o nascer

Estava endemonhada!

Dizia toda a população sobre Auzira quando seu marido Jorge foi encontrado nas margens do laguinho lá perto. Ele morrera afogado.

Há tempos ele vinha numa fissuração. “Encontrei uma sereia amor”. Falava ele.

“E era só no diabo daquela mulé que ele falava”. Remoia Auzira.

No dia da morte Auzira não chorara nem uma lágrima. Passou todo o enterro acalentando seus parentes com um olhar seco nos olhos. Tínha algo na cabeça, que matutava e matutava...

Auzira sabia que se tratava de uma sereia, e já sabia que não ia conseguir mata-la tão fácil como já ouvia feitos no seu vilarejo. Mesmo assim ela só queria olhar nos olhos da criatura. Ouve-se no banheiro sons de tesoura cortando algo. Depois sai um homem baixo, era Auzira. Ela se dispôs a ser o homem. “ E apartir de agora sou José Auzír!”. Foi para o quarto e pegou as coisas de Jorge. Se armou com pexeira, pistola, corda, corrente e muito, mas muito ódio. Pra Auzira, quer dizer, José Auzír, já não importava mais perder a vida, e era isso que o fazia forte.

A caminho do lago fingiu pescar, friamente, no meio dos outros moradores que se perguntavam quem era aquele homem baixinho e enfezado. Ele pescou, esperou até todos saírem e continuou a pescar.

Então quando já estava sozinho furou o seu dedo, propositalmente com anzol. O pingo vermelho pingou no lagoado e despertou o desejo da sereia. Da água brota de pouco em pouco uma mulher de seios a mostra e graças descobertas. Então sem nada falar ela se aproximava. Pra ter certeza Auzír proseou:

“Meu amigo Jorge me disse que você era bunita, então resorvir checar”. A criatura só sorria e se aproximava de Auzír, que nervoso e enojado já não sabia onde estava a sua pexeira. E no seu ouvido sussurrou:

“Você pode até enganar os seus amigos. Você deu um homem muito estranho Auzira!, mas se seu desejo é ter a vida arrancada farei sua vontade.” Agarrou nos braços de Auzira e a levou pro fundo do lago. Auzira mergulhou por águas safiras, de fundo a mais fundo. Até que Auzira caiu em uma gruta. Mas como? “Agora você apodrece aí, que seu irmão tá me esperando”. Nesse momento antes que a criatura se submerge-se nas águas Auzira agarra nos cabelos da criatura e partem margens a dentro. Lá a criatura se retorce e arranha a Auzir, que é Auzira. Da água Auzira é cuspida e arremessada a uma parede , caindo ferida.

“Como você ousa!”. Fala a sereia com um lado da sua cabeça de cabelos arrancados. Na mão de Auzira ficou um a mexa extrema nas mãos arranhadas. Então ela só ri. E em fúrias a sereia parte em direção a Auzír. Mas quando esta prestes a alcançar o rosto de Auzira que sorrir, a sereia sente um puxão nas pernas... Algo agarra a criatura desforme. Ela olha com horror os corpos apodrecidos dos cadáveres que esta vitimara. Como um carrasco ela vai arrancando com as mãos as criaturas atirando-as longe... “Me larguem insetos.... Eu estou acima de vocês! Eu sou IrARGH!”. A sereia é silenciada pela pexeira de Auzira que a atravessa a garganta...

“Ninguém quer saber a merda do seu nome vadia”... Então tudo vira água, até as paredes da gruta, tudo cai em cima de Auzira... certa de sua morte.

No dia seguinte o lagoado estar repleto por corpos de homens afogados. E entre eles o de Auzira, que quando chega a margem toce água a fora, vomitando vida. Levanta ensanguentada da poça dos mortos e sorrir e embaía sua peixeira...

“E esta foi só a primeira”. Diz jogando a mexa da criatura no lago e partindo em meio a matas....

valete negro
Enviado por valete negro em 29/07/2011
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