Dama de Copas: Um Retorno Inesperado
Quando anoiteceu eu me levantei e senti uma presença diferente perto da casa, mas não consegui identificar quem poderia ser então me levantei e fui verificar quem poderia ser, sai da casa e percebi que era uma criatura da noite e que estava ali perto na beirada do bosque, me aproximei mais do bosque.
- Ora, ora, então é verdade mesmo que a Condessa desaparecida reapareceu.
Me virei na direção da voz, mas vi apenas a silhueta de um homem, não o reconheci, então ele se aproximou de mim e eu fiquei paralizada quando vi quem era. Não poderia estar vendo direito, aquilo era impossível, eu deveria estar sonhando ou tendo alguma alucinação.
- E então querida, não vai me cumprimentar?
- Mas... Você não pode ser real.
- Por que não, você é real.
- Mas... Como?
- Da mesma forma que você.
Eu fiquei ali parada olhando para ele paralizada, não queria acreditar que fosse possível ele estar ali, na minha frente, do mesmo jeito que eu me lembrava dele, eu tinha recebido a noticia de sua morte, era impossível. Ele caminhou na minha direção e então pude vê-lo melhor, estava com a mesma aparência que eu me lembrava, o mesmo rosto o mesmo olhar, talvez um pouco mais frio, mas ainda era ele.
- E então, não mereço ao menos um cumprimento, ou então um abraço de boas vindas.
Não respondi nada, não conseguia, minha mente estava um turbilhão, estava confusa, não conseguia achar lógica em nada daquilo, então senti a presença de Eva, ela saia da casa e ia em direção ao bosque.
- Danielle, está tudo bem?
- Está sim Eva.
Consegui me virar pra olha-la ela parecia refletir o meu espanto.
- Danielle, você está bem?
- Estou Eva...
Ele se aproximou de mim e me envolveu em seus braços.
- Minha querida, não vai me apresentar?
- Danielle...
Me desvencilhei de seus braços e consegui formular uma resposta.
- Eva, entre e chame todos na biblioteca, acho que todos deveriam saber quem está aqui.
- Tudo bem, mais você tem certeza?
- Tenho Eva.
E discretamente soltei pequenas chamas pelas pontas dos dedos, Eva sorriu e entrou na casa.
- Vejo que não está sozinha.
- Não, não estou mesmo.
- E pelo que estou sentindo, você tem companhias bem interessantes.
- Sim, e o que você está sentindo?
- Tem criaturas muito especiais na sua companhia, mas tem uma em especial que está me chamando a atenção.
- Qual?
- Você está na companhia de uma bruxa?
- Prefiro dizer que estou na companhia de uma prima.
- Prima?
- Sim, wiccas e bruxas são prima, agora vamos entrar?
- Como assim?
- Além de uma vampira eu sou uma wicca meu querido. Agora vamos?
Ele ficou apreensivo, e pude perceber que estava um tanto receoso com o que eu tinha falado.
- Você não queria saber quem estava em minha companhia?
- Cla... cla... claro.
- Para onde foi toda a sua confiança de quando me abordou?
- Está bem aqui.
Ele se endireitou e caminhou na minha frente aparentando uma falsa segurança, que eu podia ver que era só externo, por dentro ele estava com medo, mas não conseguia decifrar exatamente o motivo de toda aquela surpresa, como se ele esperasse que eu tivesse companhia, mas não a companhia de Fabbyanne, tinha que descobrir o porque disso. Entramos na casa e fomos para a biblioteca, todos estavam ali, pelo visto Eva já havia falado de minha companhia todos estavam de certa forma apreensivos e quando entramos Conde Frostyn reconheceu de imediato minha companhia.
- Meu rapaz..
- Conde Frostyn, quantas surpresas.
- Danielle, quem é sua companhia?
- Eva, Fabbyanne, Jessi, Thatyelly, Octavio. Esse é Leonard Winchester, Conde de Woodhouse.
Vi a expressão confusa no rosto de todos, então esclareci.
- Ele era meu noivo na época em que fui transformada.
- Como?
- Bom Fabbyanne, era com ele que eu deveria ter me casado se não tivesse me tornado uma criatura da noite.
- Danielle, eu não estou entendendo.
- Fabbyanne, eu fui transformada no verão de 1850, eu tinha 17 anos, e meu noivado tinha sido anunciado na noite em que eu fui transformada.
- Quer dizer que...
- Sim, eu tenho mais de 150 anos, mais depois eu falo mais com você sobre isso.
- Ta... ta bom...
Fabbyanne, estava espantada, e de certa forma incrédula no que eu havia falado, mas tentava tirar a expressão de espanto do rosto.
- Então meu rapaz, o que o tras aqui?
- Estava apenas curioso em rever minha noiva Conde Frostyn.
Nesse momento pude perceber um vislumbre de alguma outra coisa nos pensamentos de Leonard, mas não pude perceber completamente...
(... CONTINUA ...)