As travessuras de Aninha (24): Superstição

Por Ramon Bacelar

-Dois mais um?

-Três!

-Três mais dois?

-Cinco!

-Cinco mais dois?

-Hummm...sete!

-Sete mais seis?

-Hummm...

Silêncio.

-Sete mais seis amor?

-Querida... sete “mais” seis, é igual...

Outro silêncio.

-... é igual....

-Igual a você. – lambeu a mesa.

FIM

Posfácio:

Alguns leitores gostam, outros não, alguns ficam indiferentes enquanto outros não sabem do que se trata... Nem eu.

Não saberia precisar com exatidão o que a série de textos As Travessuras de Aninha realmente é, mas talvez saiba o que não é (pelo menos, de minha parte, não houve nenhum planejamento prévio nesse sentido): não é um romance episódico ou em capítulos, muito menos monólogos; não são mini nem nano contos.

Talvez seja um mosaico psicológico de situações, impressões, desejos, sonhos, decepções, frustrações, sentimentos, humores e sensações de uma criança tentando interagir com o mundo, colegas e pais; ou uma série de tentativas frustradas de pais despreparados tentando penetrar no prismático, porém secreto e misterioso universo infantil, ou um mero devaneio auto-indulgente deste que vos escreve, ou nada disso... ou...

As indicações numéricas não se referem a algum senso de continuidade cronológica ou narrativa; podem ser lidos e rearranjados, como em um lego, em qualquer ordem que desejarem, criando assim (quem sabe?) novos significados e interpretações.

Obrigado a todos os colegas que têm lido meus textos: comentando, perguntando, incentivando, criticando e elogiando.

Té mais.

Ramon Bacelar
Enviado por Ramon Bacelar em 12/11/2011
Código do texto: T3331708
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