador de rua, entregue ao vício da bebida e encarado como um lixo humano pela sociedade? Nenhuma, ele continuaria a passar seus dias como um ser invisível aos olhos dos demais, ninguém se importava com a sua humanidade ou com o sofrimento de sua alma, ninguém a não ser eu.
Após enfastiar-me com aquele jogo e imaginar que ele finalmente estava pronto para encontra-se com o Criador, chegou a hora de saciar a minha fome e deixa-lo finalmente partir.
Deixei a lixadeira de lado e coloquei a broca em minha furadeira, usando-a para perfurar a sua têmpora. Senti a morte tomar posse do pobre diabo e pude degustar aquele olor especial que me saciava a fome voraz que me consumia a alma. Missão cumprida, por hora.