A Carta Amaldiçoada

-Por favor eu quero levar aquela rosa vermelha colombiana.

Ela apontou para a mais bela e espinhenta.

-Quer que eu tire os espinhos, moça? são muitos nessa rosa.

-Não. Deixe-a com espinhos, pois isso simboliza a superação da rosa. Uma rosa sem espinhos não tem beleza.

-Farei como você quiser.

-Obrigada.

Chegou em casa e pegou a rosa. Passou as pétalas no rosto e a pousou em seu coração, apertou delicadamente o caule espinhento com as mãos; o sangue gotejava pelos seus dedos. Machucou-se, as marcas dos espinhos a perfuraram, deixando pequenos ferimentos. Ela pegou a carta que tinha escrito a seu desafeto e selou com seu próprio sangue e a lacrou.

"Quando ele abrir essa carta, através do meu sangue que está a essência da minha alma, eu irei amaldiçoá-lo nessa vida. Que assim seja feito e assim será"

Uma semana se passou e o desafeto em questão, recebeu a carta da remetente misteriosa. Abriu com receio, leu a mensagem sem nexo várias vezes, não conseguiu decifrar, passou as mãos pelo sangue seco e a rasgou. Pensou: "Quem foi a doente que escreveu isso?". Não deu mais atenção ao assunto. No primeiro dia que a carta entrou em sua casa, sua vida tornou-se uma maldição.

Anna Azevedo
Enviado por Anna Azevedo em 05/05/2011
Reeditado em 05/05/2011
Código do texto: T2950372
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