@# 11/11/11 #@ (???)
O caminho era estreito e escuro. Pedras pontiagudas espalhadas pelo chão espetavam meus pés, dificultando ainda mais a minha caminhada. Eu queria parar, não podia. Era como um labirinto que se abria a minha frente, cada vez mais complexo e difícil de encontrar uma saída.
A cada passo, a escuridão se tornava ainda mais negra. Não havia nada a que eu pudesse apegar-me, que pudesse me auxiliar a sair daquele lugar. Antes que o breu se fizesse total, olhei para os lados, tentando encontrar um toco de madeira, um pequeno galho de árvore que me servisse de apoio, para não me perder por completo. Nada! Era como se estivesse, de fato, no meio do nada! Um nó apertou minha garganta, sufocando-me, impedindo-me de gritar por socorro.
- Meu Deus! O que era aquilo? Onde eu estava? Como fui parar naquele lugar tétrico, inóspito e horripilante? Pensei ter visto a tal luz no fim do túnel, caminhei em direção a ela. Mas era apenas
ilusão de ótica.
Não conseguia chorar - a voz, embargada, não saía. Um silêncio que aterrorizava. Nenhum ruído, nenhum zumbido do vento nas folhas... Nada! E, que folhas? Aquilo me parecia mais um deserto dentro da escuridão (que agora era total). Um túmulo fechado aonde até o ar ia se extinguindo. Comecei a sufocar...
Amedrontada, os pelos eriçados, pensei: - Estou morta. Morri em algum momento que nem me dei conta e este deve ser o caminho para o além. Seria o inferno? Céu é que não era, pois não vi nenhum anjo tocando harpa e a tal luz brilhante me conduzindo para o paraíso. Resignada, busquei o apoio do chão; sentei-me e esperei pela aparição que me levaria para longe, daquele túnel tenebroso. Qualquer lugar seria melhor do que aquele. Já morri mesmo, o que mais importa senão sair dali? Tomara que a tal passagem seja rápida e indolor.
..........................?????
- Ei, Emília...acorda! Emília... Emília...! Acorda mulher, pare de se debater. Pra que esse travesseiro afundado na cara? Isto está te sufocando. Viu no que dá ficar até madrugada, grudada na TV, assistindo essas babaquices de superstições sobre o dia de hoje? Teve um pesadelo... Eu não te avisei? Ei... Pronto, pare de tremedeira, acabou! Levanta! Já está atrasada para a fisioterapia. Acorda pra realidade, vai!
- Ufa!!! Que droga de pesadelo... Que susto!
(Milla Pereira)
Este texto faz parte do EC
O SUSTO
Saiba mais, conheça os demais participantes aqui, ó:
http://encantodasletras.50webs.com/umsusto.htm
O caminho era estreito e escuro. Pedras pontiagudas espalhadas pelo chão espetavam meus pés, dificultando ainda mais a minha caminhada. Eu queria parar, não podia. Era como um labirinto que se abria a minha frente, cada vez mais complexo e difícil de encontrar uma saída.
A cada passo, a escuridão se tornava ainda mais negra. Não havia nada a que eu pudesse apegar-me, que pudesse me auxiliar a sair daquele lugar. Antes que o breu se fizesse total, olhei para os lados, tentando encontrar um toco de madeira, um pequeno galho de árvore que me servisse de apoio, para não me perder por completo. Nada! Era como se estivesse, de fato, no meio do nada! Um nó apertou minha garganta, sufocando-me, impedindo-me de gritar por socorro.
- Meu Deus! O que era aquilo? Onde eu estava? Como fui parar naquele lugar tétrico, inóspito e horripilante? Pensei ter visto a tal luz no fim do túnel, caminhei em direção a ela. Mas era apenas
ilusão de ótica.
Não conseguia chorar - a voz, embargada, não saía. Um silêncio que aterrorizava. Nenhum ruído, nenhum zumbido do vento nas folhas... Nada! E, que folhas? Aquilo me parecia mais um deserto dentro da escuridão (que agora era total). Um túmulo fechado aonde até o ar ia se extinguindo. Comecei a sufocar...
Amedrontada, os pelos eriçados, pensei: - Estou morta. Morri em algum momento que nem me dei conta e este deve ser o caminho para o além. Seria o inferno? Céu é que não era, pois não vi nenhum anjo tocando harpa e a tal luz brilhante me conduzindo para o paraíso. Resignada, busquei o apoio do chão; sentei-me e esperei pela aparição que me levaria para longe, daquele túnel tenebroso. Qualquer lugar seria melhor do que aquele. Já morri mesmo, o que mais importa senão sair dali? Tomara que a tal passagem seja rápida e indolor.
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- Ei, Emília...acorda! Emília... Emília...! Acorda mulher, pare de se debater. Pra que esse travesseiro afundado na cara? Isto está te sufocando. Viu no que dá ficar até madrugada, grudada na TV, assistindo essas babaquices de superstições sobre o dia de hoje? Teve um pesadelo... Eu não te avisei? Ei... Pronto, pare de tremedeira, acabou! Levanta! Já está atrasada para a fisioterapia. Acorda pra realidade, vai!
- Ufa!!! Que droga de pesadelo... Que susto!
(Milla Pereira)
Este texto faz parte do EC
O SUSTO
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