Tocandira, a Vingança do Homem Formiga- parte 3
Jorge Linhaça
Após o joguinho de gato e rato, de deixar meus antigos algozes com os nervos à flor da pele e andando de um lado para o outro da floresta, como dito no capítulo anterior..chegara a hora de efetuar realmente a minha vingança.
O grupo de malfeitores havia decidido fazer turnos de vigília para evitar surpresas do monstro que agora assombrava as mentes dos ribeirinhos e dos indígenas da região.
Evoquei minhas amigas usando os poderes a mim conferidos e fechei o cerco sobre o acampamento dos caçadores.
Ao meu comando um grupo de tocandiras literalmente caiu sobre o vigia, soltando-se dos galhos de árvores onde se haviam posicionado. O pobre diabo nada pode perceber até que as ferroadas venenosas começaram a atormentá-lo.
Tão logo ele começou a debater-se surgi diante dele como que brotando da terra, ao ver-me, um grito de horror congelou-se em sua garganta que logo depois jazia, junto com sua cabeça, no solo coberto de folhas da floresta.
Os demais depertaram com o barulho e o pressentimento da tragédia que se abateria sobre ele ao avistar-me começaram a disparar suas armas, o que foi em vão, meu corpo revestido pela forte couraça das formigas ricocheteava as balas aumentando ainda mais o horror em seus olhos.
Ao mesmo tempo minhas amigas subiam por suas pernas ferroando-os , causando-lhes dor e febre...eu ria uma risada gutural e horripilante ao vê-los passar pelo mesmo suplício a que me haviam submetido.
Deixei-as brincar à vontade com o bando fazendo-os contorcer-se de dor e perdendo a noção de realidade.
Jorge Linhaça
Após o joguinho de gato e rato, de deixar meus antigos algozes com os nervos à flor da pele e andando de um lado para o outro da floresta, como dito no capítulo anterior..chegara a hora de efetuar realmente a minha vingança.
O grupo de malfeitores havia decidido fazer turnos de vigília para evitar surpresas do monstro que agora assombrava as mentes dos ribeirinhos e dos indígenas da região.
Evoquei minhas amigas usando os poderes a mim conferidos e fechei o cerco sobre o acampamento dos caçadores.
Ao meu comando um grupo de tocandiras literalmente caiu sobre o vigia, soltando-se dos galhos de árvores onde se haviam posicionado. O pobre diabo nada pode perceber até que as ferroadas venenosas começaram a atormentá-lo.
Tão logo ele começou a debater-se surgi diante dele como que brotando da terra, ao ver-me, um grito de horror congelou-se em sua garganta que logo depois jazia, junto com sua cabeça, no solo coberto de folhas da floresta.
Os demais depertaram com o barulho e o pressentimento da tragédia que se abateria sobre ele ao avistar-me começaram a disparar suas armas, o que foi em vão, meu corpo revestido pela forte couraça das formigas ricocheteava as balas aumentando ainda mais o horror em seus olhos.
Ao mesmo tempo minhas amigas subiam por suas pernas ferroando-os , causando-lhes dor e febre...eu ria uma risada gutural e horripilante ao vê-los passar pelo mesmo suplício a que me haviam submetido.
Deixei-as brincar à vontade com o bando fazendo-os contorcer-se de dor e perdendo a noção de realidade.
Entrei lentamente pelo acampamento adentro e fui decepando membros e dilacerando carnes , sem pressa, pois o meu maior prazer era estender ao máximo a dor de meus assassinos.
Ordenei que minhas amigas batessem em retirada, deixando para mim o fausto banquete da vingança há tanto esperada.
Deixei para o final o chefe do bando, um gringo desses que aprendem o idioma para tirar proveito do povo e das espécies que capturam para contrabandear.
Ele bem que tentou resistir, mas como resistir já com as forças consumidas pelas picadas de minhas amiguinhas ?
Seus olhos arregalados eram a face do terror estampada sobre o que lhe restara do rosto já cheio de calombos das picadas das tocandiras.
Arrastei-o para longe do acampamento e prendi-o a uma árvore para desfrutar de seu sofrimento.
Quando cansei-me de seus gritos implorando por compaixão comecei a devorá-lo num festim diabólico e delicioso, cuidando para que não atingisse nenhum órgão vital, enquanto devorava suas carnes ia recompondo a minha aparência humana, pois desejava que ele levasse para o inferno a lembrança da face do homem que ele havia supliciado.
Suas últimas palavras foram... não é possível você está morto...eu te vi morrer....
Agora o morto era ele.
Salvador, 6 de março de 2012