Experiência após a morte

Esta história é verdadeira e aconteceu com um rapaz amigo de meu pai que nos contou a história. Sinistra!!!!!

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Esta história aconteceu em Macaé-RJ, onde eu morava com minha esposa, na ocasião grávida de oito meses e meu filho, então com quatro anos. Voltamos de uma festa por volta de 01h20min da madrugada, minha mulher dormia no banco de traz quando um outro veículo colidiu violentamente com o qual eu dirigia, arremessando-o a uns 10 metros matando minha esposa na hora e ferindo o meu filho que foi arremessado do carro e quebrou o fêmur e como conseqüência ficou internado num hospital por vários dias e eu fiquei como acompanhante dele. Depois de uns 10 dias ainda no hospital, eu tive um sonho; sonhei que três homens estavam me levando para me encontrar com uma pessoa que ao mesmo tempo sabia e não sabia quem era. Ao chagar no local onde ocorreria este encontro eu reconheci o lugar em que ocorreu o acidente, embora parecesse diferente como se fossem alguns anos pra frente. Parecia que havia um tipo de teatro ou cinema e havia uma fila de gente aguardando para entrar. Neste momento eu vi uma mulher com um vestido branco, longo e simples chegando, acompanhada de dois homens também vestidos de branco e embora fosse diferente eu reconheci nela a minha falecida mulher e fiquei um pouco confuso. Ela chegou perto de mim, sorriu e disse “oi”, eu respondi e disse que ela estava muito bonita. Ela respondeu que tinha um médico muito bom que estava cuidando dela. Neste momento, eu vi que ela havia quebrado três dentes o lado esquerdo e comentei: puxa os seus dentes quebraram. Ela me respondeu que não tinha problema, pois o médico que cuidava dela iria arrumar mais tarde. Então ela me perguntou sobre o nosso filho, como ele estava e eu respondi que estava bem, que só havia quebrado a perna, mas que ia ficar bem. Ela me perguntou com um tom de zombaria: você não vai mais trocar de roupa não? Só então eu percebi que usava a mesma roupa do acidente e respondi: ah, você sabe que eu gosto desta roupa. Ela me perguntou se na hora do acidente eu estava correndo e eu respondi que não; que estava parado no sinal, aguardando para cruzar a pista quando o outro carro nos atingiu. Ela disse que acreditava em mim e que agora ela tinha que ir e eu tentei impedir. Neste momento eu percebi que não conseguia me mexer; tentei falar e não conseguia; fiquei ali, parado sem poder fazer nada vendo a mulher que amava indo embora e com a sensação de que ainda havia muita coisa a dizer. Alguns dias depois, ainda no hospital com o meu filho, sem ter muita coisa pra fazer pra passar o tempo, pedi a assistente social do hospital pra conseguir alguns livros, pois eu sou um ávido leitor e ela me emprestou um livro espírita chamado “Janela da Alma” que conta uma história sobre almas de pessoas que morrem e que quando chegam do “outro lado”, ou por motivo de não aceitarem a sua nova condição (morto) ou sua morte ter sido violenta e por falta de experiências “extra corpóreas”, acreditavam que os ferimentos do seu corpo físico se manifestam também no mundo espiritual, necessitando assim de uma espécie de tratamento “médico”, onde os espíritos mais experientes ajudavam a passar por esta transição. Depois de ler este livro, eu aceitei melhor a morte da minha esposa, apesar de não ser espírita, o sonho que tive e a estória deste livro me deu um conforto que eu não conseguia explicar.

II

Quando meu filho teve alta voltamos pra casa e ele estava engessado da cintura pra baixo em ambas as pernas e dependia o tempo todo de mim; então ele dormia no meu quarto e ficávamos assistindo desenhos até a madrugada. Uma noite, já por voltas das 3 da manhã, falei com meu filho que iria dormir, mas ele podia ficar acordado mais um pouco assistindo TV e qualquer coisa que ele quisesse era só me chamar. Então sonhei novamente um sonho entranho: Sonhei que dentro do quarto havia uma criança, uma menina, andando em um velotrol de um lado para o outro do quarto, ela ia até a extremidade do quarto e voltava, passando pelo lado da cama, o tempo todo olhando para o meu rosto e embora eu a visse nitidamente, não conseguia distinguir o rosto dela. Sabe aquela sensação de não saber se está sonhando ou acordado? Pois é, foi assim que me senti naquela hora. Eu tentei de tudo: falar me mexer e por mais esforço que fizesse, não conseguia esboçar a menor reação. Então, fazendo um esforço que me pareceu sobre-humano, eu consegui falar: filho, me acorde. Então eu senti meu filho me balançar e ouvi ele me chamar, então eu acordei e pra disfarçar o medo e o nervosismo eu falei para meu filho: que foi filho, eu to cansado. Meu filho me respondeu: papai, eu vi uma sombra passando aqui no quarto. Eu respondi: como assim, uma sombra? Ele me explicou que ficava passando pela cama de um lado para o outro assim como a criança que eu vi no meu sonho. Não preciso nem dizer que perdi o sono e passei o resto da noite acordado vendo desenhos com o meu filho.

III

Depois de algum tempo, resolvi voltar pra minha casa em que eu morei com minha esposa depois que casamos. A casa precisava de algumas reformas e eu comecei a obra com meu irmão e dois amigos. Durante a semana nos trabalhávamos na reforma e o fim de semana saiamos, pois afinal de contas eu precisava de uma pessoa pra me ajudar na criação do meu filho, e ele sempre me cobrava que eu arranjasse outra mãe pra ele. Eu tinha voltado a namorar uma antiga namorada e certa noite combinamos de sair. Fomos a uma discoteca com alguns amigos e depois eu a convidei pra terminar a noite na minha casa. Ela aceitou e depois de nos despedirmos de todos fomos até a minha casa. No momento em que ela pôs o pé dentro de casa, aconteceu algo absurdo: o meu som que por causa da bagunça da reforma estava na cozinha ligou no volume máximo. Imaginem o susto que levamos. Desconfiado eu fui até o radio e o desliguei. No quarto, na hora em que ela sentou-se na cama, outra coisa inusitada aconteceu: a exemplo do radio, a TV resolveu ligar sozinha também, e com um sorriso meio sem graça, eu a desliguei. Pouco depois, quando já estávamos mais “à vontade”, a TV novamente ligou em seu volume máximo. Eu desliguei com o controle remoto e puxei o plugue da tomada enquanto falava com a garota “se essa porcaria ligar de novo não repara não, mas vou sair correndo”. Que cada um tire suas próprias conclusões, pois eu depois de muito pensar sobre isso, já tenho a minha teoria e passado três anos do acontecido, não houve mais nada de estranho.

Panic
Enviado por Panic em 12/05/2011
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