O MISTÉRIO DO VELHO CASTELO - PARTE 5

Trude saiu da sala e seguiu em direção ao refeitório. Estava procurando pelo Dr. Fischer, e a julgar pela hora, esperava encontrá-lo lá. Sentia-se cansada, uma boa ducha e uma dose de conhaque lhe faria bem. Claro, não deixava de pensar em Ramon. Apesar de ter tido alguns casos em sua vida, Ramon havia sido o único que realmente tinha dado certo. Ele não a cobrava de nada, dava a ela a liberdade que precisava, enfim, ela sentia-se bem de estar com ele.

- Ive, bom dia! Você viu o Fischer por ai?

- Esteve aqui à uns 05 minutos. Pegou uma maçã e saiu. Acho que foi fumar lá fora. Vai querer uma? – E apontou para uma mesinha de canto na parede.

- Não obrigada, guarde uma pra mim, para mais tarde, sim?

- Pode deixar.

Ivaneide, ou Ive como era conhecida , era a cozinheira do hospital. Nem sempre fazia coisas diferentes, mas era muito boa em lhe dar com comidas, e sempre recebia elogios dos funcionários.

- São 15:45, se eu não achar o Fischer falo com ele na segunda.

Trude atravessou um longo corredor que no final tinha uma curva para a direita. Logo após, um portãozinho dava acesso ao jardim, e foi ali, que distraidamente deu de cara com o Dr. Fischer. Levou um susto, mas discreta como era, rapidamente se recompôs. A luz fraca daqueles corredores e as paredes brancas demais a incomodavam e ao mesmo tempo chamavam sua atenção, de forma que nem percebeu quando esbarrou em Fischer.

- Fischer, ainda não encontrei os arquivos do “Fedorento”, o Ramon está procurando para mim. Ainda precisa deles?

- Sim, mas não tenha pressa em encontrá-los, pode entregar a mim na segunda-feira, não tem problemas. A propósito, você sabe se o Josh chegou?

- Não vi ele por aqui, mas se o conheço deve estar com o “mordomo”.

- Ele é um caso interessante não é?

- Bom, posso dizer que no momento é sim...

- Sabe Trude, seria bom que ele se recuperasse. Sei que o fato dele ter falado pode não ter tanta relevância, mas seria de grande importância uma recuperação aqui não acha?

- Acho sim, mas pode ser que isso não aconteça nunca – O vento lá fora estava ficando cada vez mais forte e gelado, Trude sentiu um arrepio na espinha – Nossa, que frio é esse? Vou buscar meu casaco na minha sala e vou embora. Você já vai?

- Vou e rápido. Junto com esse frio parece que vai chover bastante, não quero pegar essa chuva no caminho – dizendo isso, retirou as chaves de seu carro do bolso e se dirigiu para o estacionamento – Trude, não deixe o Josh ficar maluco também ok?

Trude deu uma risada agradável.

- Tudo bem, vou trancar minha sala e antes de ir falo com ele.

- Ok, estou de saída. Precisando pode me ligar – Virou as costas e foi embora.

Trude estava voltando a passos rápidos para sua sala. O frio aumentava e o vento ficava mais forte, era melhor se apressar ou a chuva a apanharia também.

Continua....

Bonilha
Enviado por Bonilha em 11/08/2011
Reeditado em 03/05/2012
Código do texto: T3153658
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