A ESTÁTUA DE BRONZE
Em um museu onde há uma estátua de bronze de um homem com cabeça de bode. Diziam para mim que está estátua é viva, e se alimenta de sangue. Ela tem quase três metros de altura e um aspecto diabólico, a igreja já mandou tirar a estátua do homem-bode e os seguranças tiravam, mas a maldita sempre voltava.
Depois de brigar com meus pais, saí de casa correndo e fui ao museu, o único lugar que fazia eu me sentir bem, avistei o homem-bode de bronze eu não acreditava nessa história da estátua ser viva, naquele dia havia menos seguranças eu cheguei perto dela e passei a mão pelo corpo da estátua, dei um beliscão, falei alto com ela... nada. É só uma lenda boba mesmo.
Voltei para minha casa jantei e dormi. No meio da noite ouvi um barulho estanho de metal se batendo. Abri os olhos e vi uma coisa sentada na cadeira do meu quarto. Acendi a luz e ela me encarou, me escondi de baixo das cobertas com medo, esperando que a criatura fosse embora. Ela gargalhou baixinho e me descobriu:
- Olá, linda garotinha.
Eu fiquei olhando ele, era aquela estátua assustadora com que mexi no museu.
- Oh, menina, não tenha medo de mim. Eu preciso de sua ajuda. Preciso de sangue, preciso comer. Por favor, dê-me um pouco de seu sangue.
Eu tinha medo, mas estendi a mão à ele, antes que o bicho pulasse em meu pescoço. Ele puxou meu braço e deu uma dentada, eu gritei de dor. Ele bebeu meu sangue até que eu ficar desacordada.
Acordei no outro dia, ri de mim, tudo não passou de um sonho. Tomei banho e vi a marca da mordida no pulso. Assustei. Desci para falar com a minha mãe e meu pai, eles não estavam em casa. Olhei em todos os cantos. Nada. Fui tomar café da manhã sozinha. Senti uma mão puxando-me para trás. Gritei.
- A mocinha não vai parar de ter medo de mim?
Era a coisa de bronze com a boca ensanguentada. Me afastei, ele grunhiu. Peguei uma faca para tentar me proteger. Ele tirou-a da minha mão e sentou-se, fez cara de mal.
- Estou aqui para te proteger. Sou seu anjo, sou seu deus, queria que me respeitasse e que não tivesse medo de mim.
- O que você realmente é?
- Eu sou o que você quiser. E sei o que você precisa, só de olhar nos seus olhos. E eu preciso de sangue para sobreviver.
A estátua me acompanha para tudo, vive atrás de mim, de um lado para outro, é meu amigo imaginário só eu a vejo, eu vejo ela matando pessoas que eu odeio com seus dentes pontiagudos de bronze. Ao mesmo tempo ele cuida de mim, já que havia matado meus pais. Ele deve ser um demônio, a igreja tem razão. Não ligo que ele mate todos com que eu fale, eu sei que ele cuida de mim, ele abusa de mim, ele me persegue e perseguirá para sempre.