Dama de Copas: Lembranças e recordações

Após Evra sair, fiquei pensando em como minha vida havia mudado tanto em tão pouco tempo. Como em apenas uma semana, eu já havia me envolvido em uma guerra que sempre soube que existia, mais que sempre mantive distancia. Havia me deixado levar pelas emoções e dado ajuda a uma criatura que na primeira oportunidade havia me deixado sem me deixar explicar realmente o que havia acontecido. E agora eu também havia me transformado em um alvo da fúria de Christine.

Ótimo, eu nunca tinha me envolvido em uma luta realmente, normalmente quando caçava, sempre conseguia imobilizar minhas caças com algum conjuro, ou antes disso eu sempre conseguia deixar a pessoa tão tranquila que ela quase não sentia o meu ataque.Mais acho que estava na hora de começar a por em pratica tudo o que Lorde de Copas sempre insistia comigo para eu aprender.

Bom, aquela noite havia sido de muitas surpresas, decidi então ir até a adega pegar uma outra garrafa de vinho, chegando à adega, me lembrei da promessa que havia feito a Evra, peguei uma etiqueta e fui selecionar uma garrafa para colocar o seu nome, foi quando vi que havia uma garrafa bem empoeirada em um canto escondido da adega. Me aproximei e vi que havia uma etiqueta e na etiqueta estava o nome de Lorde de Copas, me lembrei então o motivo daquela etiqueta, Lorde de Copas e eu havíamos acabado de engarrafar o vinho, havia sido uma tarefa longa, afinal havíamos pego nove criaturas naquela noite, tinha dado bastante trabalho fazer o conjuro para retirar as emoções e as lembranças de todo aquele sangue, mais após algum tempo todas as garrafas estavam prontas e arrumadas na adega. Vendo meu cansaço Lorde de Copas me chamou para darmos uma volta e assim poder respirar um pouco de ar puro. Saímos e fomos a um parque aonde haviam muitas árvores, nos sentamos em baixo de uma delas e ficamos ali apreciando o céu, olhando as estrelas e apenas descansando um pouco. Lorde de Copas então me falou que assim que chegássemos em casa iríamos escolher cada um uma garrafa de vinho eu iria marcar o nome dele na que eu escolhesse e esconderia em algum lugar na adega, e ele faria o mesmo. Voltamos para casa e fizemos isso, como o dia já estava amanhecendo fomos nos deitar e procuraríamos as garrafas na noite seguinte. Quando acordamos na noite seguinte ele sugeriu que fossemos até o parque novamente passear e recordar um pouco tudo o que havíamos passado, fomos e passamos boa parte da noite brincando no parque, nos escondíamos, corríamos, nos divertimos bastante, até que Lorde de Copas falou que era bom nós irmos embora, que naquela noite nós comemoraríamos os 160 anos que fazia que estávamos juntos. Lorde de Copas sempre fazia questão de comemorar essa data, nós sempre fazíamos algo de especial. Saímos do parque em direção à nossa casa, mas no caminho, as criaturas, que agora eu sabia eram enviadas de Christine, nos atacaram e Lorde de Copas morreu em meus braços, não havia mais o que eu podia fazer, eu tentei, mais não consegui fazer mais nada por ele, então ele sussurrou em meu ouvido, ache a sua garrafa. Levei o corpo dele até em casa e o queimei, juntei suas cinzas e espalhei no jardim que ficava na parte dos fundos da casa, com lagrimas escorrendo pelo meu rosto me dirigi até a adega e encontrei a garrafa que Lorde de Copas havia colocado meu nome, envolta dela havia um colar, uma corrente trançada em couro e com um pingente em rubi, em formato de coração, chorei muito vendo aquele presente de Lorde de Copas. Ainda guardava o presente dele, e sempre o usava, nessa noite mesmo eu o estava usando segurei firme o pingente e como a saudade estava muito forte, chorei ao me lembrar de tudo o que havia acontecido, devolvi a garrafa em seu lugar, eu nunca abriria aquela garrafa, ela sempre ficaria ali como uma lembrança de Lorde de Copas.

Peguei uma outra garrafa e coloquei o nome de Evra e a guardei, assim que tivesse oportunidade eu a entregaria a ele, como um presente e um agradecimento. Peguei uma garrafa para mim e voltei à sala, peguei uma taça e a enchi, não havia tomado metade da taça ainda quando senti que havia algo de errado com Damien, não sabia exatamente o que, mais podia sentir que ele estava com problemas, tentei localizá-lo mas no instante que o achei senti uma vertigem muito forte e desmaiei no sofá.

CONTINUA...

Dani Moranguinho
Enviado por Dani Moranguinho em 27/10/2011
Código do texto: T3302088
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