Me esqueça

Lídia caminhava sem rumo, a cabeça doia terrivelmente. Uma dor latejante no peito a lembrava de algo que a entristecia mais jogava a lembrança para longe. Lídia sempre foi uma mulher sedutora, ela seduzia e abandonava quem com ela se envolvesse.

Grossas lagrimas rolavam pelas faces da moça, de repente lembrou-se da mãezinha querida a quem encarcerou num asilo. Aindas recordava das palavras grosseiras.

-Mãe me esqueça, aqui será teu lar.

A mãezinha ainda chorando disse:

-Filha querida, hoje relegas meu amor a solidão. Sou tua mãe e sempre te amarei, mesmo no inferno eu estarei contigo.

Lídia lembrou-se que o arrependimento só viera mais tarde, quando a mãe falecera. Sem mais nada a prendendo Lídia entregou ao vicio e a prostituição. Oscar homem violento dela se enamorou, por dinheiro Lída se entregou.

Mesmo casada ela continuava na vida, um dia o marido chegou mais cedo e pegou a traição no ato. Furioso descarregou a arma no amante. Desde aquele dia Lidia caminhava sem rumo.

Pela primeira vez Lidia reparou no lugar por onde vagava sem rumo era um cemiterio. Lidia tento fugir e só dava no mesmo lugar.

Um dia reparou numa senhora com a face bondosa a lhe sorrir amorosamente. Pensou reconhecer a mãe querida, mais pertubada continuou a vagar.

Sara olhou entristecida a filha amada, ainda perdida em perigosas ilusões vagar pelo cemiterio. Quando a filha levou os tiros que lhe ceifaram a vida Sara tentou socorrer a moça em vão.

-Minha amada filhinha se preciso for, velarei por ti até o inferno.

Sara de longe acompanha a filha amada tresloucada vagar sem rumo pelo cémiterio.

Alesandra Cristina
Enviado por Alesandra Cristina em 12/03/2012
Código do texto: T3550917
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