O maníaco do martelo Parte IV
O MANÍACO DO MARTELO Parte IV
- Lobo um para lobo dois. Presa capturada.
- Copiado lobo um. Retornado a toca do lobo. Câmbio.
O garoto foi conduzido à delegacia e de lá foi imediatamente levado a um internato psiquiátrico na grande São Paulo. O martelo feitor de três crimes brutais era mantido a sete chaves num cofre aos fundos da delegacia. Mark era mantido longe dos outros internos, numa solitária. Seus longos diálogos com aquele ser que ordenou a feitia daqueles crimes, planejavam uma saída dali. Mark às vezes acordava no meio da noite e começava a chorar quando lembrava conscientemente do que havia feito com a mãe. Logo o diabo despertava e dizia ao garoto que ele havia feito o certo, havia feito aquilo porque aquela mulher não era sua mãe, aquela mulher o maltratava, aquela mulher era má.
A porta pesada de aço trancava a cela de dois metros por dois, usada como solitária temporária para prisioneiros durante a ditadura militar no Brasil. Várias pessoas morreram ali. Vários espíritos habitavam um lugar tão pequeno junto com o diabo apoderando-se do garoto. A porta abriu-se pela manhã acompanhada de um sorriso esquisito na face da enfermeira. Ela não parecia feliz, e nem talvez devesse está. Aliás, ninguém ali era feliz. Pelo menos não enquanto estivessem ali.
- Levante-se daí menino! Tome suas vestes. No fim do corredor há um banheiro, quando acabar retorne por aqui e vire a direita lá na frente. - Finalizou a mulher apontando para sua direita.
O garoto seguiu as ordens da enfermeira e pode se ver pela primeira vez depois daqueles intermináveis dias na solitária recebendo a refeição por um vão na porta de aço. Frente a frente com o ser que o comandava ele recebeu as ordens do que deveria fazer para sair dali. Quando acabou de se banhar o menino seguiu as orientações daquela estranha e subiu o corredor, mas virou á esquerda.