Os fantasmas de Susan

Quem nunca se assustou por pouca coisa ou até mesmo suspeitou ter visto algo e quando voltasse a olhar; não passava de ser uma imaginação? Pois bem, a história que vou contar agora foi decorrida a partir de pensamentos assim.

Susan era uma garota esperta e intelectual que não aceitava superstições ou histórias fantasmagóricas, sempre quando ia para a faculdade, ou trabalho e ouvia uma história, conto ou um filme de terror, saia rindo e zuando com a cara dos colegas que temiam andar em uma sexta-feira 13, ou quaresma em lua cheia, mas acontece que ela era cercada de amigos parentes e vizinhos todos os momentos, nunca teve a chance de ficar sozinha perto de um cemitério ou em uma encruzilhada.

Mas o destino é justo com quem merece, e um dia Susan teve a surpresa de ser voluntária em um trabalho da faculdade em outra cidade, onde um grupo de mais três meninas e dois meninos, e se hospedaram em um hotel pequeno e abandonado na beira de uma estrada.

Como todos eram acostumados com viagens a locais isolados, ás vezes até em matas e ilhas desertas, não se importaram com a monotonia do local, mas Susan não gostou nem um, pouco quando foi encarregada de ir a cidade fazer compra sozinha.

O carro era bom, o combustível era suficiente e a estrada estava em boas condições, mas o lugar era assustador a noite. Susan foi confiante em seus colegas, um radio transmissor foi levado com ela em caso de emergência, e durante as compras tudo correu bem, só algo deixou Susan desconfiada, depois das seis da tarde todos se recolhiam as suas casas e acendiam uma vela na porta de entrada, mas antes que pudesse perguntar uma garota disse a ela com um sotaque caipira:

_Ocê ta fazendo uque por aqui moça, divia ir pra casa enquanto é tempo!

_Mas por quê? Não vejo motivo algum para tanto desespero.

_Se ocê pensa assim, eu vou pra casa acende uma vela!

Susan achou aquela história ridícula, subiu em seu carro e foi ouvindo algumas músicas no caminho e sem que ela percebesse, quando o sou se pôs, não se sabe se por magia, seu carro parou de funcionar. Depois de verificar o combustível, as rodas e o motor e constar que tudo estava em ordem, tentou comunicar com os amigos que estavam no hotel.

Depois de procurar por todo lado pode perceber que tinha esquecido seu rádio transmissor no mercado, praguejou bastante,desejou estar em casa uma hora daquela assistindo um filme ou com as amigas em uma lanchonete conhecida, mas não estava, e bem longe da cidade com aquela gente esquisita acendendo velas ela não ia voltar.

Cerca de quinze minutos depois ela estava quase cochilando quando ouviu um estrondo, e uma carruagem com seis cavalos vinha em sua direção, saindo faíscas por todo lado, enquanto um homem gritava dando chicotadas, Susan se viu perdida, bem no meio da estrada, com o carro estragado, aquela carruagem a esmagaria em questão de segundos.

Antes de pensar duas veses pulou do carro e ainda teve tempo de ver a carruagem desaparecer na frente de seus olhos, achando que estava sonhando levantou bateu a poeira e começou a rir de si mesma, o carro estava intacto, e nenhuma marca das rodas da carruagem, então como sempre Susan chegou a uma conclusão: estava sonhando.

Começou a pensar em seus colegas desnaturados no hotel, será que já tinha passado pela cabeça deles em procurar por ela? Não se sabe.

Antes que pudesse pensar em alguma coisa ouviu um barulho no vidro de seu carro, um homem vestido de cowboy usando um chapéu enorme com olhar de xerife, foi logo perguntando:

_Ei; é bom o cê sai daqui, pra onde tá indo?

_Ai graças a Deus, pelo menos um ser pode me entender nesse lugar!

_Ei moça, eu só disse que é bom o cê saí daqui, não falei nada que te entendo não.

_Tá bom, eu estou indo pro hotel.

_Vem comigo, de manha eu te ajudo.

_De manhã? Mas eu quero ir pro hotel agora.

_Bom, isso é o máximo que eu posso fazer procê agora, ou prefere ficar aqui até o sol nascer?

_Não, eu aceito ir com você.

_Muito bom; munta na garupa aí.

_Garupa? Mas e meu carro?

_Esquece, até de manha ele não vai sai daí.

Depois de andar por meia hora a cavalo por um lugar estranho, chegaram a uma taverna onde o homem disse:

_È aqui, já pode apiá.

_O que? Mas eu pensei que você fosse me levar pro hotel!

Era uma taverna escura e fétida, com bêbados jogados pelo chão, mulheres quase nuas e gargalhadas macabras por todo lado.

_Por que você me trouxe aqui?

_Vai por mim moça, aqui vão te ajudá mió que no seu hotel.

Susan percebeu que todos usavam roupas que pareciam de um século atrás, figurinos horrorosos e sujos, uma mulher superbêbada chegou perto de Susan e perguntou:

_Como ocê chama gracinha?

_Susan, por que vocês não se esconderam como todos da vila?

Um estrondo de gargalhadas macabras se fez por toda a taverna, enquanto o xerife deu um tiro para cima, fazendo todos calarem:

_A moça aqui tem o direito de sabe o que se passa por essas banda.

Todos concordaram, fazendo um alarde de “ é , ele tem razão; a tempos não recebemos visita``.

_A muito tempo, quando isso aqui era um vilarejo de bárbaros e ladroes, vivia uma velha por nome de Velha Guida, muito boa ajudava as pessoa em todos os males da carne, com seus remédios chás e simpatias, prolongava a vida dos pobre coitado que aqui vivia. E assim o tempo passou, Velha Guida já não saia mais de dentro de casa, quando um fazendeiro compro essas terra por aqui, mando derrubá as casas, queimá as prantação e açoita os que ficasse no meio do caminho.

Eu era o cherife, era respeitado e temido, fui mandado em nome de todos pra fala com o fazendeiro, que era sem acordo. Mando sete dos seus capanga pra me mata na portera da fazenda, consegui mata os sete com duas bala, e amarrei três com o cordão da butina, mas a balburdia começou naquele dia.

A fúria se espalhou pela região, mulheres crianças e homens de todas as idades lutavam com ira e ódio pra consegui a organização do lugá de vorta; mas foi impossível, depois de meses a fome e a peste se alastrou, homens matava o próprio irmão pra consegui dinheiro e comida. Um certo dia, Velha Guida nos deu um aviso, se aquela confusão não fosse detida logo, todos nós ia pagá caro, e sofre mesmo dispois de morto.

Ninguém ia ouvi uma velha caduca, e um dia o banco foi assaltado, e uma mortandade de gente se fez, um ladrão matava o outro pra tomar posse do dinheiro, e o ultimo foi amaldiçoado por quatro geração a arrastá as corrente do pecado como punição.

Nóis tudo morreu naquele dia, estamo amaldiçoado,argém das nossas famía queima vela toda data de hoje pra libertá nossas alma, mas não adianta, ainda falta muito tempo de castigo.

Quando ele terminou de falar, um homem entrou na taverna arrastando uma enorme corrente, com ganchos de ferro.

Susan deu uma risada e disse:

_Já sei, estão tentando me assustar!

_Moça, óia bem pra nóis, cada um aqui tem uma marca de como nóis morreu, se o cê quisé ve, e só oiá contra a luz da lua.

Quando disse isso, todos saíram para fora, mostrando os esqueletos putrefatos, marcas de corte, bala e muitos outros golpes apareceram.

_E então moça, o cê ainda duvida de fantasma?

Susan deu um grito, e desmaiou.

Acordou no outro dia com a luz do sol batendo em seu rosto, ligou o carro e nunca mais deu notícias aos seus colegas do hotel, foi morar com sua avó em uma pequena cidade do interior.

Fim

Ludemila Vital
Enviado por Ludemila Vital em 27/03/2012
Código do texto: T3579829
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