A PROTEÇÃO DE SÃO JORGE, GUERREIRO DA LUZ
Tudo pronto para a mudança! A família toda ( o patriarca, a matriarca, os cinco filhos, os dois genros, o neto, duas tias, irmãs da mãe e um tio casado com uma delas ) iria passar dois meses de férias no litoral de Santos ( São Paulo). Só precisariam alugar um imóvel, mas previamente, visitando a bela casa ( oito quartos, quatro pavimentos, sendo que um deles ficava no subsolo, duas suites mais dois banheiros em comum, sauna, hidromassagem, piscina no terraço, três salas, dava para se perder lá dentro ) há anos vazia, não era alugada, nem comprada, à mercê de uma imobiliária, que uma vez a cada três meses enviava o serviço de limpeza para fazer a manutenção; resolveram adquiri-la, pois estava sendo vendida por uma bagatela.
Não havia tempo suficiente para fazer as devidas mudanças no interior da residência, porque a viagem era urgente, resolveram todos pegar seus carros e partir do Rio de Janeiro para Santos, lá abririam bem a casa, e aos poucos cuidariam de tudo, pois em certos ambientes, como em uma das salas, o cheiro de mofo nos carpetes felpudos era insuportável.
Os que não conheciam o novo patrimônio, de cara sentiram um misto de admiração e repulsa. Admiração por reunir luxo ( mármores, granitos, torneiras de ouro ) e repulsa por alguma razão alheia à consciência.
Os móveis, Chipandelle, eram lindos e confortáveis. Mas o que interessava mesmo era a praia. A cem metros de lá. Ah, o bairro era o Boqueirão.
Nos dois primeiros dias, contrataram uma equipe para fazer uma limpeza geral e escolheram os produtos para utilizarem, por causa dos extremamente alérgicos.
Ao terminarem, deram-se as mãos, rezaram um Pai Nosso, aspergiram água benta em todos os cômodos e acenderam cinco caixas de incenso em todos os recintos, sem exceção. Para os genros, barrigudos, bêbados de cerveja, trajados com suas sungas cafonas, tudo parecia hilariante.
Ao final de uma semana de diversão, a filha mais velha comunicou a todos que estava voltando para o Rio, sem revelar o real motivo: desde que chegou, via uma fumaça preta sair de um dos closets no segundo andar, segundo ela, era um espírito atormentado e maligno que certamente atazanaria até o último dia das férias, sem que ninguém percebesse sua presença. As discórdias, sujeiras se infiltrariam gradativamente no ambiente e na alma das pessoas que atravessassem a porta principal. Até quis especular a história dos antigos moradores, o que aconteceu com eles, se houve algum assassinato, alguma morte trágica, revolta, tristeza, mas não, ao invés de tudo isso, invocou a proteção de São Jorge, aprisionou a entidade numa garrafa de vidro e pretendia despedaçá-la aos pés da Estátua do Santo para quebrar seu encanto.
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Minha homenagem ao santo Guerreiro de luz, no seu dia.
Colegas, escutem meus áudios musicais! Beijos e excelente páscoa!
Tudo pronto para a mudança! A família toda ( o patriarca, a matriarca, os cinco filhos, os dois genros, o neto, duas tias, irmãs da mãe e um tio casado com uma delas ) iria passar dois meses de férias no litoral de Santos ( São Paulo). Só precisariam alugar um imóvel, mas previamente, visitando a bela casa ( oito quartos, quatro pavimentos, sendo que um deles ficava no subsolo, duas suites mais dois banheiros em comum, sauna, hidromassagem, piscina no terraço, três salas, dava para se perder lá dentro ) há anos vazia, não era alugada, nem comprada, à mercê de uma imobiliária, que uma vez a cada três meses enviava o serviço de limpeza para fazer a manutenção; resolveram adquiri-la, pois estava sendo vendida por uma bagatela.
Não havia tempo suficiente para fazer as devidas mudanças no interior da residência, porque a viagem era urgente, resolveram todos pegar seus carros e partir do Rio de Janeiro para Santos, lá abririam bem a casa, e aos poucos cuidariam de tudo, pois em certos ambientes, como em uma das salas, o cheiro de mofo nos carpetes felpudos era insuportável.
Os que não conheciam o novo patrimônio, de cara sentiram um misto de admiração e repulsa. Admiração por reunir luxo ( mármores, granitos, torneiras de ouro ) e repulsa por alguma razão alheia à consciência.
Os móveis, Chipandelle, eram lindos e confortáveis. Mas o que interessava mesmo era a praia. A cem metros de lá. Ah, o bairro era o Boqueirão.
Nos dois primeiros dias, contrataram uma equipe para fazer uma limpeza geral e escolheram os produtos para utilizarem, por causa dos extremamente alérgicos.
Ao terminarem, deram-se as mãos, rezaram um Pai Nosso, aspergiram água benta em todos os cômodos e acenderam cinco caixas de incenso em todos os recintos, sem exceção. Para os genros, barrigudos, bêbados de cerveja, trajados com suas sungas cafonas, tudo parecia hilariante.
Ao final de uma semana de diversão, a filha mais velha comunicou a todos que estava voltando para o Rio, sem revelar o real motivo: desde que chegou, via uma fumaça preta sair de um dos closets no segundo andar, segundo ela, era um espírito atormentado e maligno que certamente atazanaria até o último dia das férias, sem que ninguém percebesse sua presença. As discórdias, sujeiras se infiltrariam gradativamente no ambiente e na alma das pessoas que atravessassem a porta principal. Até quis especular a história dos antigos moradores, o que aconteceu com eles, se houve algum assassinato, alguma morte trágica, revolta, tristeza, mas não, ao invés de tudo isso, invocou a proteção de São Jorge, aprisionou a entidade numa garrafa de vidro e pretendia despedaçá-la aos pés da Estátua do Santo para quebrar seu encanto.
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Minha homenagem ao santo Guerreiro de luz, no seu dia.
Colegas, escutem meus áudios musicais! Beijos e excelente páscoa!