O Reverso Da Moeda [ Parte I ]

Obs: Não sei realmente a classificação do conto, se Terror, suspense ou Policial,. Acho que um pouco de cada. Boa Leitura!

Cara. Coroa

Bem. Mal

Sempre existe, os dois lado.

Se você faz algo. Terá conseqüência.

A Historia que vou contar aconteceu a muito tempo atrás, se perdeu com o tempo mas ainda lembro bem, de tudo que ocorreu. Era verão de 2008, quando tudo começou, faltavam alguns dias para o carnaval, e meus amigos só tinham um assunto: FESTA. Naquele tempo eu andava com os caras, mais baladeiros e agitados da cidade, todos queriam andar com ele, mas éramos amigos desde de criança e crescemos sendo melhores amigos.

Éramos oito amigos, Roberto, o que comandava, era filho do dono de uma revendedora de carro. Eduardo, seu pai era dono do maior supermercado da cidade, Luiz, era o irmão mais novo de Eduardo. Thiago, filho de gerente do banco, Túlio, o pai e a mãe eram donos de academia, loja de roupas e fazenda. Fernando, a família dele tinha muitos negócios. Neto era só apelido, o pai era advogado. E por ultimo eu, Paulo, ou Paulim, para os amigos do peito, meu pai era advogado também, mas tinha lá seus negócios.

Todos os finais de semana saiamos, eu e a galera, todos tinham carros ou motos, e apelidos também, o Roberto, era o Robertinho, o Eduardo, Dudu, o Luiz, era Luizão. Thiago era o Thiago, O Túlio era o que tinha o apelido mais engraçado, Tolha. Fernando era Nando, O Neto, era Neto e eu, Paulim.

Foi no verão de 2008 que tudo começou, dos finais de semana iam ficando cada vez mais animados, íamos pro bar ou qualquer balada que tinha, Robertinho, Dudu e neto tinham suas namoradas, mas isso não os impediam de pegar outras. Foi em uma dessas baladas que tudo começou, não sei quem trouxe para ser exato, mas isso não impediu todos na roda de ‘puxar’ uns. Naquela noite, pela primeira vez na minha vida fumei maconha.

- Paulim, “fimdumaégua”- gritou Neto, no meu ouvido.

-Fala, desgraçado, o que tu quer? – gritei sorrindo. Pegando na mão que ele me estendia e dando leves tapas em suas costas.

-A gurizada vai ir pro bar, essa Porra, aqui já deu o que tinha que dar – disse ele olhando para galera, todos já tinham suas ficante e eu não era exceção.

-Então, ta, mas espera um pouquinho que quero fazer uma coisa – disse eu, olhando pelo canto dos olhos, uma garota perto do bar, que havia me encarado a noite toda,era minha chance de uma rapidinha –EU VOU NO BAR COMPRAR UMA VODKA, ME ESPERA AQUI!-gritei pra Rafaela, a guria que eu tava ficando. Ela deu um sorrindo, dizendo ok – pode ir na frente- Eu disse. ela sorriu e foi em direção da saída.

Comecei a ir em direção da garota e comecei a puxar conversa, eu não queria ficar de enrolarão com a guria, então fui logo beijando, mas aquela não tava pra mim, a guria era prima do cara barra pesada, que não curtia minha turma, ele foi me puxando de perto dela e me empurrando, a turma dele era formado por uns caras maconheiros, sem moral nenhum.

- VAI PRO INFERNO, playboy de merda. quem tu pensa que é pra ir chegando assim na minha prima?- gritou o cara todo invocadinho comigo.

-Porra – gritei para ele – eu queria era comer ela – falei rindo alto. Passando despreocupadamente os dedos pelos cabelos.

Procurei pelo canto dos olhos, a minha turma, pelo que parecia, eles já haviam percebido a confusão e vinham na minha direção.

-Qual é o problema aí, Paulim? – perguntou Robertinho tomando o controle da situação.

Os caras da gangue não gostaram nada, nada do que eu tinha dito e muito menos, que meus amigos correram para não me deixar apanhar, afinal eram 6 contra um. Mas agora com os moleques chegando era 8 contra 6. Neto me puxou um pouco para trás e puxou a chave do meu carro do bolso, vi pelo canto do olho, ele jogando as chaves do carro, para as garotas que estavam com nós. Não se passou nem 1 segundo e sentir uma pancada no rosto. A briga havia começado, Fui ajudar o Dudu a bater no carinha que tinha me empurrado, o cara estava caído perto do bar, seu braço saia sangue, e o chão cheio de casco de vidro.

- Hospital - gritou Dudu para mim, eu entendi o recado.

Eu comecei a chutar o cara com toda a força que eu tinha na perna e no pé, Robertinho chegou com toda a raiva do mundo e me empurrou, percebi que seu rosto estava sujo de sangue, ele se abaixou perto do cara, que depois vim a descobri que seu nome era Marcio, e o segurou pelo cabelo e começou a encher ele ainda mais de porrada. Nisso eu percorri meus olhos pela festa, Neto era o que estava mais afastado, ainda brigava com um cara maior que ele, quando percebi que outro iria acertá-lo por trás, corri pra ajudar, meu amigo, Não era à-toa que eu fazia musculação, ganhei mais dois ou três socos mais, dei o dobro no cara.

- Vamos sai daqui – gritou Luiz

-Tá legal – gritei de volta.

Bem, vocês podem imaginar o que aconteceu, as 04:00 hs da madrugada o Pai do Neto, foi tira a turma da delegacia. Durante 3 dias meus pais encheram o saco, mas depois não falaram mais nada. A Rafaela não gostou nem um pouco, quando soube o motivo da briga, mas como eu disse que aquela garota era mais uma qualquer, ela voltou as boas comigo. Eu estava querendo ficar quieto por uns tempos, mas meu celular tocou, era quinta-feira, meia-noite e meia, vi que era o Robertinho.

-Fala, moleque – falou Robertinho, ouvi uma algazarra no fundo.

- To dormindo, fiii, amanhã tenho que trabalhar.

- Porra, eu te liguei pra te chamar pra vim pra casa do Nando,a gente combinou de ultima hora e você tava com celular desligado, vem pra cá moleque ta todo mundo aqui.- disse Robertinho.

- To indo – já me levantava da cama animado.

No dia seguinte, eu trabalhei no escritório do meu pai, quando o Luiz me ligou contando que o Marcio, o que eu e Dudu havia espancado, tinha tido alta ontem do Hospital, e que havia espalhado que iria pegar qualquer um da nossa turma e iria MATAR. Eu fiquei meio preocupado, mas não mostrei reação nenhuma, aqueles caras, eram barras pesadas, mas eu não era covarde, se queriam briga, eu tava dentro.

O Carnaval chegou, compramos nossos abadas sempre do mesmo Bloco, A briga nossa com os moleques barras pesadas, estava cada vez mais perigosa, haviam tentando matar o Tolha, mas a policia havia chegado antes, e conseguiu impedir, o cara que tentou matar o Tolha tava preso, o que deixou a turma do Marcio mais Putos ainda. Nosso carnaval esta muito bom, mas eu fiquei chocado quando vi o Robertinho cheirando cocaína, aquilo me deixou sem ação por alguns segundos, mas disfarcei bem, ele deixou um pouco na mesa que estava, quando saiu, varias pessoas se acotovelaram para tentar USAR o resto, que o Robertinho havia deixado.

Dias depois do carnaval, as coisas pareciam piorar, a cada festa que íamos, a galera do Marcio estava lá, e sempre terminava em quebra pau. Certa vez o Robertinho havia dito que já estava cansado daquilo e que deveríamos fazer algo para acabar com aquela palhaçada. No dia seguinte, mas precisamente na noite seguinte, brigamos de novo em outra festa, mas nessa o Robertinho havia pegado tão pesado que quase havia matado o outro cara. A Coisa havia ido para um rumo totalmente imprevisível, eu andava meio assustado, ninguém da nossa turma andava sozinho tínhamos que sempre andar acompanhados para não sermos pegos desprevenidos. Tanto o Robertinho como resto da turma andava desconfiados que a galera do Marcio iria fazer alguma merda com algum de nós.

Um mês e meio depois que o Robertinho mandou o cara da turma do Marcio pro Hospital, veio à bomba. um carinha que andava com o Marcio, tinha tentado estuprar a irmã do Dudu. Ela estava voltando da casa de uma amiga, e tinha tentado ligar para a mãe, mas sempre caia na caixa postal, ela sabia muito bem, o que estava rolando entre a turma do irmão e a do Marcio, mas havia pensando que aqueles maconheiros iriam deixá-la fora da briga. estava errada. A Luiza só se salvou porque havia gritado tanto que alguns moradores do bairro ligaram pra policia e eles haviam chegado rápido no local. E o Robertinho percebeu que isso não era coincidência já que a Luiza estava só a duas quadras de casa.

- Temos que fazer alguma coisa! - Robertinho estava puto da vida, ele havia reunido os amigos, e todos estavam ali, eu, o Dudu, o neto, o Luiz, o Thiago, o Túlio e o Fernando - As gurias tão todas evitando andar com a gente, brothers, e também esses filhos da puta atacaram a irmã do Dudu- Robertinho jogou o copo de coca na parede que se espatifou em milésimos de segundos.

-Concordo com tu, Roberto. Temos que fazer alguma coisa com o Marcio, ele que manda naqueles maconheiros safados - Eduardo mantinha a cabeça baixa, vestia um moletom verde-escuro com capuz que tampava seu rosto, seus punhos estavam fechados.

- Eu estou com vocês, pra tudo, caras, pra tu mesmo, somos amigos, ninguém dá pra trás com amigo - falou Fernando um tanto nervoso.

Todos confirmaram com a cabeça, até eu.

Realmente não sabia o que eles iriam fazer, mas que se foda, eram amigos meus, não iria dá pra trás, nunca!

Continua na Parte II

Kat Novasco
Enviado por Kat Novasco em 26/04/2011
Reeditado em 28/04/2011
Código do texto: T2933025
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