O voyer

No calçadão da quinze em Curitiba proxima a Boca Maldita é o local predileto dos jovens nos fins de semana para conversar.

Carlos adorava ver as pessoas passar de um lado ao outro. Solitario não tinha familia, todos haviam falecido a muito. A semana toda trabalhava e nos fins de semana ia para o calçadão ver a alegria alheia. Era um voyer sem coragem de viver sua propria historia.

Num fim de semana ao atravessar distraido uma rua foi atropelado vindo a morrer. Sem indentificação o corpo foi cedido para esposição no Iml.

O corpo foi preparado e posto de pé num vidro, o estranho é que seus olhos ficavam abertos o tempo todo.

Por muitos anos ele foi visto, dizem que a alma de Carlos continua a espiar as pessoas por não ter vivido sua vida.

Alesandra Cristina
Enviado por Alesandra Cristina em 10/02/2012
Código do texto: T3490297
Copyright © 2012. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.