A Proposta de Cyphre
Numa pequena vila do interior de São Paulo, viva um homem chamado Estevão. Estevão levava uma vida sossegada, com um trabalho humilde ele conseguia tirar o suficiente para se sustentar, infelizmente isso não era o bastante para o seu único filho, Marcelo. Marcelo era um sonhador, sonhava com grandes coisas e em um dia ser muito rico e desfrutar dos prazeres da vida.
Todo dia Marcelo e seu pai tinham a mesma discussão, sobre o porquê de Marcelo não poder se mudar para a capital de São Paulo. - Marcelo eu já te disse que as coisas não são do jeito que você imagina, a vida é complicada acredite em mim, dizia Estevão.- Não posso acreditar num simples homem do campo que sequer conhece um palmo a frente de nossa cidade, lhe respondeu Marcelo. Marcelo decidiu sair e tomar ar puro.
No caminho Marcelo pensava em como seu pai achava que sabia de tudo mais na verdade não sabia de nada. No meio da estrada Marcelo viu um carro luxuoso parar e abrir a porta traseira como se o convidasse a entrar. Sem pensar duas vezes Marcelo se colocou dentro do carro. Sem fazer perguntas o motorista começou a andar.
Carro andou quase a noite toda, e Marcelo já estava muito preocupado. Finalmente o carro estacionou num local desconhecido para Marcelo. Era uma grande mansão. Marcelo imaginava o quanto havia andado naquele carro, pois nunca havia visto tal mansão pela vizinhança. Já dentro da propriedade da mansão o motorista abriu a porta traseira do carro, e disse a Marcelo para entrar, pois seu senhor o aguardava. Marcelo sentia uma estranha sensação, por um lado ele sabia que não devia entrar, e por outro vinha sua curiosidade e desejo de pedir ajuda e sair daquele fim de mundo.
Mesmo assim Marcelo decidiu entrar. Ao entrar ele viu como aquela mansão era imensa, e toda a sua luxuosidade, mas foi interrompido por uma voz estranha que lhe convidava a acompanhá-lo a biblioteca, o que ele fez sem questionar.
Ao entrar nessa biblioteca Marcelo foi recebido por um vulto somente iluminado pela lareira, ele parecia muito estranho e assustador. Ola Marcelo, vejo que aceitou meu convite disse o vulto. É aceitei, mas já devo ir embora, pois já esta muito tarde, disse Marcelo com um tom de medo. Desculpe-me se estou te assustando com tanto mistério, Jarbas, por favor, acenda as luzes. O criado da mansão acendeu as luzes.
Para a surpresa de Marcelo aquele vulto assustador na verdade era um homem muito elegante e apresentavel. Marcelo perguntou: Desculpe-me mais gostaria de saber por que me trouxe para cá? E a propósito quem é você?
Desculpe-me minha falta de educação eu sou Louis Cyphre e tenho uma proposta a te fazer. - Proposta? Que tipo de proposta?
Seu um homem de negócios muito atarefado com meu trabalho, faço muitas viagens e fico pouco tempo em minha casa, por isso preciso de um braço direito, alguém que possa me ajudar com minhas obrigações, e especialmente cuidar de meus bens. Por isso te trouxe aqui hoje, quero que você me ajude.
Marcelo ficou calado por um minuto e respondeu: Mas por que eu?
Por que não você? Respondeu Cyphre. Conheço-te melhor do que imagina, sei que você não quer ficar nesta cidadezinha pequena pra sempre, e sei que você é muito inteligente e pode me ajudar muito.
Mas como você sabe tudo isso sobre mim? Perguntou Marcelo. Eu sei mais do que você pensa respondeu Cyphre, alem disso já fui exatamente como você, um garoto ambicioso de uma cidade pequena, só a espera de uma oportunidade.
O que me responde, vai aceitar? Perguntou Cyphre. Tudo bem eu aceito, mas preciso saber mais a respeito desse trabalho. Cyphre concordou em explicar melhor o dito trabalho. Primeiro de tudo você vai ficar em minha casa em São Paulo, você cuida dela enquanto eu estiver fora, pode usá-la como quiser. Mas sempre que eu estiver em casa você de vê me obedecer e realizar as tarefas que eu ordenar.
Tudo bem, respondeu Marcelo bastante animado coma a idéia de morar em São Paulo, mas quanto vou receber por isso?
Cyphre respondeu: suas despesas serão pagas toda por mim e seu salário será muito razoável, algo em torno de R$15000,00 mensais o que você acha?
Marcelo ficou em choque ao escutar o valor de seu novo salário. Tudo bem com você rapaz? Perguntou Cyphre. Não tudo bem só estou maravilhado com tanta generosidade. Não vejo à hora de contar tudo ao meu pai. Disse Marcelo Muito animado. Nunca diga nada a seu pai, não se quiser ficar com esse emprego.
De começo Marcelo ficou assustado e sem reação, mas ao ser pressionado sobre o assunto pelo Sr. Cyphre ele aceitou sem maiores problemas.
Então estou conversado, na segunda eu mando o motorista te pegar no mesmo lugar de hoje, não se preocupe com a bagagem em São Paulo compramos coisas novas para você.
O rapaz se despedir de seu novo patrão e foi para sua casa passar seu ultimo fim de semana lá. Depois da saída de seu novo empregado Cyphre voltou-se para um antigo livro sobre a mesa e começou a folheá-lo, e começou a dizer: agora não vai demorar muito para fazer o maldito ritual e me livrar dessa horrível maldição, em breve estarei livre. Com isso soltou uma horripilante gargalhada hahahahahhaha.
Ao chegar a casa Marcelo encontrou o pai caído no chão parecia que ele havia sido atacado. Ao tentar ajudá-lo percebeu que ele estava acordado e perguntou: o que aconteceu? O pai apavorado lhe disse em pânico: um mal muito grande esta por perto você tem de fugir não há muito tempo. Com isso Estevão desmaiou.
No outro dia bem cedo Marcelo foi acordado pelo pai que lhe disse a mesma coisa do outro dia. Mas agora mais calmo consegui explicar melhor. Ele disse que um homem muito mal estava para vir atrás dos dois, e que sem demora eles deveriam fugir, pois o futuro de Marcelo estava em jogo. Estevão decidiu então que ele deveria ir para Minas Gerais, ficar na casa de parentes. Marcelo não se preocupou, afinal na segunda ele iria para são Paulo, alem disso seu pai era cheio desses devaneios e paranóia.
No segundo bem cedo Marcelo saiu de casa sem nem mesmo se despedir de seu pai, ele foi rumo à estrada onde o carro de Cyphre o apanhou. Ao chegar em São Paulo ele novamente foi surpreendido bela beleza da mansão de Cyphre na região dos jardins.
Marcelo estranhou um pouco o falta do novo patrão não estar la para lhe designar os afazeres. Cyphre não apareceria antes de três meses, o que deu tempo suficiente para Marcelo se enturmar e conhecer a cidade. Logo Marcelo já pertencia a noite, e se divertia enquanto encontrava mais e mais prazer, alis tudo pago por Cyphre como ele mesmo havia prometido.
Numa segunda- feira no final do terceiro mês Cyphre chegou finalmente em casa, depois de uma longa viagem de negócios assim como se havia sido informado a Marcelo. Com um grande sorriso Marcelo recebeu o patrão em casa e lhe deu boas vindas. Mas de maneira estranha Cyphre não respondeu nada e se dirigiu ao seu quarto.
Na mesma semana, Marcelo viu pela primeira vez a mulher mais bonita que já havia visto. Muito misteriosa ela subiu diretamente ao quarto de Cyphre. Marcelo podia ouvir uma discussão mais nada podia entender.
Nessa mesma noite Marcelo começou a ter pesadelos horríveis, onde seu pai era perseguido por um demônio, que o maltratava e feria. Mas Marcelo imaginava ser apenas um sonho, muito real mas ainda sim um sonho.
Depois de mais três meses o patrão de Marcelo, o Sr. Cyphre viajou novamente para resolver negócios, a essa altura Marcelo já achava muito estranha sua situação, pois já estava ali a seis meses e nunca móvel uma palha no trabalho, e ainda mais Cyphre não trocava uma palavra com ele.
Três meses se passaram os seus sonhos só pioravam, e suas noitadas também. Com a chegada de Cyphre de sua viagem os sonhos se tornaram mais aterrorizantes. Agora aquela criatura não só perseguia seu pai mais se comunicava com Marcelo, dizendo:
Em breve você não vai ter mais seu pai, em breve você vai ser meu hahahahahaha. Marcelo acordou assustado e decidiu ligar para a casa de seu pai. Ao ligar uma mulher atendeu a ligação, ele nem imaginava quem poderia ser. -Alou, disse Marcelo, quem esta falando ?
Boa Noite eu sou a Joana, e acho que você deveria se virar agora.
Marcelo se virou de súbito, e deu de cara com Cyphre segurando uma adaga, adaga essa que Cyphre enfiou no peito de Marcelo com muita violência. Marcelo continuava vivo enquanto as luzes estavam
diminuindo.
continua