Dia do Juizo - Cap. 7 - Reunião Familiar.

Já era o terceiro dia que ficava de manhã até a tarde na porta daquela escola e nada de aparecer aquelas pessoas com a qual tinha sonhado, seria apenas uma artimanha do demônio para enganar ele? Não, sabia que aquelas mensagens eram divinas, por mais que o Mal invadira seus sonhos constantemente. Foi quando viu entrar na escola a mulher, a tal de Tamires, era ela sem duvida. Desceu de seu carro e ficou esperando ela sair, não demorou e lá estava ela, bem a sua frente, cumprimentou ele e saiu andando, e ele a chamou pelo nome, e Tamires atendeu.

- Como sabe meu nome? Não nos conhecemos.

- Eu a conheço, você e sua família corre um grande risco, você pode não acreditar no que eu vou te dizer mais é a pura verdade.

-Então diga.

- Seria melhor em outro lugar, você devia estar com seu filho enquanto conversamos ele pode estar em perigo.

- Meu filho, agora também sabe que eu tenho um filho. Desembucha padre, se é realmente isso que você é.

-Você conhece a professora dele, Angélica, ela não é quem diz ser.

- Eu sei, é por isso que eu estou tirando ele dessa escola, não quero nada relacionado com aquele safado que me engravidou e fugiu no mundo.

- Garanto que você não tenha noção do que realmente esteja acontecendo. Tamires escuta, Angélica é na verdade o Demônio, e talvez ela e o rapaz que te engravidou seja a mesma pessoa.

- Vai se fuder, tá drogado padre, tá bêbado, aquele vinho te deixou assim. Nessa tua historinha então meu filho seria filho do capeta? É isso que tá me dizendo? Vai pro inferno por inventar essas coisas padre. – disse Tamires virando as costas e saindo andando

- Eu sou padre Tamires, não inventaria historias por diversão, você tem que mês escutar, o apocalipse pode chegar a Terra se o anticristo não for detido. – nesse momento Tamires foi novamente a encontro do padre.

- E se o anticristo for realmente meu filho como você diz, então o apocalipse chegará, porque ninguém encostara um maldito dedo nele. – chutou os testículos do padre com o joelho e correu embora.

Tamires chegou em casa e Mateus veio correndo até ela assustado.

- O que foi filho, porque essa cara.

- Ela veio aqui de novo...minha professora. Ela disse pra te falar que o padre conta a verdade...Eu perguntei o que era a verdade, e ela me disse que meu pai...

- Que seu pai o que?

-Era o demônio. – e desatou a chorar.

-É mentira filho, essas pessoas querem estragar nossa vida com essas merdas.

- Não é merda, é a verdade Tamires. – disse a voz vinda da cozinha, quando Tamires foi até lá encontrou Angélica sentada na cadeira e tomando café – Não se lembra de mim, do meu rosto? Foi uma boa noite aquela em que geramos criaturinha tão linda.

-Mateus, vai pro seu quarto. –o garoto correu com o pedido da mãe, Tamires abriu uma gaveta do armário e pegou uma faca e pulou sobre Angélica que caiu ao chão. Ficou com a faca em seu pescoço, e fez um leve corte que sangrou o pescoço de Angélica. – Você me deixa em paz com meu filho, ou juro que te mato. Agora levanta e sai da minha casa.

- O garoto tem que fazer o que está no sangue dele. Agora você não precisa fazer o que está no seu sangue, por isso eu imagino que possamos pular esta parte e te eliminar agora as jogada pra não atrapalhar a gente mais tarde. Você será uma má influencia pro garoto. – Angélica foi pro lado de Tamires também com uma faca em punho, Tamires teve apenas o reflexo de fechar os olhos e sentiu algo frio em seu rosto. Em volta tudo ficou silencioso, levou a mão no rosto e sentou algo gelado e liquido, abriu os olhos e viu que em sua mão tinha sangue, mas não estava machucada, olhou no chão e lá estava o corpo de Angélica com a cabeça estourada vazando sangue e miolos, olhou mais a frente e viu Mirela, com uma barra de ferro nas mãos.

-Ela ia te matar. –disse Mirela, Tamires correu e abraçou a amiga. – Eu estava passando, escutei gritos e resolvi entrar.

- Fez bem, agora daqui esse pedaço de ferro e saia, eu vou chamar a policia.

- Não Tamires, eu matei ela.

- Vai, ela estava em minha casa, é legitima defesa...eu acho. É sério Mirela, vai. –a amiga saiu correndo, Tamires agachou no chão e começou a chorar.

- Mãe. O que aconteceu. –Mateus estava parado perto da porta. Tamires levantou e abraçou-o chorando muito.

- Estamos bem, foi isso que aconteceu.

Mirela saiu de um bar onde estava bebendo, já de madrugada, virou em uma rua escura perto de sua casa quando viu um vulto, olhou pra trás mas nada tinha, quando retornou a visão para a frente trombou em sujeito de vestido de sobretudo e chapéu, narigudo e com uma enorme cruz na não.

- O que foi? – perguntou ela – Vai agora me punir pelo o que fiz, em Assassino da Cruz?

- Assassino da Cruz?

- São como os jornais te chamar, não todos, uns falam o Justiceiro da Luz, mas eu acho esse nome ridículo. Por mais que você acha que o que você faz seja justiça.

- É justiça, e você sabe. Eu só mato quem mereça. E por ordem dele mesmo, não sou eu que escolho.

- Vai me matar agora?

- Não, só advertir. Você interferiu direto, isso é inadmissível.

- E o que ele fez? Lúcifer iria matar ela, ela não pode morrer e você sabe disso. Senão não tem razão de agente fazer aqui o que fazemos. Se ela morrer ele ganha.

- Você tem razão nisso, não podemos deixar o Mal ganhar.

- O Mal? Você fala como se fossemos o Bem.

- Nós somos.

- Você decepa pessoas, o que tem de Bem nisso?

- Não escutarei sermão vindo de um nível tão baixo como o seu.

- Acabou essa porra de nível, Assassino.

- Eu tenho nome, Mirella.

- Então vai fazer seu serviço, pois se as coisas continuarem como está ninguém lembrará mais de seu nome. Vai, ou acha que uma pancada na cabeça vai parar Lucifer?

Renan Pacheco
Enviado por Renan Pacheco em 02/11/2011
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