A Castradora
Jorge Linhaça
Atentai, filhos de Baco
O perigo vos espreita
Não é lenda, é puro fato
Não venha m'encher o saco
depois da desgraça feita
Ouvi , filho da luxúria
Antes de ser vitimado
Por sinistra criatura
Que em meio a noite escura
Deixa ao teso castrado
Parece outra qualquer
Como tantas que já viste
Com encantos de mulher
Com ares de bem-me -quer
E os dentes sempre em riste
Espera ser penetrada
Pelo falo enrijecido
Logo depois da entrada
Cerra a dentuça afiada
Decepando o teu querido
Ela vagueia nas ruas
Com sua sensualidade
Com as formas semi-nuas
Procurando as criaturas
Quando a hora já vai tarde
Julgas ter o paraíso
Encontrado afinal
Faz-te perder o juízo
E já num golpe preciso
Decepa o membro coital
Filhos de Baco, cuidado
Vós que gostais da orgia
E andais sempre preparados
Com vossos membros armados
Procurando companhia
Filhos de Baco, tremei
Pois a lenda é real
Sejas pobre ou sejas rei
Ao aviso atendei
Antes do golpe fatal
Mas se não queres ouvir
a voz de quem vos ensina
Deixai-vos pois seduzir
Até que possas sentir
A dentada assassina
Quando em sangue te esvaires
E teu grito encher a noite
Não te verei a sorrires
E tão logo que partires
Serás entregue ao açoite
Já o demo te espera
Com seu riso infernal
Cercado por mil quimeras
E por mais mil outras feras
em seu antro infernal.
Teu pranto e ranger de dentes
Soará qual sinfonia
Entre outros penitentes
Que buscaram carnes quentes
e morreram na orgia.
Salvador, 23 de fevereiro de 2012
Jorge Linhaça
Atentai, filhos de Baco
O perigo vos espreita
Não é lenda, é puro fato
Não venha m'encher o saco
depois da desgraça feita
Ouvi , filho da luxúria
Antes de ser vitimado
Por sinistra criatura
Que em meio a noite escura
Deixa ao teso castrado
Parece outra qualquer
Como tantas que já viste
Com encantos de mulher
Com ares de bem-me -quer
E os dentes sempre em riste
Espera ser penetrada
Pelo falo enrijecido
Logo depois da entrada
Cerra a dentuça afiada
Decepando o teu querido
Ela vagueia nas ruas
Com sua sensualidade
Com as formas semi-nuas
Procurando as criaturas
Quando a hora já vai tarde
Julgas ter o paraíso
Encontrado afinal
Faz-te perder o juízo
E já num golpe preciso
Decepa o membro coital
Filhos de Baco, cuidado
Vós que gostais da orgia
E andais sempre preparados
Com vossos membros armados
Procurando companhia
Filhos de Baco, tremei
Pois a lenda é real
Sejas pobre ou sejas rei
Ao aviso atendei
Antes do golpe fatal
Mas se não queres ouvir
a voz de quem vos ensina
Deixai-vos pois seduzir
Até que possas sentir
A dentada assassina
Quando em sangue te esvaires
E teu grito encher a noite
Não te verei a sorrires
E tão logo que partires
Serás entregue ao açoite
Já o demo te espera
Com seu riso infernal
Cercado por mil quimeras
E por mais mil outras feras
em seu antro infernal.
Teu pranto e ranger de dentes
Soará qual sinfonia
Entre outros penitentes
Que buscaram carnes quentes
e morreram na orgia.
Salvador, 23 de fevereiro de 2012