Um Encontro com o Terror - Parte VI

Obrigado pela revisão amigo!

Espero que gostem!

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A névoa havia desaparecido de repente. Faby olhava estática para o corpo de Calixto, que permanecia inerte no chão.

- Meu Deus! O que foi que eu fiz? Maldito! Por que se manifestou assim? Por quê? Quem te invocou? Quem invocou vocês? Ela gritava. Suas lágrimas desciam abruptamente de seus olhos, ela então se ajoelhou próxima a Calixto e o abraçou em prantos. Desculpe! Desculpe-me amigo!

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Don levantou-se. Dany estava lá no chão com a faca cravada em seu peito. Ele olhou ao lado e viu Michele com o crânio partido.

- Mas o que é que aconteceu aqui? Disse ele. Seus olhos lacrimejavam. Ele parecia estar ficando louco, pois conversava sozinho e andava de um lado para o outro completamente confuso. - Mas que névoa era aquela? O que você fez Dany? Por que você nos atacou? Preciso encontrar os outros. Temos que sair logo desta casa! Ele então se levantou e foi na direção da porta, que agora estava trancada. A mesma porta que antes estava aberta, ele tentou abri-la, mas foi em vão.

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- Neto? Disse And sentindo o gosto de sangue, do seu próprio sangue. Neto estava dependurado com a barriga para cima. A grade havia atravessado seu corpo em três partes, ele estava encurvado, sua boca aberta, com uma ponta de ferro saindo de dentro dela. And levou a mão á altura de seu estomago, uma ânsia de repente a tomou, ela sentiu-se implodir e então um jato de vomito saiu de sua boca e ela ajoelhou-se no chão.

- Arrrg! Que droga! O que aconteceu com você Neto? Que porcaria é essa que você usou amigo? Disse ela. Ela então viu um caco de vidro no chão. Ele refletia sua imagem. Ela o pegou e aproximou-o de seu rosto. - Aaaaahhhhhh!!! Seu louco! Olha o que fez comigo! Ela jogou o vidro contra a parede. Droga! Ela se levantou e seguiu andando na direção das escadas.

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- Enfim chegaram! Ele está aqui! Ele ria enquanto falava. Parecia estar feliz de alguma forma. Foi quando a criatura se manifestou á sua frente e ele fez reverência a ela, um anel de prata em uma de suas mãos. A criatura era imponente, uma enorme víbora que ao sinal do magista tomou forma humana, contudo ele tinha dentes enormes, chifres e uma espada afiada nas mãos.

- O que deseja de mim? Perguntou a criatura.

- Conde Botis, você é um grande presidente. Comanda nada mais nada menos que sessenta legiões de espíritos. Preciso que me ajude a exterminar alguns insetos!

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- Afinal vamos entrar ou não? Mauro perguntou. Sidney estava ao seu lado.

- Deixa de ser precoce Maurão. Pra escrever você não tem pressa nenhuma. Se deixar a gente só publica um conto depois de ter revisado e alterado trinta vezes. Disse Sidney.

- Ai ai! Vocês dois são um caso sério! Disse May.

- Mas só se o caso for com você Scarlet! Disse Mauro.

- Vá sonhando Mauro! Ela retrucou sorrindo.

Julio estava sentado no pé da escada com o computador no colo.

- Levante-se Dosan. Disse Jr. olhando para porta de entrada daquela imensa mansão.

- Carinha folgado esse! Logo agora que tive uma idéia para um conto novo. Disse Dosan para May enquanto fechava seu notebook.

Eles então ouviram um barulho estranho. Algo se mexendo entre os arbustos do jardim ao lado da mansão.

- O que foi isso? Perguntou Sidney.

- Deve ser algum cachorro. Disse Julio caminhando na direção do barulho. Jr colocou a mão no peito dele impedindo-o de continuar. Sidney caminhou na direção do som. Mauro permaneceu imóvel enquanto May olhava apreensiva. Ele ia devagar. Sua mão a menos de um metro do arbusto que se balançava. Ele assoviou chamando o animal.

- Vem cá cãozinho!!! Vem aqui vem! Algo se aproximava cada vez mais, as folhas se agitando, ele vinha mais rápido e de repente saltou no meio da escuridão.

- Aaaaaaaaaaaah!!! Gritou Sidney! Todos se apavoraram enquanto Jr corria. O som de um disparo cortou a noite e um projétil penetrou na pele da criatura.

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- O que foi isso? Disse Faby correndo na direção da porta de entrada. Foi quando ela trombou em algo e caiu em meio á sala.

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- Droga! Onde é que estou? Me perdi nesta droga de mansão! Disse Don. Ele estava em um corredor estreito. Havia tentado abrir a porta do quarto, mas ela estava fechada. Foi procurar algo no armário embutido para tentar arrombar a porta, mas não havia nada a não ser um monte de roupas antigas e empoeiradas. Ele entrou e viu uma fresta por detrás das roupas, enfiou sua mão ali e pôde ver que havia uma espécie de passagem. Ele andava por aquele corredor sinistro, candelabros acesos iluminavam vagamente aquele obscuro local, porém, conseguiu ver uma fraca luz mais á frente.

- Que bom! Deve ser a saída! Disse esperançoso.

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- Aaaaaaaaaaa! Gritou Faby assustada enquanto via a figura, os olhos da mesma á sua frente, a pele deformada, seu rosto repleto de sangue, e um de seus dentes estava pela metade. Mais sangue brotando dos lábios.

- Levante-se! Disse a voz.

- Você? Faby se surpreendeu.

- Levante-se logo Faby e para de me olhar assim.

- And? O que aconteceu com seu rosto?

- Foi o Neto, Faby! Ele pirou. Começou a me surrar de repente. Disse ela num ritmo acelerado. - E então de uma hora pra outra ele saiu correndo em direção a Janela e pulou o vidro tentando fugir de algo. Ele estava louco!

Faby neste instante lembrou-se do monstro, depois da imagem de Calixto morto no chão.

- O Calixto também está morto. Ela disse enquanto uma lágrima brotava de seus olhos. Eu o matei And!

Elas então ouviram outro disparo e viraram-se na direção da porta de entrada.

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Sidney viu a enorme serpente cair á centímetros dele, era um animal demoníaco. Ele estava paralisado de medo. Jr. correu ao seu encontro, enfiou a mão por dentro da capa do mago e tirou um livro estranho. Julio e May olhavam atônitos para a cena. Mauro puxou Sidney, arrastando-o dali. Ele despertou daquela espécie de transe. Mais atrás a sombra de um homem com uma arma empunhada em suas mãos se aproximava deles, mirando na criatura que parecia estar morta após levar dois tiros na cabeça.

- Que diabos é isso? Perguntou o homem que chegara de trás da mansão.

- Anilto? Você é o Capitão Anilto? Perguntou Dosan completamente surpreso, ao reconhece-lo.

- Todos vocês pro canto da parede e mãos na cabeça! Disse ele sem ao menos responder a Dosan.

- O que fizemos? Perguntou Mauro.

- Tem algo muito errado aqui! O que é esta coisa? E também tem um corpo lá atrás dependurado na grade. Parece-me ser o Neto Andrade. O que está acontecendo aqui afinal?

Jr. continuava com o livro nas mãos. Ele começou a pronunciar palavras em um idioma estranho. Segurava o livro com uma mão e a outra apontava aberta para a criatura. O capitão sacou outra arma. Uma ele apontava na direção de Jr, a outra na direção do restante do pessoal.

- O Neto está morto? Perguntou assustado Sidney.

- O João Murilo também Sidney, não se faça de desentendido! E eu vim atrás de você Julio! Mas agora vejo que todos estão juntos nisto.

- Eu? Perguntou Julio. Mauro lembrou-se de todo aquele incidente.

- Você matou mesmo o Murilo? Seu...Dizia Mauro.

- E você Sidney! Você é cúmplice disso tudo! Você os reuniu aqui para uma chacina, não foi? Quer matar todos!

- O que? Perguntou Sidney ainda incrédulo.

- Você pagou a passagem dele até aqui! Nós já descobrimos tudo.

- Eu não matei ninguém! O que ta acontecendo aqui? Disse Julio.

- Já disse para parar com isso Jr! Abaixe suas mãos e encosta na parede! Isso é uma ordem.

- É melhor eu não fazer isso capitão. Disse ele interrompendo o estranho ritual.

- Mandei baixar as mãos bruxo dos infernos! Disse o capitão dando um disparo, a bala afundou no chão, penetrando na areia próximo aos pés de Jr.

Ele virou-se para Anilto com uma expressão nada amistosa.

- Você é quem sabe! Disse Jr. baixando as mãos e caminhando na direção dos outros lentamente, seus olhos fixos na criatura.

- Ela está viva! Disse May ao ver os olhos da criatura se abrir abruptamente. A serpente estava se erguendo como uma naja, equilibrando-se na ponta de seu rabo enquanto as feridas que antes eram buracos de bala em sua cabeça, agora estavam regenerando-se espontaneamente.

- Que droga é essa? Disse Mauro com os olhos arregalados.

A enorme víbora os atacou.

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- Tem alguém aí? Perguntou Don. Ele estava entrando em uma espécie de biblioteca. Teias de aranha por todo lado, viu um rato passeando pela estante, quando o animal asqueroso o viu se escondeu atrás de um livro velho. Olhando mais á frente viu uma porta. A luz lá estava mais forte. Ele se aproximou e ouviu uma voz estranha murmurando palavras sem sentido. Quem está aí? Ele perguntou. Mas não houve resposta, ele então levou a mão até a maçaneta e abriu-a. O que ele viu o assustou. A pessoa á sua frente usava uma calça estranha, estava postado de joelhos no chão, sem camisa, símbolos estranhos desenhados em seu peito a sangue. Ele então o reconheceu.

- Você? Don estava completamente confuso e assustado.

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Anilto corria de costas atirando na criatura que se desviava esquivando-se agilmente. Ela se aproximava cada vez mais.

- Todos para dentro da casa! Vão! Vão! Vão! Gritou o capitão enquanto disparava na direção da criatura. Eles correram para a porta, mas ela estava trancada. May e Dosan batiam contra a madeira dando socos. Eles estavam apavorados.

- Abram a porta! Abram logo esta porta pelo amor de Deus!!! Eles gritavam desesperados.

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Faby e And correram até a porta, mas era impossível abri-la. Ela estava presa de alguma forma. A maçaneta não se movia.

- São os meninos! Eles chegaram! Disse Faby.

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Aquele rosto familiar então se virou para Don.

- Seu idiota! O que faz em meu templo? Um vento frio tomou aquele lugar. Don pôde sentir toda energia negativa de algo tomando forma. Ele tentou correr, mas a porta se trancou sozinha.

- Então é tudo culpa sua? O que está fazendo?

- Vocês é que são os culpados! Bando de imitadores!

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As luzes da casa de repente piscaram. Dosan e May entraram correndo. Sidney, Mauro e Jr vieram atrás. Anilto, sabendo que sua munição iria acabar, viu o monstro abrir a boca na sua direção. Pela primeira vez na vida o medo o paralisou. Ele estava próximo a porta. Foi quando a víbora cravou as prezas em sua mão e ele puxou o gatilho. A bala atravessou a pele da criatura, mas ao contrário do que previa a criatura mordeu-o ainda mais forte. Neste momento ele foi puxado abruptamente por Mauro para dentro de casa.

- Fechem a porta! Gritou Sidney.

- A mão dele! Disse May. Mauro e Sidney o puxando para dentro enquanto seu braço era mastigado pela víbora que não o largava. Ele gritava de dor.

- Aaaaaaaaa... essa coisa vai arrancar minha mão! Aaaaaaaaa! A porta batendo contra seu cotovelo que estava preso entre ela e o marco. A criatura então o soltou. Os três caíram no chão. Faby, And e Jr. fecharam a porta. Anilto chorava de dor enquanto via sua mão, do cotovelo aos dedos sem pele alguma. A carne toda mastigada, até mesmo os ossos de três dedos lhe haviam sido arrancados. Ele não resistiu, e desmaiou.

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- Maldito! Por sua culpa a casa foi aberta e aqueles malditos se safaram!

- Por que está fazendo isso?

- Por que meu mestre não deve ser comparado a vocês! Ele então apontou o anel de prata para a estranha criatura que se formava à sua frente. Don recuou, mas foi em vão.

- Seja bem vindo Aim! Ele é todo seu.

Don via á sua frente uma criatura bizarra. Um velho de porte notável, com três cabeças. A do centro era a de um homem com duas estrelas na testa, enquanto a segunda era de uma serpente e a terceira de uma vitela. Ele flutuava sob uma víbora carregando um ferrete em uma de suas garras, seus pés eram horrendos.

- O que diabos é você? Perguntou Don apavorado. A criatura deu uma risada maquiavélica.

- Sou o vigésimo terceiro! Disse ele agora próximo de Don que tentou lutar, mas ele ergueu-o pelo pescoço, suas duas outras cabeças olhando estranhamente para Don. As enormes unhas do demônio batiam contra a pele dele como se estivessem a tocar piano. Aquilo era uma ópera do horror. Ele imaginava sua morte. Olhou mais uma vez para criatura e lembrou-se dos seres que ele já havia descrito em seus contos. Ele então sentiu a ponta do ferrete ser pressionada contra sua testa. Os olhos da cabeça humana o encarando sinistramente. Ele então gritou. A dor que ele sentia era espantosa, o ferrete atravessou a pele e encontrou o crânio de Don, um estalo e perfurou o cérebro. Sangue saindo pelos seus ouvidos. Ele estava morto. O magista o olhava sorrindo enquanto o demônio arrancava o ferrete de volta.

- Vá pega-los Aim! Disse o magista voltando a proferir aquelas estranhas palavras em latim.

- Sim, meu amo! O demônio sorriu e desapareceu em forma de fumaça

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- Estamos presos aqui! Disse And.

- O que era este monstro afinal? Uma anaconda? Perguntou Dosan.

- Deixe de ser ridículo Dosan! Disse Faby; Aquilo é um demônio.

- Demônio? Perguntaram Sidney e May ao mesmo tempo.

- Sim. Respondeu JR.

- Então não foi o Dosan que matou o Murilo? Perguntou Mauro.

- De certa forma sim! Apenas o corpo dele. Disse JR.

- Mas eu não me lembro de nada! Eu to ficando louco é? Disse Dosan.

- Estava possuído idiota! Disse Faby.

- O Murilo ta morto mesmo? Perguntou Faby. Sidney assentiu.

- Que droga! Ta todo mundo morrendo! O que vamos fazer? Temos que encontrar logo o magista. Disse Faby.

- Magista? Perguntou Dosan.

- Sim. A pessoa que tem a chave menor de salomão. Disse Jr.

- Espera aí! Agora como sabem disso tudo? E que merda de chave é essa? Perguntou And.

- Estava aqui me perguntando a mesma coisa! Disse Mauro.

- Eu sei por que li na internet! Respondeu Faby. Todos então olharam para Jr.

- E você? O que tem a dizer? Perguntou Sidney.

...

Continua...

A todos que me lêem, um forte abraço e que Deus lhes abençoe e ilumine sempre!

Sidney Muniz
Enviado por Sidney Muniz em 26/08/2011
Reeditado em 27/08/2011
Código do texto: T3184177
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