Fliperama da besta
– Eu vou vencer, custe o que custar!
– Duvido!
– Ah, vamos parar, Dan. Vamos pra casa. Já tá tarde.
– Ainda tá cedo, meu!
– Ah, eu vou embora. Então fica ai jogando sozinho.
Dan nem ao menos olhou pra trás enquanto eu me afastava. Eu já estava cansado de tudo isso. "Só crianças brincam em fliperama" – eu pensava, revoltado pelo meu melhor amigo ter me trocado por esse lugar idiota.
E por incrível, esse lugar não estava cheio como de costume, pra falar a verdade, dando uma passada de olhar por ali, percebi que só tínhamos eu e o Dan! Cadê aqueles funcionários chatos de galocha? E...
A porta dupla se fechou atrás de mim, violentamente. A luz começou a oscilar. As máquinas de fliperama passaram a ter vida própria! Ai, meu Deus, o que tá acontecendo?
Estava tão desesperado em sair dali, que só um tempinho depois percebi o sumiço do Dan.
– DAN! CADÊ VOCÊ...? EU QUERO A MINHA MÃÃÃÃÃÃE!
– Tô... a...qui – ouvi a voz de Dan atrás de mim.
Virei tão rápido quanto pude.
– Dan... é tu, cara?????
– Fique calmo. Não vai doer nada.