NÃO TOQUE NISSO !!!

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- Não toque nisso!

Disse Aroldo para Dentinho que assustado afastou rapidamente a mão do achado.

-Eu vi primeiro... É minha. Afirmou Aroldo enquanto descia equilibrando-se desengonçadamente no monte de lixo e com força logo apanhou a pedra brilhante que Dentinho almejava.

Dentinho com seus seis anos já sabia que com Aroldo não havia contestação. Naquele lixão Aroldo era o rei das crianças. E aí daquele que o enfrentasse; bem sabe o Zé Antonio que até hoje procura os dentes no meio do lixo que vasculha.

A pedra irradiava um brilho fantástico e Aroldo podia sentir um leve calor em suas mãos.

Dentinho curioso tentou arriscar um "posso ver ?”, mas ao verificar a expressão de Aroldo parou no “posso” e calou-se.

Pedra no bolso, Aroldo continuou seu trabalho diário; ora trabalhava, outrora empurrava alguma criança fazendo-os cair com a fuça no lixo enquanto ria debochadamente.

O belo achado esquentava suavemente sua cocha direita, proporcionando-lhe uma sensação prazerosa e agradável.

Por vezes as crianças viam-no admirando a pedra por longo tempo; parecendo perdido, quase hipnotizado.

A situação permaneceu pelos dois dias seguintes.

Já no terceiro dia, durante o escasso almoço, puderam notar que Aroldo estava diferente, este suava infindamente, suas mãos pareciam inchadas e disformes e andava com visivel dificuldade; parecia repuxar a perna direita em movimentos dolorosos. Zé Antonio tentou averiguar o que ocorria e obteve uma já esperada resposta: “Vai tomar no cu enxerido”.

No quarto dia verificaram que Aroldo não fora trabalhar. Trabalharam felizes, pois embora fosse um trabalho horrível, Aroldo sem dúvida, duplicava a situação, transformando o já ruim; num inferno.

No dia seguinte, ao chegar para o trabalho, Dentinho assustou-se ao ser barrado nos portões do lixão por diversos homens que vestiam roupas brancas e mascaras.

O lixão estava fechado. Uma criança havia morrido há poucas horas por envenenamento radioativo. Nada podia entrar nem sair daquele fétido local até segunda ordem.

Alguns dias depois o lixão fora reaberto. A máquina de raios-X fora recolhida e levada para o lugar apropriado. A pedra, encontrada posteriormente na casa de Aroldo, também fora recolhida.

Durante o almoço daquele dia as crianças puderam ver entre sorrisos e brincadeiras, num sujo jornal sensacionalista; as fotos de Aroldo morto e deformado pelos poderes da pedra brilhante.

No fundo Dentinho, mesmo sem entender tudo aquilo, sentia-se feliz de não ter realmente tocado naquilo.

J V I C T O R

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