Fliperama da besta

– Eu vou vencer, custe o que custar!

– Duvido!

– Ah, vamos parar, Dan. Vamos pra casa. Já tá tarde.

– Ainda tá cedo, meu!

– Ah, eu vou embora. Então fica ai jogando sozinho.

Dan nem ao menos olhou pra trás enquanto eu me afastava. Eu já estava cansado de tudo isso. "Só crianças brincam em fliperama" – eu pensava, revoltado pelo meu melhor amigo ter me trocado por esse lugar idiota.

E por incrível, esse lugar não estava cheio como de costume, pra falar a verdade, dando uma passada de olhar por ali, percebi que só tínhamos eu e o Dan! Cadê aqueles funcionários chatos de galocha? E...

A porta dupla se fechou atrás de mim, violentamente. A luz começou a oscilar. As máquinas de fliperama passaram a ter vida própria! Ai, meu Deus, o que tá acontecendo?

Estava tão desesperado em sair dali, que só um tempinho depois percebi o sumiço do Dan.

– DAN! CADÊ VOCÊ...? EU QUERO A MINHA MÃÃÃÃÃÃE!

– Tô... a...qui – ouvi a voz de Dan atrás de mim.

Virei tão rápido quanto pude.

– Dan... é tu, cara?????

– Fique calmo. Não vai doer nada.

Luana McCain
Enviado por Luana McCain em 04/07/2011
Código do texto: T3074497
Copyright © 2011. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.