AS FLORES DO MAL

Num lugar distante, numa cova raza, foi realizado um sepultamento de um homem mal, impiedoso e cruel. Matava às vezes somente para ver os últimos estertores de suas vítimas.

Não tinha o menor remorso em ceifar as vidas de pessoas, quer fosse de bem ou não. Geralmente matava, esquartejava ou ateava fogo em suas vítimas e assistia o fogo consumir a matéria orgânica.

Nem mesmo os gritos das vítimas que ele fazia podia lhe impedir de continuar as suas atrocidades. Muitos anos se passaram e lá naquele local haviam flores que nasceram do nada e belas plantas se espalharam pelo terreno.

Um belo dia, crianças brincavam pelos canteiros e avistaram aquelas flores que cresciam sobre aquela sepultura. Eram treze crianças que estavam ali brincando, eram meninos e meninas. Elas arrancavam as flores e as flores grudavam em suas mãos. As crianças assustadas corriam para suas casas e quando tocadas pelos pais, estes ficavam com aspecto de pessoas modificadas e desse dia em diante, cada família que tocou nas flores se tornaram pessoas violentas e sanguinárias e suas crianças desapareceram e nunca mais foram vistas.

Os pais, homens e mulheres, que num total de vinte e seis pessoas começaram a atacar outras pessoas e cada pessoa atacada se transformava em uma espécie de demônio.

Parecia que aquilo nunca iria se acabar, a cidade estava virada de cabeça para baixo e num raio de 50 km, tudo parecia um cáus total. Nem governo nem polícia conseguia mais deter aquelas criaturas e a cidade inteira estava perdida.

Fizeram um cerco na cidade e a solução final estava para ser iniciada. O governo que assistia tudo tomou uma decisão radical e acionou o Conselho de Segurança e em uma votação secreta e histórica decidiram que aquilo alí teria que chegar ao fim. Foi difícil decidir, mas, decidiram o que teria que ser feito, seria detonar um artefato radioativo de uma potência gigantesca e muitos megatons. Os cálculos surgiram, mas, mesmo sabendo das reações que poderiam surgir, foi suficiente para impedir a tal detonação e após a explosão, não foi possível deter a radiação. Calcularam mal e além da cidade atingida, várias outras inocentes também foram, inclusive parte do povo do governo local também foi atingido pela implacável e sinistra radiação. As flores do mal, foram dizimadas pelo grande cogumelo que se formou ocasionado pela fissão nuclear. Mas, os males continuaram mesmo após os efeitos da grande bomba, que perpetuam no corpo daqueles que sobreviveram aos fortes efeitos radioativos.

Diriam outros, são as flores do mal que brotam numa sociedade sem controle e sem regras e o seu perfume se alastra pelos cantos, não respeitando nem as fronteiras imaginárias de nossas mentes. A radiação também é como o perfume da morte, invisível a qualquer mecanismo a não ser aos olhos dos contadores Geiger...

Abraços

a todos...

John...!!!