Memórias Psicopáticas II (miniconto)

Eu porejava por todo meu corpo, mas tinha que cumprir minha missão de esbulho na noite chispante da grande cidade.

Utilizando-me de minha mendacidade adentrei num bar de luzes baixa de neon vermelho, indicando o caminho do pecado.

Já em seu interior a abobada estava enfumaçada pelos gases venenosos dos cigarros e vejo um glutão barrigudo e boquirroto de fala estridente, comendo e bebendo de boca aberta, como estivesse num tinelo, achando que aquilo era o máximo.

Aproximei-me e comecei a puxar papo e decidimos ir para outra balada, lá talvez houvesse garotas a fim de transar, então nos aproximamos de meu carro e deixei cair às chaves.

Então o glutão se abaixou para pega-las e ao soçobrasse lhe enfiei o pé-de-cabra no pescoço que começou a verter sangue quente e vivo e disse num tom abafado:

- Que este porco imundo seja anátema!

Então o coloquei no porta-malas e vaticinei que este indivíduo deveria perecer no inferno, devido a sua falta de elegância e educação.

O congelei em meu freezer, como havia feito com a moça do telefonema, e o comi constantemente no almoço e na jante durante quatro meses.

Agora não há ninguém em meu freezer e ando um tanto deprimido, já que você está aqui poderíamos sair pra alguma balada.

O que você acha?

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