Dama de Copas: Decisões e Mais Decisões I

Pude pegar um vislumbre de alguma coisa que Leonard estava escondendo, mas não pude ver tudo, ele conseguiu esconder esse outro pensamento rapidamente, mas reconheci o lugar era a antiga casa de sua familia.

- Mas porque não se senta, querido, e aprecia um vinho conosco enquanto conversamos.

- Claro, e assim você pode me contar por onde andou todos esses anos.

Sorri pra ele e me virei olhando pra Eva e Fabbyanne, fazendo um sinal pra elas me acompanharem. Fomos até a adega pegar algumas garrafas de vinho, e assim que chegamos lá pude falar mais tranquilamente tendo a certeza de que não nos ouviriam.

- Eu vou precisar da ajuda de vocês duas agora.

- E no que seria Danielle?

- Eu preciso fazer um conjuro, mas não sei se vou conseguir, pois parece que Leonard está com uma certa proteção, então preciso da ajuda de vocês.

- Mas Danielle, eu não sei fazer nada.

- Eu também não, só o conjuro de fogo.

- O conjuro não é complicado, só preciso que vocês façam ele comigo, assim consigo mais forças pra tentar quebrar essa proteção dele.

- Tudo bem, e o que nós temos que fazer.

Expliquei pra elas que elas teriam que repetir mentalmente um conjuro me dando apoio enquanto eu fazia o conjuro para poder ver a mente de Leonard, falei pra elas o conjuro e pedi que elas o decorassem e repetissem as palavras mentalmente apenas, combinamos um sinal e saimos da adega. Voltamos para a sala com algumas garrafas de vinho, e pude ouvir a voz de Leonard.

- E como vocês estão fazendo para se alimentar?

- Não nos preocupamos ainda com isso meu rapaz, chegamos hoje.

- Bom se precisarem eu conheco alguns doadores que podem nos ajudar.

- Obrigada querido, mas não me alimento de humanos.

- Que bom que voltou...

Apenas sorri pra ele enquanto Eva e Fabbyanne me ajudavam com as taças de vinho.

- Fabbyanne, acho melhor você beber dessa outra garrafa.

- Porque?

- É que essa garrafa que você esta segurando é vinho misturado com sangue.

- Ai, sério mesmo? Quer dizer eu eu bebi sangue ontem?

- Não, ontem eu te servi vinho normal, mas de agora em diante pegue somente as garrafas que estiverem com rótulo.

- Obrigada pelo aviso.

- Então, Leonard, qual o motivo da sua aparição aqui?

- Eu já disse, apenas queria te ver, e saber de você.

Peguei novamente o mesmo vislumbre, mas ainda muito rapidamente, então fiz o sinal combinado para Eva e Fabbyanne e comecei a fazer o conjuro.

- Então estou aqui, o que gostaria de saber?

- Por onde você andou?

- Bom, passei algum tempo aqui na Inglaterra mesmo, depois fui para a Escócia e então fui para o continente Americano.

- Nossa que decadência!

- Porque meu querido!

- Da nobreza inglesa para o mundo subdesenvolvido da America.

- Se você pensa assim, eu passei ótimos momentos naquele continente.

- É ele, é ele...

Eu tinha conseguido quebrar a proteção de Leonard e aparecera a imagem de um homem que eu não conhecia, mas pelo visto Fabbyanne, sabia quem era. Me levantei rapidamente e fui ao encontro dela.

- Se acalme Fabbyanne.

- Mas é ele...

- Olha, me deem licença, eu preciso acalmá-la, Eva, por favor me acompanhe, Conde Frostyn também.

- Está tudo bem?

- Leonard, pode ficar a vontade, mas por favor se comporte. Quanto aos outros, se quiserem nos acompanhar acho que pode ser bom.

Todos sairam da biblioteca deixando Leonard sozinho, fomos para a sala que havia nos meus aposentos, e então consegui fazer um conjuro para acalmar Fabbyanne, e assim poder conversar mais calmamente com ela.

- Fabbyanne, me fale o que você viu?

- Era ele, o conde que levou minha avó.

- Quem Fabbyanne?

- O homem que apareceu nos pensamentos de Conde... Ah sei lá o que, é o homem que foi na minha casa pegar minha avó.

- Você tem certeza?

- Tenho eu nao me esqueceria daquele rosto.

- Conde Frostyn, o que você acha?

- Pode ser, Danielle, mas por que Lestat mandaria alguém até você?

- Vigilância?

- Não, acho que tem alguma coisa a mais.

- Eva, vamos continuar fazendo o conjuro, assim consigo ver mais alguma coisa

Eva e eu nos concentramos, e pude ter um vislumbre de Lestat dando orientações para Leonard, mas não conseguia escutar tudo, apenas peguei algumas palavras, meu nome e na sequencia, "a possivel descendente". Eu parei de fazer o conjuro e fiquei paralizada com essas palavras.

- Danielle... Danielle...

Senti Markus me puxando e me chamando, mas não conseguia responder, senti que me deitavam no sofa e escutei a voz confusa de Eva, dizendo o que tinha acontecido e então percebi que havia um pulso derramando sangue em minha boca, suguei aquele sangue e então consegui voltar a realidade, minha cabeça doendo, mas consegui enchergar Markus com o pulso em minha boca e seu olhar de preocupação, afastei seu pulso e me levantei.

- Obrigada! Mais eu estou bem já.

- O que aconteceu - foi a pergunta de todos na sala.

- Eu vi na mente de Leonard, Lestat falando pra ele que eu poderia ser a possivel descendente.

Como os vampiros mais novos pareciam confusos Markus lhes esplicou melhor os dois conjuros que Fabbyanne e eu tinhamos em nosso poder e lhes falou da importancia vital desse descendente.

- Mas Markus, tem como essa descendente ser realmente eu?

- Tem essa possibilidade Danielle. Mas por agora vamos voltar para a biblioteca, você e Fabbyanne ficam, não quero que Leonard leve informações demais para Lestat.

- Tudo bem...

- Tem como vocês fazerem alguma coisa para ele esquecer isso que aconteceu aqui?

- Tem sim, só por favor alcance para mim esse livro sobre a mesa.

Conde Frostyn me alcançou o livro e logo encontrei o conjuro e o fiz, apagando a informação de que Fabbyanne era uma bruxa e de que eu era uma wicca, Leonard nao se lembraria disso, bom agora com o conjuro feito era só questao de mandar Leonard de volta pra Lestat sem nenhuma informação.

- Pronto, conjuro realizado, agora podemos nos livrar dele.

- Gente, vocês só estão esquecendo de uma coisa.

- O que Fabbyanne?

(... CONTINUA...)

Dani Moranguinho
Enviado por Dani Moranguinho em 24/01/2012
Código do texto: T3459311
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