Amor mortal-continuação
Carlos estava deitado em um pequeno sofá cama e virou a cabeça, quando ouviu a porta se abrir. Estava extremamente pálido e ao redor dos seus olhos havia círculos arroxeados. Ao perceber minha presença, uma espécie de gemido saiu dos seus lábios e ele tentou se sentar. Notei que ele estava muito fraco e me aproximei para auxiliá-lo. Nesse momento dedos fortes como garras, seguraram meu braço e me puxaram para fora. A mão que me arrastou para fora do quarto, pertencia á Melissa. Ela fechou a porta novamente e me olhou com odiou estava apavorado e tudo oque queria era sair dali, mas precisava saber oque Carlos fazia preso naquele quarto. Fingindo uma coragem que não sentia perguntei a moça se meu amigo estava doente e se queria que eu o levasse ao médico ou para casa, para que sua mãe cuidasse dele. Melissa então disse que estava tudo bem, e que o rapaz apanhara uma gripe, mas já estava se recuperando. Falei então da preocupação de todos e que achava melhor que ele fosse embora comigo. Uma chispa de raiva atravessou seus olhos e com uma voz firme, ela disse que estava cuidando dele e que não havia motivos para preocupação. Ia insistir, quando a porta do quarto se abriu e por ela saiu meu amigo cambaleando. Corri para segurá-lo antes que caísse, mas Melissa se antecedeu e o colocou sentado na única cadeira que havia na sala. Meu Deus, Carlos parecia uma caveira! Em poucos dias de desaparecimento havia emagrecido muito. Em nada lembrava o rapaz saudável de outrora. Pequenas rugas marcavam-lhe o rosto e todo o seu semblante era de sofrimento. Ignorando meu sexto sentido que mandava que eu saísse dali, me aproximei e toquei em sua testa para sentir a temperatura, mas retirei a mão assustado. Carlos estava gelado. Era como se eu tivesse tocado em um defunto. Notando que ele queria falar alguma coisa me inclinei para ouvi-lo e nesse momento algo me acertou com força a cabeça e perdi os sentidos. (continua) 18/04/12