A Carta Amaldiçoada
-Por favor eu quero levar aquela rosa vermelha colombiana.
Ela apontou para a mais bela e espinhenta.
-Quer que eu tire os espinhos, moça? são muitos nessa rosa.
-Não. Deixe-a com espinhos, pois isso simboliza a superação da rosa. Uma rosa sem espinhos não tem beleza.
-Farei como você quiser.
-Obrigada.
Chegou em casa e pegou a rosa. Passou as pétalas no rosto e a pousou em seu coração, apertou delicadamente o caule espinhento com as mãos; o sangue gotejava pelos seus dedos. Machucou-se, as marcas dos espinhos a perfuraram, deixando pequenos ferimentos. Ela pegou a carta que tinha escrito a seu desafeto e selou com seu próprio sangue e a lacrou.
"Quando ele abrir essa carta, através do meu sangue que está a essência da minha alma, eu irei amaldiçoá-lo nessa vida. Que assim seja feito e assim será"
Uma semana se passou e o desafeto em questão, recebeu a carta da remetente misteriosa. Abriu com receio, leu a mensagem sem nexo várias vezes, não conseguiu decifrar, passou as mãos pelo sangue seco e a rasgou. Pensou: "Quem foi a doente que escreveu isso?". Não deu mais atenção ao assunto. No primeiro dia que a carta entrou em sua casa, sua vida tornou-se uma maldição.