O maníaco do martelo Parte V

O MANÍACO DO MARTELO Parte V

As paredes pintadas num tom branco tentavam por felicidade naquele prédio, mas não adiantava. A iluminação do prédio trepidava a cada sopro do vento gélido daquela madrugada assombrosa. Os cães das casas vizinhas teimavam em uivar sob o olhar adormecido da lua. Pareciam pressentir o pior, pareciam pressentir que algo maléfico estava para acontecer naquela noite. Mark continuou a caminha pelo corredor seguindo orientações do mestre. Quando chegou a frente a uma estreita porta ele parou, alguns poucos segundo se passaram até a porta abrir-se sozinha. Uma leva de escadas surgiu e Mark não hesitou em subi-las.

Naquele momento a enfermeira já procurava enlouquecidamente o garoto. Agora o sorriso sinistro que estampava seu rosto havia desaparecido. Ela sabia o que Mark havia feito com sua mãe e com aquele skinhead, sabia que o garoto era perigoso e não só mais uma criança com problemas psicológicos. Não era a toa que ele teve que passar todos aqueles dias na solitária. Aqueles dias até o fizeram bem de certa forma, o permitiram planejar uma fuga daquele horrendo lugar.

Mark puxou a portinhola amarronzada que de certa forma protegia o circuito de energia do local e arrancou os fios. Naquele momento todos do prédio assustaram-se. O coração da enfermeira saltava em seu peito temendo o pior. O garotinho poderia surgir a qualquer segundo e mata-la covardemente. Mark buscou no canto da parede um isqueiro sob as ordens de seu patrono, enquanto uma folha de papel queimava Mark encostou os fios positivo e negativo no fundo da caixa de força, uma conjunção de labaredas surgiu e tomou conta da caixa de força. Antes de sair dali Mark esvaziou o extintor e ateou fogo num colchão velho. As chamas logo tomaram o pequeno quarto. Uma explosão derrubou a porta daquele quarto as chama vinham apressadamente corroendo a frágil escada de madeira que ruiu logo após o garoto sair dali. Algumas portas a frente Mark adentrou numa sala escura, guiando a mão por cima da mesa encontrou uma faca e caminhou até um objeto prateado, o garoto se certificou que aquilo era um botijão de gás e abriu a válvula. Pegou novamente a faca que repousava no chão e cortou a mangueira que levava o gás até o fogão. O garoto fez isso por mais duas vezes até atear fogo no pano de mesa. Apressado o menino deixou a cozinha e ficou a vaguear pelo corredor por alguns segundos até a primeira explosão. A porta da cozinha desfez-se em migalhas quando um dos botijões de gás explodiu. Logo em seguida a estrutura do prédio balançou. Pedaços de parede vieram abaixo. Os portões foram abertos e os internos foram conduzidos para fora, Mark seguiu-os e deixou o prédio do internato psiquiátrico. Mais duas explosões se sucederam após sua saída. O prédio ruiu a baixou com vários internos e enfermeira lá dentro. Moradores há essa hora já ligavam para o corpo de bombeiros que nada podia fazer além de retirar da montanha de entulho os corpos daqueles pobres doentes mortos pelo Maníaco do Martelo.