Dama de Copas: E Chega Mais Uma Aliada!

Não teve como passar por elas sem ter que parar, eu não queria aquele encontro, ainda mais sabendo que tudo o que Grayce sabia era o que sua mãe havia contado, mas voltei mesmo contrariada, assim que me aproximei um pouco mais da mesa senti que Regianne tentava fazer algum conjuro para me prejudicar.

- Precisa ser um pouco melhor Regianne.

- O que você disse Danielle?

- Nada não Grayce.

- Bom dia Danielle!

- Bom dia Regianne.

- Nossa como você está bem...

- Regianne, por favor, fale logo o que você quer tenho outros assuntos para tratar.

- Nossa, faz tanto tempo que não nos vemos...

- Regianne, por favor, fale logo ou vou embora.

- Ai! Tudo bem, mas não precisa ficar nervosinha.

- Regianne, eu apenas não tenho tempo a perder, tenho coisas importantes para resolver.

- Como tentar matar Lestat e Agatha?

- Não estou tentando nada Regianne.

Nesse momento pude ver um vislumbre de alguma coisa que Regianne havia presenciado, mas não pude identificar o que era, mas vi Lestat e Agatha.

- E pode dizer para os seus senhores, que eu não vou me render.

- Do que você está falando?

- Estou falando Regianne, que Lorde de Copas e eu fugimos uma vez, mas desta vez estou pronta pra enfrentar Lestat e Agatha.

- Mas o que minha mãe tem a ver com isso Danielle?

- Tem tudo a ver Grayce, ela era apenas uma menina quando tudo aconteceu, mas foi ela quem espalhou para as outras wiccas que Lorde de Copas e eu havíamos atacado pessoas para nos alimentar.

- Mãe?

- Você não tem provas sua insolente.

- Não tenho? Ou você não quer que eu exponha quem realmente você é?

- Você não pode fazer isso, não tem poder suficiente.

Não falei nada, apenas fiz o conjuro que revelava os pensamentos das pessoas, e então consegui achar várias lembranças de Regianne falando com Lestat e Agatha no decorrer dos anos, e fui mostrando tudo para Grayce que estava pasma com tudo o que ela "enxergava". Só quando terminei que Regianne percebeu que eu havia feito o conjuro e quis me atacar com uma faca que estava sobre a mesa. Parei a mão dela no ar e fiquei segurando, então eu a peguei pelo braço e a levei até uma rua sem saída e sem nenhum movimento com Grayce me seguindo bem de perto.

- O que você vai fazer com ela?

- Bom, ela é uma wicca, e merece o julgamento de uma wicca.

- Mas ninguém na vila vai condenar minha mãe, ela é a lider.

- Bom, então eu vou julgá-la...

Segurando a mão dela ainda eu quebrei o braço em três lugares diferentes, e cada vez que eu quebrei o braço dela foi um grito estridente.

- Danielle, logo vamos chamar a atenção aqui.

- Não vamos Grayce, fiz um conjuro que ninguém pode nos ouvir ou ver aqui.

Continuei segurando Regianne pelo braço e quebrei as pernas dela em lugares diferentes.

- Agora Regianne, me diga o que Lestat lhe ofereceu?

- Nunca, nunca vou trair meu mestre.

- Seu mestre? Então cadê ele para te salvar?

Levantei Regianne do chão e a joguei e quando ela caiu não levantou mais, apenas gritava. Então fiz outro conjuro que consegui vislumbrar o que mais me importava, era uma lembrança dela falando para Lestat e Agatha sobre o conjuro que os poderia matar e falando sobre a criatura e que eu estava com o livro que continha esse conjuro.

- Então foi você que contou pra eles?

- Você não sabe de nada.

- Sei sim Regianne.

- Pare de ser ingênua Danielle, eles nunca serão mortos, essa criatura não existe.

- Regianne, quer fazer seu ultimo conjuro para a sua filha?

- Prefiro morrer a ver essa idiota com meus poderes.

- Desejo atendido.

Peguei Regianne e enterrei minha mão no coração dela segurando enquanto ela me olhava perplexa. Então sussurrei no ouvido dela que eu sabia quem era a criatura e arranquei o coração dela e joguei seu corpo no chão, o coração ainda pulsava na minha mão, espirrando o restante do sangue que havia dentro, então eu suguei aquele sangue que escorreu pela minha garganta matando minha sede e meu desejo de sangue. Estava terminando de sugar aquele sangue quente e viscoso quando ouvi Grayce chorando atrás de mim, então larguei o coração e me virei para olha-la.

- Grayce, me desculpe.

- Não Danielle, eu...

- Grayce...

Tentei me aproximar dela, mas vi pelos seus olhos que ela estava me vendo como uma predadora, então consegui mostrar para ela a última coisa que sua mãe havia pensado.

- Não, você está inventando isso.

- Tem certeza Grayce?

- Tenho. Quer dizer, eu acho que tenho.

- Pense bem Grayce, porque sua mãe insistiu tanto pra você me procurar?

- Eu... Eu não sei...

- Então, isso não explicaria tudo de estranho que vem acontecendo?

- Explicaria, mas...

- Mas o que Grayce?

- Ela era minha mãe.

- Eu sei, por isso te mostrei tudo o que eu estava vendo na mente dela.

- Mas você não pode fazer isso.

- Quem lhe disse isso?

Grayce não me respondeu, mas vi que ela estava em conflito, comparando tudo o que eu havia mostrado e tudo o que sua mãe havia falado nos ultimos anos, e eu vi que o que mais pesou foi o fato de ela não ter lhe transferido os poderes.

- Danielle, eu não posso voltar para a vila sabendo de tudo isso e eu não tenho para onde ir.

- Se você quiser pode ir comigo para a Inglaterra.

- Mas...

Apesar de ela não ter completado a frase vi que ela estava receosa por ter que ficar com vampiros.

- Grayce, acho que você vai gostar de saber que tenho uma bruxa comigo.

- Uma bruxa?

- Sim, e pelo jeito ela é de uma família bem antiga de bruxos.

- Então o que estamos esperando aqui?

- Só vamos limpar essa bagunça aqui.

- Ah claro! Posso queimar tudo?

- Claro!

Em poucos segundos o corpo de Regianne estava em chamas e com mais algum tempo só haviam cinzas então um vento espalhou tudo, então eu olhei para as minhas roupas e vi que estavam manchadas de sangue, fiz um conjuro para ninguém ver as manchas e Grayce e eu fomos para a estação pegarmos o trem para a Inglaterra, estava muito cansada então adormeci no trem, acordando com Grayce me chamando avisando que haviamos chegado na Inglaterra.

Sai, meio zonza de sono do trem e logo pegamos um taxi para irmos para casa, chegando lá já senti a presença de Lorde Ostin na casa, e ao que tudo indicava estava tudo tranquilo. Entramos na casa e fomos direto para a biblioteca aonde Fabbyanne estava debruçada olhando os livros.

- Fabbyanne, onde estão os outro?

- Ai que susto! Os outros estão nos quartos, todos dormindo.

- Ótimo, então nos reunimos à noite para conversar.

- Ah! Chegou outro conde não sei das quantas e foi para o seu quarto.

- Tudo bem, mais o nome dele é Conde Ostin.

- É isso mesmo... Mas e essa ai quem é?

- Essa Fabbyanne, é uma wicca amiga minha ela se chama Grayce.

- Olá Grayce!

- Oi, nossa que emoção encontrar uma bruxa de uma família tão antiga.

- Como assim?

- Bom fiquem ai conversando que eu to precisando dormir.

- Tudo bem Danielle...

Sendo totalmente ignorada por Fabbianne e por Grayce fui para o meu quarto, as duas começavam a analizar os livros e Grayce ia falando pra Fabbianne o que ela sabia, desfiz o conjuro e quando entrei no quarto Wilton me esperava com um sorriso delicioso nos lábios.

- Nossa que linda! Uma guerreira voltando da guerra!

- Bobo! Preciso me livrar dessas roupas e tomar um banho!

Mal terminei a frase e Wilton estava me abraçando, me envolvendo nos seu braços, o tempo voltou a muitos anos atrás, quando nos encontramos pela primeira vez, quando eu havia fugido de Lorde de Copas por achar que ele estava sendo injusto comigo, todas as sensações voltaram me acertando com a mesma intensidade de antes.

- Acho que o banho pode esperar um pouco não é minha deusa?

Não respondi, apenas me virei e Wilton e eu nos beijamos com muita paixão e desejo, nos engalfinhando em uma dança deliciosa e excitante, não demorou muito para estarmos na cama, nos deliciando um com o outro, deixando a paixão extravasar e nos entregando ao desejo. Nossas mãos retiraram nossas roupas as rasgando e restando apenas tiras jogadas ao chão, ele me deitou na cama e sua boca explorava todo meu corpo de modo que me fazia querer cada vez mais seu corpo colado ao meu então eu o puxei e voltamos a nos beijar com muita paixão e senti ele me invadindo me tirando o que me restava de controle me levando ao extremo do desejo e da paixão, senti seus dentes perfurando meu pescoço e eu o mordi também sentindo seu sangue escorrer pelos meus lábios e pela minha garganta, enquanto o estase do desejo percorria nossos corpos, perdi a noção do tempo com ele, não sei quanto tempo ficamos assim entregues ao desejo mas quando me dei conta o céu começava a escurecer, então consegui me separar dele.

- Acho que agora realmente precisamos de um banho.

- E eu de roupas.

Rimos juntos e consegui forças para levantar e ir preparar um banho para nós dois, nos lavamos e depois de colocar uma roupa fui até o quarto de Conde Frostyn ver se ele poderia emprestar alguma roupa para Lorde Ostin usar, ele apenas riu diante de meu pedido e me entregou as roupas, deixei as roupas no quarto e desci para a biblioteca onde Eva, Fabbyanne e Grayce conversavam animadas enquando bebiam um vinho.

- Danielle, que bom que você apareceu, nós descobrimos coisas muito interessantes.

- Que bom Eva.

- Acho que nós já descobrimos quem é essa criatura descrita aqui no conjuro...

(... CONTINUA...)

Dani Moranguinho
Enviado por Dani Moranguinho em 21/03/2012
Código do texto: T3568234
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