Me esqueça
Lídia caminhava sem rumo, a cabeça doia terrivelmente. Uma dor latejante no peito a lembrava de algo que a entristecia mais jogava a lembrança para longe. Lídia sempre foi uma mulher sedutora, ela seduzia e abandonava quem com ela se envolvesse.
Grossas lagrimas rolavam pelas faces da moça, de repente lembrou-se da mãezinha querida a quem encarcerou num asilo. Aindas recordava das palavras grosseiras.
-Mãe me esqueça, aqui será teu lar.
A mãezinha ainda chorando disse:
-Filha querida, hoje relegas meu amor a solidão. Sou tua mãe e sempre te amarei, mesmo no inferno eu estarei contigo.
Lídia lembrou-se que o arrependimento só viera mais tarde, quando a mãe falecera. Sem mais nada a prendendo Lídia entregou ao vicio e a prostituição. Oscar homem violento dela se enamorou, por dinheiro Lída se entregou.
Mesmo casada ela continuava na vida, um dia o marido chegou mais cedo e pegou a traição no ato. Furioso descarregou a arma no amante. Desde aquele dia Lidia caminhava sem rumo.
Pela primeira vez Lidia reparou no lugar por onde vagava sem rumo era um cemiterio. Lidia tento fugir e só dava no mesmo lugar.
Um dia reparou numa senhora com a face bondosa a lhe sorrir amorosamente. Pensou reconhecer a mãe querida, mais pertubada continuou a vagar.
Sara olhou entristecida a filha amada, ainda perdida em perigosas ilusões vagar pelo cemiterio. Quando a filha levou os tiros que lhe ceifaram a vida Sara tentou socorrer a moça em vão.
-Minha amada filhinha se preciso for, velarei por ti até o inferno.
Sara de longe acompanha a filha amada tresloucada vagar sem rumo pelo cémiterio.