Um encontro com o terror - Parte final - Capitulo final
"Agora sim... este é o final"
- Sou o rei Salomão! Disse Jr.
- Ta nos dizendo que encarnou no Jr? Perguntou May.
- Sim. Precisava ser alguém que viria para cá. E que conhecesse, ou tivesse envolvimento com magia negra. Ele não é nenhum feiticeiro, mas graças á sua curiosidade leu muito sob isso e até tentou realizar algum feitiço. Disse Jr.
- O que está fazendo aqui? Perguntou Sidney.
- Vim impedir que este imbecil transforme seu mundo num pandemônio. Ele disse.
- Então afinal, quem é o Magista? Perguntou Julio.
- Não sei! O idiota não é muito bom no latim. Está evocando os espíritos de forma errada. Pronunciando as palavras erroneamente. Por isso eles estão aparecendo distorcidos, uns estão misturando características dos outros. Disse Jr.
- E o que ele quer afinal? Perguntou Sidney.
- Ele quer libertar todos eles de vez! Disse Jr.
- Que droga! Filho da mãe! Disse Mauro.
- São 72 demônios e centenas de legiões de espíritos. Ele vai acabar com o planeta inteiro. Disse Jr.
- Estamos esperando o quê pra ir atrás dele? Perguntou Julio.
- Vamos entrar logo e pegar esse cara! Gostei desta aqui! Disse Mauro pegando a espada do demônio que ele mesmo havia abatido. Ele a olhava, inscrições em latim por toda sua lamina, ela era pesada, mas Mauro era forte o bastante para segura-la e manuseá-la.
- Vocês estão prontos para isso? Perguntou Jr. Segurando o livro em suas mãos.
- É claro que estamos! Segura isso aí Sidoca! Disse Mauro jogando o ferrete para Sidney que apanhou ele no ar com sua mão direita. Sidney virou-se para Julio.
- Toma aqui Julio. Sabe como usar? Disse ele entregando-lhe a arma do Capitão Anilto.
- É uma automática né? Ele disse.
- Sim. Sidney respondeu.
- Deixa comigo! Disse ele engatilhando a arma e sorrindo.
- E eu? Perguntou May.
- Fique bem atrás de nós! Respondeu Sidney.
- Que droga! Ela respondeu chateada.
Eles então entraram no armário e puderam vislumbrar o estreito e estranho corredor á sua frente, cheio de teias de aranha, o lugar era rústico e úmido, as paredes eram de pedras, cheias de orifícios por onde insetos entravam á medida que eles caminhavam pisando sobre aquele chão cheio de baratas e ratos que corriam se escondendo deles.
...
- Surpresa, Faby. Achou que fosse quem?
- Cara, você é louco!
- E vocês um bando de idiotas! Logo os dois mundos colidirão. Os demônios agiram ao meu comando e o mestre verá que eu sou o único que um dia poderei ser como ele.
- Que mestre? Do que você está falando? Está todo mundo morto por sua culpa!
- Sim Faby! E você também logo estará!
Faby podia ver And deitada no chão. Estava amarrada e nua.
- O que você pretende fazer? Um sacrifício?
- É sim. A única virgem aqui era a Pámela. Engraçado ela usar este nome. Andhromeda, uma virgem que como a mitologia conta foi oferecida em sacrifício para um monstro. Agora ela vai ser sacrificada para que os Demônios sejam livres.
- Você é louco! Ele então virou sua mão para ela. Apontou seu anel e o demôniuo manifestou-se do seu lado.
- Mate-a! Ele disse.
...
- Droga! Ouçam o barulho. Estão chegando! Os demônios estão sendo libertos! Disse Jr.
Eles então começaram a correr em direção a fraca luz que viam á frente. Foi quando ele apareceu de repente.
- Buer! Disse Jr.
...
Um homem velho e pálido, se manifestou á frente de Faby. Ele cavalgava sob um crocodilo e havia um estranho falcão sob seu ombro. A casa inteira tremeu quando ele se manifestou.
- Agares! Ela disse enquanto o Magista erguia um punhal e preparava-se para enterra-lo no peito de And.
- Nãooooooo! Gritou Faby. O crocodilo então caminhou em sua direção agilmente como se estivesse dentro de um pântano e abriu sua enorme boca demoníaca.
...
- Esse demônio parece um sagitário! Disse May.
- Sim. Ele é um. Como um centauro com arco e flechas. Preparem-se! O demônio tinha a cabeça de um leão e cinco pés de cabra que o ajudavam a se locomover em todas as direções. Ele era rápido demais. Atirou três flechas rapidamente com seu estranho arco em forma de serpente, a cabeça da víbora se movia e sua boca se abria cada vez que ele lançava uma flecha.
- Aaaaaaaaaaaa! Gritou Jr. O sangue espirrou no rosto de Julio.
- Tudo bem aí, Jr?
- Acho que já era a minha orelha!
Mauro que conseguia se defender com a espada. Era como se as armas os ensinassem a manuseá-las de alguma forma. Um disparo foi dado. Sidney e Mauro correram na direção do demônio. Julio acertou o olho da fera que ficou aturdida. Foi o suficiente para Sidney jogar o ferrete nele. O demônio se esquivou, mas aquilo era só uma distração e Mauro jogou sua espada como uma lança e a mesma perfurou a cabeça do demônio que caiu morto.
- Acho que consegui minha arma! Disse May pegando o arco e flecha.
...
O crocodilo abocanhou o ar. Faby por sorte conseguiu esquivar-se dele. Que havia se distraído com o barulho do disparo. Mas o falcão foi mais esperto e cravou seu bico no olho de Faby que deu um grito de dor.
- Aaaaaaaaaa! A ave investia sedenta por sangue. Uma flecha então penetrou no peito da ave que foi lançada em direção a parede e lá mesma ficou presa.
- Malditos! Disse o Magista! Ele então proferiu algumas palavras em latim e preparou-se para enfiar o punhal no peito de And.
- Cássio? Surpreendeu – se Julio.
- Você? Disse Sidney.
- Mestre! Eles vão pagar por tudo isso! Você não precisa deles! Cássio disse.
- Do que ta falando Cássio? O que você está fazendo? Disse Julio.
- Cansei de vê-los escrever estes contos idiotas! Eles não chegam nem aos seus pés mestre Dosan!
- Você só pode estar louco guri! Disse May apontando a flecha na sua direção. O velho demônio foi na direção deles. O crocodilo movia-se rápido. Mauro o atacou com a espada, mas ele esquivou-se. O crocodilo abriu sua boca, mas de repente parou.
- Quem é você? Perguntou Cássio para Jr., que estava com um livro igual ao dele.
- Sou o rei Salomão, seu idiota e não permitirei que você liberte estes demônios!
- Esplendido! Viu só mestre! Até um rei veio para prestigiar meu trabalho.
- Eu não sou seu mestre Cássio! Disse Julio. Você matou meus amigos!
- Do que está falando mestre? Você nem devia ter aceitado vir a este encontro. São idiotas que apenas fingem. Nós não! Nós dois temos algo em comum.
- Você é loco garoto! Disse Sidney.
- E você cale a boca imbecil! Acha mesmo que sabe escrever! Você é péssimo! Todos vocês são! A casa de repente começou a tremer. Cássio fechou os olhos e apontou o anel para o demônio. Jr ainda lendo um feitiço em voz alta. Cássio abriu os olhos.
- Está na hora! Ele então preparou-se para atacar. May disparou uma flecha, mas ela estranhamente parou no ar e virou-se pra ela enquanto Cássio parecia conduzi-la com o olhar.
- O que é isso? Disse Mauro.
- Ele controla os demônios! Então controla também as armas deles. Sidney correu na direção dele tentando impedi-lo de matar And, e a flecha veio em sua direção.
- Aaaaaaaaaaaaaa! Sidney gritou e então caiu.
- Sidneyyy! May correu ao seu encontro. Mauro ainda segurando a espada que parecia mais pesada que o normal.
- Que droga! Disse Mauro largando a espada. O crocodilo parecia cada vez mais incontrolável. O punhal então penetrou na pele de And rasgando seu peito.
- Andyyyyyyy! Gritou Faby, seu olho ardendo em dor. Ela se segurava na parede orientando-se, não dava para ficar com um olho aberto enquanto o outro estava furado e ardendo.
- Sidney? Ta tudo bem? Perguntou May. A flecha havia atravessado o peito dele que agonizava no chão.
- Nunca vi ninguém atirar uma flecha bumerangue! Disse ele sorrindo, enquanto sangue saia de sua boca.
- Seu tolo! Ela disse deixando escapar uma lágrima de seus olhos. Jr já não suportava mais, algo deixava Cássio mais forte. Ele então se manifestou.
- Quem é você? Peguntou Julio.
- Sou aquele que vai governar isso tudo! Agora que a virgem foi sacrificada.
- Este é Deimos mestre! Foi com ele que consegui a chave menor de Salomão. Ele é o Deus do terror, do Pânico. Foi ele quem se apossou do Senhor e fez com que você matasse o Murilo.
- Eu? Disse Julio.
- Então foi isso? Disse Mauro. Sidney estava cada vez mais fraco.
- May, diga a minha esposa e a meus filhos que os amo! Disse Sidney em um último suspiro.
May levantou-se e pegou seu arco e flecha.
- Vamos ver quantas flechas você consegue controlar. Disse ela mirando no Deus do terror.
O crocodilo atacou Jr. cravando sua boca em uma de suas pernas. O velho saltou dele e foi de encontro a Mauro que apanhou sua espada, mas mal podia segura-la. Cássio arrancara o coração de And e o segurava em suas mãos.
- Aqui está Deimos! Pegue-o e sorva sua vida! Isso te trará de volta! Deimos caminhou até ele. Faby rasgou sua blusa e amarrou-a sob seu olho furado, isso fez com que ela pudesse enxergar. O crocodilo agora atacava Jr. sem piedade. O Grimório estava no chão. Ele gritava de dor. Julio então apontou sua arma na direção de Cássio que arregalou seus olhos.
- O que pensa que vai fazer? Tudo que fiz foi por você! Ele disse.
- Você não me conhece Ilustre Sinistro! Vamos ver se controla esta! Por que este demônio aqui, você não controla. Ele então disparou. Faby segurava o Grimório em suas mãos. A bala perfurou a testa de Cássio que caiu de joelhos com uma expressão melancólica no rosto.
- Mestreeeee! Ele disse num último suspiro. Deimos correu até ele tentando pegar o coração e uma flecha o acertou nas costas. Mauro de repente pôde sentir a espada mais leve e decepou a cabeça do velho demônio que caiu sem vida. Jr. gritava de dor quando Faby começou a ler o Grimório. O crocodilo parou abruptamente, mas a perna de Jr. havia sido dilacerada. Deimos arrancou a flecha com uma de suas mãos e quebrou-a, mas ele cambaleava. Ele era um Deus, mas ainda assim não estava forte o bastante. Ele continuou a caminhar de encontro ao coração. Mas outra flecha o acertou, esta foi na perna. Ele caiu de joelhos próximo ao coração de And. Ele então esticou sua mão para pega-la quando foi puxado para trás. O crocodilo abocanhava sua perna. Faby controlando o demônio.
- Malditos!!! Ele disse dando um soco no vaso de bronze, que caiu no chão rachado. Mauro então aproximou-se dele com a espada e afundou ela em suas costas. O crocodilo ainda degustando seu sangue. Deimos estava morto.
- Ufa! Estamos livres! Disse Julio olhando tristemente para Cássio morto dentro do circulo.
- May e Faby se abraçaram. Mauro olhou para Jr. que suava feito um porco, sua respiração ofegante. Sua perna em carne viva. Ele não resistiria por muito tempo.
- Temos que ajuda-lo! Disse Mauro. Jr. então sorriu.
- Não podem! Vocês tem mais o que fazer!
- Do que está falando? Perguntou Julio.
- O vaso! Ele os libertou. Vocês precisam detê-los ou será o fim da humanidade.
Todos olharam para o vaso de bronze. Espíritos malignos escapavam pela rachadura do vaso, e passavam pela laje do cômodo como fantasmas. Milhares deles. Eles fugiam dali e iam direto para as cidades.
- Que droga! Precisamos de você para prendê-los Salomão! Disse Mauro.
- Não mais! Ele disse apontando para Faby que ainda segurava o Grimório.
- Júlio então apanhou o Ferrete. May colocou o arco e flecha demoníaco nas costas. Mauro segurou mais forte sua espada.
- Obrigado pela ajuda amigo! Disse ele para Jr.
- O prazer foi todo meu! Ele sussurrou dando seu ultimo suspiro. A cabeça de Jr. tombou de lado e ele morreu, eles puderam ver o espírito do imponente Salomão despedindo-se deles.
- Vocês estão prontos? Perguntou Mauro. Todos olharam para os corpos de Sidney, Jr e And caídos no chão.
- É claro que estamos! Eles disseram erguendo suas armas.
Continua?
Talvez em suas mentes... mas eu... bem... eu paro por aqui!
Queria pedir desculpas aqueles que não mencionei no conto. Á aqueles também que brinquei de forma indevida. É claro que isso aqui foi uma homenagem a todos vocês amigos do terror.
Espero que tenham gostado do final.
A todos que me lêem um forte abraço e que Deus lhes abençoe e ilumine sempre!