A Rainha dos Monstros - Episódio II - Conhecendo seus poderes

Elisa fugia ao lado daquele Rottweiler negro, os pequenos moraguidramõs á perseguiam, eram como uma nuvem de gafanhotos vindo direto em sua direção, o homem albino corria mais a frente.

- Vamos Elisa! Seja mais rápida! Eles estão se aproximando!

- Não dá para te acompanhar, veja o tamanho de suas pernas. Dizia ela ofegante enquanto corria pela ruas sombrias daquela macabra cidade. As construções pareciam estar ali á anos, casas tão antigas, parecia uma velha cidade fantasma. Um dos pequenos demônios voadores se aproximou mais da garota, ela o olhou de relance e tentou correr ainda mais rápido, mas sem sucesso, o animal estava chegando muito perto, foi quando uma flecha atravessou sua cabeça. Elisa olhou na direção do albino, mas a flecha não veio dele.

- Fique tranqüila! Temos um amigo por aqui.

- Que amigo?

Os demônios se aproximavam mais, agora era cerca de uma dúzia deles, o cão negro latia, tentava defende-la, mas os monstros a queriam, eles mal se preocupavam com o cão. Um dos moraguidramõs agarrou-se no vestido de Elisa, ela gritou desesperada, o cachorro o abocanhou e o jogou no chão, o pequeno demônio caiu girando e manquitolando.

- Obrigado! Disse ela correndo feito uma louca. Outra flecha passou rente a sua cabeça e acertou outro.

- Quem está nos ajudando? Ela perguntou para o albino.

- Heitor!

- Heitor?

- Sim. Foi quando os moraguidramõs se aproximaram ainda mais e cercaram Elisa.

- Socorro!!! O albino se virou para ela. O cão negro latindo. Uma sombra saiu na escuridão ao seu lado. Uma espada rasgando o ar e com ele os pequenos demônios. Era um jovem de orelhas pontiagudas. Uma vestimenta vermelha sobre seu corpo. Um arco e flecha sobre suas costas , um escudo na mão direita com um pentagrama desenhado no centro. O mesmo desenho do pingente de seu colar. Uma espada reluzente em sua mão esquerda e um elmo dourado em sua cabeça.

- Use o colar princesa! Ele disse.

- Eu não sei como fazer isso! Ela respondeu.

- Eu não resistirei por muito tempo. Os moraguidramõs cercaram eles, o albino jogou a capa sobre seu rosto.

- O que está fazendo? Elisa perguntou ao albino. Foi quando ele desapareceu.

- Pra onde ele foi? Ele fugiu. Uma centena dos demônios os atacando.

- Droga! Eles não tinham pra onde correr, estavam cercados, Heitor matava muitos deles, mas a cada um que ele matava pareciam surgir outros dois. Foi quando ouviram o rugido de uma fera enorme.

- O que foi isso? Perguntou Elisa.

- Princesa é melhor usar o colar logo! Eles estão chegando muito perto.

- Mas como? Não sei o que fazer?

- Naquele momento um dos demônios atingiu o braço esquerdo de Heitor e cravou suas presas nele. Ele soltou um grito de dor. Elisa olhou para o lado. O cão estava sendo atacado. O albino havia desaparecido. Um rugido ensurdecedor de uma nova fera se aproximando. Ela olhou para seu colar. Os pequenos demônios atacando, Heitor a defendia como podia. Sangue escorrendo pelo dele.

- O que vou fazer? Ela pensava. Olhou mais uma vez a sua volta. Pegou o amoleto e começou a esfrega-lo. Funcione! Vamos logo! Dois demônios vieram em sua direção naquele momento, ela estava indefesa, eles abriram suas bocas, e as garras de águia se fecharam, estavam indo na altura de seu pescoço, e quando estavam á centímetros dela foram cortados no ar.

- O que foi isso?

Foi quando o Albino se manifestou ao seu lado.

- O que pensa que está fazendo? Isto não é uma lâmpada mágica!

- Onde você estava?

- Vindo te ajudar!

- Você estava invisível?

- Sim. Qual é a surpresa?

- Obrigado! Mas ainda não sei o seu nome.

- Chamo-me Clausbar, mas todos me chamam de Claus.

- Vocês dois vão ficar aí batendo papo é. Temos companhia!

- Os dois olharam por entre a nuvens de moraguidramõs e o viram. Era um anima ainda maior que o demônio urso, este andava em quatro patas, tinha duas cabeças, uma de leão e outra de um tigre dente de sabre, em sua calda havia uma bola espinhenta. Seus quatro olhos fixos na garota.

- Droga! Disse Claus.

- O que vamos fazer?

- Você tem que usar o colar.

- Mas eu não sei como!

- Da mesma forma que o usou lá atrás Elisa.

- Eu não sei como aconteceu!

Os moraguidramõs atacavam sem piedade.

- Concentre-se! Dizia o albino que empunhou sua bengala. A bengala se transformou de repente numa espada negra. Ele a defendendo dos pequenos demônios. Heitor lutava do outro lado. Ela se concentrava, o animal vinha em sua direção, a terra tremendo quando ele pisava. O cão levantou-se e partiu na direção dele desvencilhando-se dos seus agressores.

- Não faça isso Nescuro! Ela disse subitamente. Nescuro? Este é seu nome? O cão parou abruptamente. O colar acendeu. Seus olhos ficaram vermelhos e ele se transformou em um imenso lobo negro. Uivou e partiu na direção do monstro de duas cabeças. Elisa ainda estava confusa. Seu colar brilhando em seu peito. O brilho foi ficando cada vez mais intenso. Era uma luz insuportável para os moraguidramõs que ficaram aturdidos, eram animais das trevas, da noite, e como os morcegos não suportavam a luz. Eles bateram em retirada. Nescuro investiu contra o monstro. Uma batalha injusta. Mas ele era valente e tinha muita força. Um leão e um tigre dente de sabre contra um lobo.

- Temos que ajuda-lo! Disse Elisa.

- Heitor pegou seu arco e flecha e atirou na direção do monstro. Mas a cabeça de leão se esquivou da flecha enquanto uma de suas patas golpeou Nescuro que caiu inconsciente e indefeso. O monstro ergueu suas patas dianteiras e preparou-se para esmagar o Lobo. Elisa saltou na frente num ato de coragem. O animal deu um enorme rugido e preparou-se para matá-la. Heitor acertou-lhe uma flecha, mas aquilo parecia não lhe ter feito nem cócegas. Claus correu na direção dela, mas o monstro desferiu seu golpe e o atingiu com sua calda espinhenta. Claus caiu no chão.

- Elisaaaaa!!! Ele gritou! Elisa olhava para o monstro. Ela fechou seus olhos. Lembrou-se de sua casa, de sua vida antes daquilo, o que ela era afinal? Quem ela era? Memórias passadas surgiram em sua mente. Elisa viu aquele mesmo monstro. O monstro que ela havia criado. As serpentes do colar se moveram naquele momento. Elisa ergueu sua mão na direção do monstro. Suas patas desciam com toda força e velocidade. Um urro enorme e assustador saia de suas bocas. Mas algo aconteceu. Um vento enorme saiu das mãos de Elisa como um furacão e jogou o monstro á metros de distância. Ele caiu aturdido. Heitor correu na direção dele e desferiu dois golpes com sua espada. Cortou-lhe suas cabeças que caíram inertes no chão. O animal de repente dissolveu-se no chão findando em uma gosma de sangue borbulhenta.

- Elisa? Disse Claus indo em sua direção.

Ela olhou mais uma vez para ele.

- Claus... estou muito cansaaada... e desmaiou sobre o corpo de Nescuro.

Continua...

Sidney Muniz
Enviado por Sidney Muniz em 12/06/2011
Código do texto: T3029900
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