Muros do cemitério

Cheguei por ali bem cedo, pois imaginava o que me esperava. Aliás, sempre estive por ali, há mais de três anos.

Por volta das dez horas dois homens me acompanharam. Tudo foi reunido cuidadosamente em um pequeno espaço.

Instantes depois todos nós avistamos aquele imenso muro, com vários rostos desconhecidos estampados juntos a nomes comuns, muitos nomes.

Uma pequena placa então foi firmada e selada. Ali então permaneci até hoje.

Às vezes a solidão me pega de jeito. Poucas vozes ouço, poucas pessoas. Apenas o silêncio, naquele imenso muro de cimento.

Paulo Farias
Enviado por Paulo Farias em 31/12/2011
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