A Refeição de Uma Vampira

"Esse conto eu dedico a mestra das vampiras, Faby Cristall".

Bella estava perdida em meio a uma floresta sombria. Como pode se perder em meio as trilhas? conhecia cada parte daquelas matas como a palma de sua mão. Passou cinco horas ao ermo na mata. Não suportava mais caminhar, olhou a sí mesma, que situação; O tênis all stars preto desgastado, o jeans surrado e sujo de barro e sua camisa de flanela empoeirada. Os longos cabelos castanhos uma pasta oleosa, passou a suas mãos nos fios e pensou: "Que nojento". Deitou-se na relva, embaixo de uma árvore, precisava descansar, mas estava com medo, sua bússola não funcionava. Pensou consigo:"Céus o que houve? sempre fiz trilha e nunca aconteceu isso".

A Lua deu o ar de sua graça iluminando a noite estrelada; ela avistou o céu e achou belo, mas estava sozinha. Mexeu em sua mochila, só tinha um pacote de bolacha trakinas pela metade e uma garrafinha de água, olhou com desgosto: "Que escassez de alimento, ainda mais que terei que passar a noite aqui". Notou que seu MP3 também não ligava "Que acontece, aqui? só porque queria dormir ao som do Metallica, pelo visto não vai rolar". Pegou a mochila e a fez de travesseiro, fechou os olhos e tentou dormir.

Escutava o som dos animais da mata ao fundo, quando percebeu passos, levantou-se, olhou ao redor, não enxergava nada em sua frente. Os animais emitiam uns sons altos e pavorosos, assustou-se. Percebeu um toque em suas costas e gritou de pavor!

-Calma, garotinha, eu habito nessas matas, o que quer aqui?

-Desculpe-me, meu nome é Bella e eu me perdi, não sei como; você sabe como posso encontrar a saída? preciso ir para casa!

-Prazer Andhromeda, meu nome é Faby Cristall; eu moro aqui. Quer passar a noite em minha casa?

-Sério?

-Sim, é muito perigoso você voltar sozinha.

-Se for assim, eu aceito.

Bella acompanha Faby Cristall silenciosa pela trilha, sua intuição dizia que aquela bela e estranha mulher era perigosa, mas estava sem saída, mal conseguia ficar de pé, só queria dormir. Chegaram em casa.

-Entre, minha convidada. Fique a vontade. Farei uma refeição, você parece esfomeada. Não quer tomar um banho? está imunda!

-Obrigada, Faby, mas eu não tenho outra muda de roupa.

-Vamos subir ao quarto que separo um vestido para você.

Elas subiram pela escada, Faby entrou em seu quarto onde havia inúmeros vestidos pretos, escolheu um e deu a Bella.

-Agora vá tomar seu banho.

-Obrigada.

Faby estava na cozinha esperando por ela para cearem juntas. Bella sentou-se na mesa da cozinha, limpa e com um longo vestido preto, Faby a olhou e disse:

-Assim, você parece um ser humano, antes estava mais para um animal sujo.

-Obrigada. É realmente, o banho me fez muito bem. Estou com fome e sono.

-Vamos cear.

Faby serviu um pedaço de carne grelhada no parto de Bella e no seu prato uma suculenta fatia de carne mal passada.

-Coma convidada.

-Vou comer.

Bellaa comia indigestamente enquanto olhava aquela mulher misteriosa devorar o pedaço de carne crua com o sangue escorrendo pela boca, sentiu um arrepio, queria fugir.

-Desculpa, Faby. Quero ir embora!

-Por que? não gostou da refeição?

-Não, eu gostei. Preciso ir para casa.

-Sua mal agradecida e mentirosa, nem tocou na comida! é assim que me agradece? pirralha!

Faby pega Bella e a joga no chão da cozinha, sente uma costela trincar, fica estirada com uma dor terrível nas costas, pensava "Por que não ouvi minha intuição".

-Não irá doer, garotinha, eu prometo!

Faby mostra seus dentes alvos e afiados de sua boca a Bella; ela grita, está paralisada pelo medo e pela dor.

-Por favor, Faby, não faça isso!

-Cala a boca! você acha que pode recusar a refeição de uma vampira? mal agradecida.

-Eu estava sem fome.

-Calada. Te darei um castigo por ser tão ingrata.

Faby crava seus dentes no pescoço da assustada Bella que perde a consciência e desmaia.

No outro dia, Bella acorda exausta em uma cama, fica perplexa. Vai até o espelho, está pálida como uma morta, passa a mão no pescoço e percebe duas feridinhas com o sangue seco. "Meu Deus, foi real, fui mordida por uma vampira! Deus, não! eu me tornei como ela". Voltou-se e caiu sobre a cama em lágrimas; pensava em como seria viver daqui para frente? levantou-se, sentiu uma fraqueza, estava faminta, precisava alimentar-se. Desceu as escadas e foi até a cozinha. Faby a esperava.

-Bom dia!

-Como Bom dia, sua monstra? demônia! você me transformou em um ser como você! como pôde? eu preferia morrer do que virar isso!

-Pare de ser mimada. Agora, você é uma vampira que nem a mim, terá que aprender a caçar e cuidar de sí mesma.

-Vou me vingar de você!

-Como garotinha mimada? eu sou uma vampira e exigo respeito e outra, nossa espécie não morre. Sou sua mestra agora e você me deve obediência. Vivo aqui desde o Século XIX, tenho 200 anos e esse território está sob minha proteção, se não quiser sofrer na mão dos vampiros rivais, terá que aceitar as minhas condições.

Andhromeda decepcionada e tristonha, com o coração em pedaços, sem ter saída, abaixa a cabeça e diz:

-Já que é assim, então te aceitarei como mestra.

-Assim que se fala. Preparei uma refeição para você pupila, fui caçar pela manhã e trouxe sua comidinha. (risinho sarcástico)

Faby serve o prato de Bella com uma carne crua e sanguinolenta, ela observa; seus olhos antes apagados brilham, pega o prato das mãos de Faby e devora a carne como um animal. Quando termina de comer, volta cor em sua pele, mas ainda está faminta.

Faby sorri da vampira inexperiente e diz:

-Até que você aprendeu rápido, sabe o que é bom.

Andhromeda com fome e indignada retruca:

-Onde tem alimento?

-Vá caçar, querida! só te dei um pedaço de carne de cortesia.

Bella retira-se muito irada e saí porta a fora pela floresta em busca de uma refeição.

Anna Azevedo
Enviado por Anna Azevedo em 06/05/2011
Reeditado em 16/09/2011
Código do texto: T2952580
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