O Falo que Fala
Escrevi esse conto mais pra me distrair mesmo, mas espero que curtam. Abraços.
Aviso: esse texto contém palavras chulas.
Quando Dionísio acordou a primeira coisa que sentiu foi o grande volume entre as pernas, estava tão excitado que chegava a sentir dores.
“Depois que eu der uma mijada volta ao normal”, pensou ele.
Então ele levantou-se, até com certa dificuldade, e foi ao banheiro, chegando lá ele tirou seu instrumento para fora e se surpreendeu:
“Caraca! Parece que tomei Viagra!”
A vontade de mijar veio, mas nada de seu bilau amolecer.
“Vai cara, amolece aí, não é hora disso não.”
Finalmente a urina saiu, mas a varinha mágica continuava bem rija e ele fez a maior bagunça no banheiro, foi xixi pra todo lado inclusive na sua cara.
- Porra! – ele gritou – agora vou ter que tomar um banho. É tudo sua culpa seu pinto idiota!
Ele sentiu então uma pequena vibração no meio das pernas, era como se sua mangueirinha do prazer não tivesse gostado nem um pouco da ofensa.
“Vou tomar uma ducha fria, aí essa praga vai murchar igual uma rosa velha.”
Dionísio foi para o chuveiro e abria toda a água, depois de se certificar que estava bem gelada ele entrou.
- Agora você vai ver! – ele falou olhando para baixo.
O bilau realmente começou a sentir o efeito da água fria, porém aconteceu uma coisa estranha: ele começou a se mexer sozinho!
- Mas o que é isso? – perguntou-se assustado Dionísio.
Ele tentou segurar sua rola com as mãos, mas ela se mexia tão fortemente que era impossível mantê-la parada, era como se quisesse arrastar todo o corpo de Dionísio e sair da água fria.
- Você não vai sair daqui não! – gritou Dionísio agarrando seu pênis com toda a força que tinha.
A cena foi dramática, Dionísio até urrava e se contorcia tamanho era o esforço, mas no fim todo esse esforço foi em vão, sua birosca venceu a parada quando em um último impulso jogou os dois ao chão do banheiro.
Dionísio olhava para sua napa desesperado e confuso.
- O que deu em você sua pica maldita?
O pirocão de Dionísio se remexeu e inclinou a cabeça vermelha para cima, o pequeno orifício na ponta começou a se entortar todo e, para espanto de seu dono, ele falou:
- Eu que pergunto malandro! O que deu em você? Queria me afogar com água gelada?
Dionísio ficou branco. Aquilo realmente estaria acontecendo?
- Você fala! – disse ele incrédulo.
Seu papa-moças se contorceu novamente e disse:
- É seu palhaço, eu falo. Falo e penso, e cheguei a conclusão de que agora sou eu quem deve mandar por aqui.
- Peraí, que história é essa? Você ficou calado todo esse tempo e agora quer vim dando as cartas. De jeito nenhum, vê se volta ao seu estado inicial e me deixa viver em paz.
O roliço parece que não gostou nada de ouvir aquilo e respondeu:
- Para de ser ingrato otário. Quanto prazer eu já te dei? Se não fosse por mim você não pegava mulher nenhuma.
- Você? Você só acordava na hora do bem bom, eu que tinha que passar uma conversa nas minas. O serviço pesado ficava todo pra mim. E quer saber? Essa conversa já encheu, eu vou sair daqui.
Dionísio tentou se levantar, infelizmente a pressão que seu soldadinho de capacete roxo fazia era tamanha que ele não conseguia se colocar de pé.
- Para com isso seu ordinário, me deixa levantar. – implorou ele.
- Você só sai daqui se me dar o que eu quero! – ordenou seu mijador.
- Mas o que você quer?
- Eu quero gozar.
- Você tá louco? Sabe que eu moro sozinho, não tem mulher aqui.
- Use a mãozinha, eu sei que você faz isso muito bem – o morangão falava com ar de deboche, sentindo certo prazer em humilhar seu dono.
- Eu não tô a fim! – Dionísio não quis se entregar.
- Mas eu tô! E agora sou eu que mando aqui.
Não teve jeito, Dionísio teve que se entregar ao exercício do prazer solitário ou melhor dizendo, quase solitário.
- Vai com calma aí seu mané, é pra me tratar bem, não é pra estrangular não. – resmungou a jiribaita.
- Bem que você tá merecendo.
Dionísio continuou com os movimentos de vai e vem pensando na loucura que estava acontecendo, então ele sentiu que a hora estava chegando e tanto ele como seu brinquedinho começaram a gemer. E finalmente eles gozaram. E que gozada!
- Satisfeito ô coisa ruim? – perguntou Dionísio.
- Não o suficiente – falou o bengalão ainda com a “boquinha” suja – eu quero mais!
- Você tá maluco? Acabou de gozar e já quer outra?
- Faz o que eu mando imbecil. Quando eu dizer que é pra parar eu digo.
E mais uma vez não teve jeito, lá foi Dionísio de novo, dessa vez foi mais violento, queria se ver livre daquela situação de uma vez.
Novamente eles se fartaram e Dionísio, aproveitando um sutil relaxamento de sua jibóia, conseguiu se levantar.
- Ei, onde pensa que vai? Eu quero mais! – gritou o troncudo.
- Ah caralho! Dá um tempo vai.
- Que nada, eu quero mais e mais! Você agora é meu escravo. – e em um movimento brusco ele projetou Dionísio contra a parede.
- Já disse que se não me der o que quero você não sai daqui!
E mais uma vez Dionísio obedeceu, e depois daquela mais uma e mais outra... e várias outras!
Dionísio estava exausto, não aguentava mais, então ele pensou, pensou e teve uma idéia:
- Me deixa ir tomar um gole de agua vai, quero renovar minhas energias.
- Tá bom, eu também tô precisando me hidratar, lá na cozinha a gente continua nossa brincadeirinha.
Dionísio se dirigiu a cozinha, o pobre até mancava, mas chegando lá ao invés da geladeira ele correu até o armário onde pegou uma faca.
- Ei panaca, o que você acha que está fazendo? – gritou o pingolin.
Dionísio então já armado com a faca colocou a lâmina bem rente a “garganta” daquele monstro e advertiu:
- Murcha! Murcha de uma vez ou eu me capo!
- Você não é maluco, sou eu quem te faz homem.
- Quer arriscar? – respondeu Dionísio já apertando a faca contra o corpo de seu membro rebelde.
O minhocão sentiu o perigo e numa manobra imprevisível fez um movimento inacreditável, esticou-se todo e enrolou-se na mão de Dionísio como se fosse uma píton.
- Larga essa faca! – berrava o guloso.
- Eu não – berrava por seu lado Dionísio e com a mão que estava livre socava a cabecinha vermelha de seu antes melhor amigo.
A luta prosseguiu por vários minutos, mas Dionísio finalmente segurou a faca com a outra mão e quase sem pensar desferiu o golpe final.
- Eu sinto muito amigo, mas você não me deixa alternativa – disse ele enquanto se mutilava.
- Nããããããooooo... – gritou a salsicha em agonia.
Mas no fim ela caiu. Dionísio observou enquanto ela se contorcia no chão e para abreviar o sofrimento ele pulou sobre aquela mangueira viva.
- Morra de uma vez seu traidor!
Dionísio pulou sobre sua vuvuzela até que não lhe restavam mais forças, foi só aí que ele percebeu que havia perdido muito sangue e exausto se jogou no chão da cozinha ao lado do punhadinho de carne esmagada em que tinha se transformado sua arma de guerra.
- Adeus amigo – disse ele – pena ter terminado assim – e desmaiou.
Dionísio não soube quando tempo ficou desmaiado, acordou fraco e quando percebeu que estava no chão a memória começou a voltar. Sentiu que estava em meio a uma poça de sangue, mas estranhamente não sentia dor alguma. Ele teve uma suspeita, então olhou primeiro para o lado e aliviado viu que a massinha disforme de carne permanecia ali.
“Você continua morto, ainda bem!” – pensou ele.
Mas então ele sentiu de novo um pequeno comichão entre as pernas e olhou. A princípio não viu nada, mas aos poucos pode perceber que uma pequena forma parecida com o pintinho de um anjo barroco se aplumava e se enrijecia.
- Ah meu Deus, não! – desesperou-se Dionísio.
Mas seu lamento era em vão. A pequena forma ficou de pé entre as suas pernas, a cabecinha vermelha surgiu por sobre um capuchinho de pele, a “boquinha” mais uma vez se contorceu e disse:
- Eu quero mais!