A CARONA

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A CARONA

Tudo corria Tranquilo até uma mulher aos gritos pular na frente do carro fazendo João frear o veículo bruscamente.

Desesperada, com uma criança nos braços pedia ajuda dizendo que a criança havia bebido veneno e precisava de uma carona até o hospital.

João prontamente destravou as portas e gritou para que a mulher entrasse e, antes dela terminar de fechar a porta os pneus já gritavam nervosamente.

-Ele não respira! Gritava a mulher balançando a criança desesperadamente. – Ele não respira.

Olhando pelo retrovisor pode notar a palidez reinante na pequena criança, visão esta que o fez acelerar como nunca. O hospital agora estava próximo; faltavam somente umas três quadras.

-Estamos chegando... Calma... Estamos chegando.

-Ele não respira meu filho não respira. Ele...

Antes de terminar a mulher despejou um vomito avermelhado sobre o banco traseiro e, num grito alucinante passou desesperadamente a gemer como se alguém lhe arrancasse o intestino com as mãos.

Olhando pelo retrovisor João pode ver a criança caída sobre o banco e a mulher gemendo e gritando com as duas mãos na garganta.

-O que foi? – Que merda! Gritou acelerando.

O hospital brilhava seu neon nostálgico quando um carro derrapando parou frente à entrada de emergência. Alguns enfermeiros ouviram o barulho e se dirigiram até o veículo.

João entre gritos de socorro rapidamente dirigiu-se para a porta de trás do veículo e, quando a abriu os enfermeiros já estavam ao seu lado.

João sentiu sua alma sucumbir e caiu sentado observando atônito para o banco vazio.

Os enfermeiros ficaram sem entender a situação e embora alguns achassem que fosse alguma brincadeira de mau-gosto daquele indivíduo; passaram a socorrê-lo.

Perplexo, passou a noite no hospital, confuso. Em seus sonhos, naquela sombria noite pode ouvir um choro tímido de uma criança e uma voz suave e materna que dizia “Não chore filhinho, vai ser rápido; logo estaremos com o papai”.