O Imortal (Cap. II)

Balthazar colocou a o copo de Chopp sobre a mesa. Ele estava em um bar, afogando as mágoas, temporariamente.

- Aquele desgraçado. – disse.

Pouco depois, seu celular tocou.

- Eu já estou aqui fora. – disse uma voz grave e seca. – pode vir aqui!

- Já estou saindo. – respondeu.

Balthazar virou toda sua bebida. Levantou-se e pagou a conta, depois saiu.

A noite fria o fez cruzar os braços. Da porta do bar, ele pode ver o amigo apoiado em um Ford Corcel II parado na esquina. Calmamente, Balthazar caminhou até ele.

Ao se aproximar, Balthazar brincou:

- Thunder, câmbio? Na escuta? – disse em tom de chacota.

O homem levantou a cabeça

- Thunder na escuta! – respondeu - Prossiga Bravo.

Balthazar deu à volta no carro e abraçou o amigo.

- Ten. Willian, há quanto tempo. – disse - Como vai?

- Estou tranqüilo, meu caro, Ten. Balthazar. – disse dando tapinhas nas costas do outro - Já faz algum tempo, não?

Balthazar baixou a cabeça um instante.

- É verdade, Bill. Mas, parece que foi ontem.

- Vamos, não temos tempo a perder, me conte tudo. – disse Bill.

Os dois entraram no carro. Bill ligou o seu Corcel e rumaram para o hotel onde Bill estava hospedado.

- Aqui, tome uma cerveja. – disse Bill – Agora, me diga o que descobriu.

- Eu dei cinco tiros no bandido, mas o infeliz não sofreu nada... Nada Bill.

Balthazar tomou um longo gole de sua cerveja. Depois, acendeu um cigarro. Deu uma longa tragada e disse:

- Eu ainda tenho pesadelos com o que fizemos.

Bill olhou de relance para ele. Deu um sorriso sarcástico e disse:

- Foi necessário. – deu as costas para Balthazar – Eu não me arrependo de nada.

Balthazar sorriu.

- Isso não importa agora. – disse – tenho que pegar o maldito que matou Morgana.

Bill sentou-se a mesa. Colocou a mão no queixo, como se pensasse.

- Temos que ir visitar uma velha amiga.

Balthazar deu de ombros:

- Quem?

Bill sorriu da curiosidade do amigo.

- Tudo ao seu tempo senhor Balthazar.

Balthazar deu uma bordoada na mesa.

- Não é a toa que te chamam de Bill Thunder, né?

Bill sorriu, novamente.

- Tudo ao seu tempo.

João Murillo
Enviado por João Murillo em 26/04/2011
Reeditado em 28/04/2011
Código do texto: T2932169
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