Um Encontro com o Terror - Parte IV

Pessoal espero que gostem...

Já era o terceiro toque, Sidney ainda olhando para seu telefone, ele odiava atender chamadas não identificadas. O telefone continuava tocando e vibrando em sua mão. Ele então levou o telefone ao ouvido apertando a tecla verde.

- Quem fala? Ele Perguntou.

- Oi Sidney. Disse uma voz rouca ao telefone.

- Por acaso isso é algum trote? Ele pensou que só podia ser coisa de seu cunhado Joelson.

- Isso não é um trote!

- Jô, sei que é você, deixa de ser bobo. A voz sorriu do outro lado da linha, uma risada estranha.

- Vocês são um bando de amadores Sidney! Uma corja de amadores! Devem aprender mais sobre terror!

- Vá pro inferno! Disse Sidney com a voz mais ríspida desligando o telefone.

- Idiota! Disse com o telefone na mão. Sidney...Sidney... vocês não podem competir com ele... só ele sabe o que é o verdadeiro terror... ele ria enquanto falava... agora vocês verão do que sou capaz, Disse ele com um grimório em suas mãos, à sua frente um vaso de bronze, ele estava ajoelhado dentro de um círculo que o protegia feito no chão á sangue, segurava uma varinha em uma de suas mãos, mais á frente fora do circulo um triangulo com outro circulo dentro, haviam também pentagramas e hexagramas desenhados pelo chão. Ele então começou a ler o livro pronunciando palavras em latim... Seus pensamentos naquela mansão, uma foto daquela velha casa dentro do triangulo.

...

- Maldição! Ta tudo trancado! Disse Neto enquanto eles andavam pelo corredor do 2º andar daquela mansão, as portas dos quartos estavam trancadas, Vanessa o seguia sempre olhando por cima do ombro, foi quando eles ouviram barulho de algo se mexendo próximo a eles no fim do corredor.

- O que é isso Neto? Perguntou Vanessa. Neto então jogou a luz de sua lanterna naquela direção e algo veio de encontro a eles. Vanessa e neto deram gritaram assustados e correram.

...

- Pronto! Chegamos. Disse Faby. Todos estavam á frente da enorme mansão.

- Caraca Faby! Maneiraça! Disse Michelle.

- Vamos entrar logo! Disse Dany. Calixto e Faby foram em direção à porta de entrada, Don ainda fechando o carro. Foi quando eles ouviram os gritos.

- O que foi isso pessoal? Disse And.

- Tem alguém aí dentro. Disse Faby. Foi quando os gritos de repente cessaram. Todos entreolharam-se naquele momento. Don correu até a porta.

- Abre isso Faby! Onde estão as chaves?

- Ficaram em casa, eu nunca tranco essas portas. Mas elas estavam trancadas, Don olhou para Calixto.

- No três, Fernando! Ele assentiu. Um... dois... três! Eles correram em direção a porta. Algo então saiu de encontro a eles. Michele, Dany e And gritaram juntas apavoradas.

...

- Nos despedimos aqui então Capitão?

- Acho que sim. Disse Anilto sorrindo, Mauro sorriu para ele de volta, mas apenas por que achava engraçado como seu bigode acompanhava os movimentos de sua boca.

- Vai mesmo recusar o convite de se juntar a nós? Disse Mauro.

- Sabe como é Mauro, o Hotel já está pago, tem os passeios turísticos, vou curtir a paisagem. Da um abraço no pessoal. Disse o capitão se despedindo.

- Ta certo! Fica para próxima então capitão. Mas se você mudar de idéia ta aqui o endereço. Anilto pegou o endereço e seguiu andando em direção à um táxi. Mauro pegou seu telefone e discou um número de sua agenda, mas o mesmo estava fora de área.

- Ele já deve estar chegando! Foi quando alguém bateu em suas costas. Ele virou-se abruptamente e tomou um susto.

- Você!

...

Don e Calixto caídos no chão olhavam para a cena, Michele, Dany e And estavam apavoradas, Faby olhando com admiração para o que via. Eles então começaram a rir.

- Medo de morcego gente! Disse Faby. Aqui é cheio deles.

- Arg! Disse Dany. Tudo que vem de rato pra mim é nojento!

- Concordo. Ratos, baratas, morcegos! Credo! Disse Michele.

- Eu idem! Disse And. Pra mim eles só ficam bem nos contos de terror.

- Pessoal vamos entrar logo e descobrir de quem foram aqueles gritos. Disse Don.

- Bora nessa! Disse Faby entrando. Todos entraram atrás dela.

- Que loucura isso aqui! Disse Calixto. Quantos anos tem este lugar?

- Cerca de 80 anos. Disse Faby. Mas não sei ao certo.

- Tem alguém aí? Perguntou Faby. Ninguém respondeu de imediato.

- Isso tá assustador. Disse And.

Foi quando ele apareceu no alto da escada.

...

Sidney desembarcou e seguiu para se encontrar com Mauro, aquela maldita ligação o havia deixado nervoso.

- Amadores? Do que essa pessoa estaria falando. E por que disfarçar a voz? Só pode ser alguém que me conhece passando um trote! Ah, logo eu que sempre sou quem os passa. Pensou ele, agora rindo sozinho.

...

- O que foi Mauro? Por que a surpresa amigo? Mauro correu os olhos pela figura que estava á sua frente. Lembrou-se daquela mensagem que recebera pelo msn. “Ele ta maluco cara”... ele ainda olhando para o Dosan , não dava para imaginar o Dosan atacando alguém, era um cara que aparentava ser realmente pacifico e muito centrado.

- Não... não é nada Julio. Você tem alguma notícia do Murilo?

- Murilo? Não. Disse ele lembrando-se de seu passeio maluco pelo Ceará. Mas Mauro, você ta meio calado cara, nada a ver com você pelo msn. Ta meio assustado é?

- Não! Quero dizer. Que nada Julio, to é ansioso pra encontrar todo mundo. Marquei com o Sidoca aqui. Ele deve estar chegando.

- Também marquei com ele.

- Ah, então já se encontraram? Disse o Sidney se aproximando dos dois.

- Olha ele aí, Dosan. Disse Mauro.

- Caramba! Só de ver vocês já to empolgado. Imagina quando ver as meninas. Disse Sidney.

- Que isso, rapaz? Você é casado viu! Disse Dosan.

- E vê se para de se empolgar olhando pra mim viu Sidney! Falou Mauro rindo. Os dois riram junto a ele.

- Vamos nessa? Disse Julio.

- Só temos que esperar mais um pouco vem mais dois por aí! Já estão no aeroporto

- Quem?

- Larga de ser curioso Mauro.

...

- Neto? Disse Michele.

- Oi gente. Que susto nos deram. Cadê o Eric?

- Eric? A gente não sabe dele. Não era para você chegar amanhã? Disse Faby.

- Sim. Mas vocês também. Eu o Eric e a Vanessa íamos pregar uma peça em vocês. Vocês não viram o Eric mesmo?

- Não, cara! Que maluquice é essa? Foi você que gritou? Perguntou Don.

- E onde estão o Eric e a Vanessa? Perguntou And. Foi aí que Neto olhou para trás e viu que Vanessa já não estava mais ali.

- Ela estava bem atrás de mim. Disse ele surpreso.

- Vamos procurar esse dois. Eles estão armando alguma. Vamos nos dividir. O Don, a Dany e a Michele vão pegar as coisas e trazer para dentro. Eu e o Calixto procuramos no andar de baixo e você neto e a And encontrem a Vanessa logo. Disse Faby. Ah, e preparem-se viu por que o Murilo também ta tramando alguma coisa. Disse ela lembrando do incidente com o Mauro.

- Vamos Calixto, temos que religar a luz, tem uma chave lá embaixo no porão.

....

- Neto? Você está aí? Disse Vanessa. Ela havia entrado em um quarto quando correu dos morcegos e fechou a porta, mas não conseguia abrir mais. Sua lanterna estava desligada, ainda com receio de que morcegos se assustassem e voassem atrás dela. Encontrou uma outra passagem atrás do que era uma estante velha, achou aquilo assustador, mas se sentiu tentada a entrar ali, ela já havia lido e escrito tantos contos de terror, aquilo a levou para um cômodo estranho. Tudo estava escuro. O nervosismo tomava conta dela. Um ar frio tomou conta do ambiente.

- Deus me ajude! Que sensação horrível! Ela sussurrou para si mesma. Então sentiu algo encostar em suas pernas. Ela sentiu um arrepio interior e uma sensação de medo e repulsa a tomou por completo. Era algo visguento e nojento.

- Arg! Ela passou a mão em suas pernas e notou que havia uma gosma nojenta, levou instantaneamente a mão até o nariz e cheirou aquilo. Logo ela percebeu que se tratava de um vomito estranho. Era quente e ardia em sua pele. Que droga é essa? Disse ela apontando a lanterna para sua perna e ligando-a. Ela então deu um pulo vendo algo que se parecia com uma cobra, mas na verdade era uma calda em forma de serpente, ela apontou a lanterna para aquilo seguindo-a para ver o que estava ali, foi quando viu a face do monstro e tentou correr mas não havia mais pra onde ir, ela estava acuada. A criatura além de nojenta também falava, o que a deixava ainda mais assustada.

- Vanessa Serafim... disse a criatura... por que não continuou apenas lendo os contos ao invés de passar a escrevê-los! Agora serei obrigado a fazê-la pagar por tal disparate.

- O que é você? Disse ela procurando algo para se defender daquela criatura horrenda e demoníaca. Sua aparência era de um lobo exceto sua calda de serpente. A criatura conversava e vomitava ao mesmo tempo, chamas de fogo saiam junto ao vomito.

- Deus do céu! Disse Vanessa.

- Isso não tem nada a ver com Deus menina! A criatura ria sarcasticamente com seus caninos a mostra. Seus olhos acompanhando cada movimento de Vanessa que caminhava em direção a uma pequena janela.

- Você não vai conseguir fugir daqui menina! Eu te matarei antes disso. Vanessa sabia que iria morrer, mas mesmo assim atirou a lanterna que bateu no olho da criatura, aquilo não a daria tempo de fugir, mas ela subiu até a janela e colocou a cabeça para fora, lá embaixo pode avistar Don, Dany e Michele.

- Saiam daqui!!! Ela gritou desesperada! Don, Michele e Dany olharam para cima imediatamente, mas a criatura enlaçou sua calda nas pernas de Vanessa e a puxou para dentro antes que eles a vissem.

- Que gracinha... tentando salvar seus amiguinhos, sua boca salivando um misto de baba e vômito em no belo rosto de Vanessa. Você é tão bonitinha, vou ter que estragar cada milímetro de sua face. Disse o monstro antes de rasgar o lado direito da face de Vanessa com uma de suas garras. Vanessa gritaria de dor não fosse o jato de vômito quente da criatura entrando por sua garganta e sufocando-a. A criatura então cravou seus dentes sobre a barriga de Vanessa e arrancou um pedaço de carne, Vanessa ainda agonizando e engasgando com aquele vômito nojento. Ela tentava jogar aquilo pra fora, mas a calda da criatura empurrava para dentro de sua boca cada vez mais. Os olhos de Vanessa então se arregalaram e a criatura enterrou suas garras na face esquerda de Vanessa que na tentativa de gritar engoliu todo aquele vômito estranhamente e seu coração de repente parou. A criatura se levantou e de repente mudou de forma, agora ela tinha o corpo de um homem e a cabeça de um corvo sendo que ainda restara em sua boca um solitário dente canino.

- Agora vamos ver o quanto eles são amigos! Disse o monstro desaparecendo subtamente.

...

- O que foi aquilo Don? Perguntou Michele.

- Acho que era a Vanessa! Disse Don.

- Vamos logo acabar com essa brincadeira gente! Disse Dany entrando na casa com uma das mochilas. Michele e Don foram logo atrás.

...

Continua...

Sidney Muniz
Enviado por Sidney Muniz em 08/08/2011
Reeditado em 07/09/2011
Código do texto: T3147264
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