::: Depois da Meia Noite - Penúltimo Capítulo :::
Olá gente, encurtei um pouco a história, na verdade eu queria matar todo mundo dela, menos eu ;) hehehe. Mas não vai ser assim, a história terá um rumo diferente e fica aqui o penúltimo capítulo.
Beijos e boa leitura!
Ana!
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Cap 4
O quarto estava escuro, a porta fechada e o silêncio percorria os grandes cômodos da antiga casa. Apenas um barulhinho de algo balançando, pra lá e pra cá, pra lá e pra cá, um rangido fino que incomodava os ouvidos. Lá fora, a conversa paralela continuava e o medo contínuo também.
-Vai Fabiana é você agora. Joga o dado...
Fabiana olhou o tabuleiro menor e jogou o dado. Casa 6. Nada de maldição. Pegou então o pêndulo e posicionando-o sobre o pequeno tabuleiro, perguntou:
-Irá acontecer algo ruim hoje? - O pêndulo mexeu de um lado para o outro por uns dois minutos até parar - Sim!
Todos se entreolharam, Iuri deu uma risada e falou:
-Gente é só uma brincadeira...
-Vamos parar com isso Iuri... - Falei entre os dentes.
-Qual é Ana? Vamos mais uma vez só... Prometo que depois paramos...
-Vai Milena é você agora!
-Ei... E o Maurício hein? - Aline falou - Já faz quase trinta minutos que ele tá lá dentro...
-É verdade gente... Vou lá ver o que aconteceu... Ele pode estar passando mal... - Fabiana falou se levantando.
-Vai Milena! - Iuri gritou.
Milena fez como Fabiana, jogou o dado. Um.
-Isso aí!
-Ah não...
-Maldição. - Milena falou para mim com o olhar amedrontado.
-Escolhe... - Iuri falou mostrando os cartões.
-Esse...
-Vamos lá... Maldição de Ossán: Tua morte será assustadora, mas lembre-se: você irá... porque outro já foi.
-Outro?
-Maurício...
-Genteee. Calma aí... Isso não tem nada a ver...
-É verdade... - Carlos falou.
-Esse jogo é muito idiota, vamos comer alguma coisa? - Falei de prontidão.
-Ai Ana! Vamos esperar os meninos voltarem e a gente decide o que fazer...
-Poderíamos pedir uma pizza... - Falei.
-Uma hora dessas?
-Que horas são? - Aline perguntou.
-Mais de meia noite... - Iuri falou olhando para o relógio de pulso - Mais precisamente, meia noite e quarenta e cinco.
-Será que não tem nada aberto?
-Eu sei lá...
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Fabiana caminhava rumo a cozinha. Quando já estava perto da porta, colocou a mão na maçaneta, mas não conseguiu abrir. Tentou de todas as formas, mas parecia emperrada.
-Caramba, porque não tá abrindo?
Continuou tentando.
-MAURÍCIO, PORQUE VOCÊ FECHOU A PORTA??? - Gritou - MAURÍCIO...
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-O que aquela doida tá aprontando?
-Vai saber... O Maurício deve ter trancado a porta e agora não tá conseguindo abrir.
-Só pode!
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-MAURÍCIOOOOOO!!!! - Gritou, mas não teve nenhuma resposta - Caramba!
Então resolveu tentar mais um pouco. Mas a maçaneta nem se mexia. Voltou pra varanda.
-O que aconteceu? - Carlos falou - Cadê ele?
-Tá lá dentro ainda, mas não me responde...
-Por que você não entrou?
-Porque a porta não abre...
-Como assim não abre? - perguntei.
-Não abrindo... Tá emperrada, eu acho...
-Deixa que eu vou... - Milena disse.
-Eu vou lá Mi... - Falei.
-Não, pode deixar, to querendo beber água também, aproveito a viagem... - e sorriu.
-Então tá.
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Milena caminha rumo a cozinha, põe a mão na maçaneta que faz um barulho e lentamente se abre.
-Como assim emperrada?
Ela entra sorrateiramente e vai até a pia. Nada de Maurício por lá, então ela começa a chamá-lo.
-Maurício... Para de graça e aparece, a galera tá morrendo de fome lá fora e só tá te esperando...
Nada, somente o silêncio e o uivar do vento batendo a janela. Tudo parecia bem, até que Milena resolveu ir procurar Maurício mais para dentro. O mesmo corredor, a mesma porta, o mesmo destino.
Colocou a mão na maçaneta do velho quarto do avô de Ana. A porta rangeu, seu coração disparou quando ela olhou para o fio suspenso que balançava o corpo sem vida de Maurício.
Um grito. Nada mais.
---------------------------Continua --------------------------------