Pesadelo Interminável

Felipe acordara aflito de mais um de seus pesadelos onde uma mesma cena se repetia, a dele sendo assassinado por um homem negro como a noite, que portava uma adaga e trajava preto.

Olhou para o lado em busca de uma informação, mais precisamente desejava saber as horas, 4 e 27 da manhã, já havia perdido a conta de quantas vezes naquele mês havia acordado nesse mesmo horário e começou a imaginar coisas. Deixou as suposições de lado e dirigiu-se para a cozinha, onde tomou três grandes copos de água em poucos segundos, pois sua sede era imensa, parecia ser inacabável. Apos desligar a luz, sua gata Bianca pôs-se a passar no meio de suas pernas, em um estranho ziguezague, parecendo alertar-lhe de algo, aí ele pegou a gata no colo e começou a andar em direção ao quarto. Lesado por causa do sono, Felipe não havia ouvido o leve barulho de passos que ecoava quebrando o silêncio.

Então chegou ao quarto e se deitou na cama que parecia lhe chamar para um bom descanso. Era isso que Felipe estava prestes a fazer quando em sua frente, na penumbra causada pelo guarda-roupa, um homem negro como a noite com uma adaga na mão esquerda e vestido de preto aguardava. E então o mesmo avançou sobre ele, desferindo um golpe certeiro em sua garganta, que expulsava violentamente o sangue, fazendo com que a vida de Felipe se esvaísse e então, Felipe acordou, e virou-se para poder ver o relógio, que marcava 4 e 27 da manhã.

Nolêto
Enviado por Nolêto em 21/07/2011
Reeditado em 22/07/2011
Código do texto: T3108435