Invasão das aranhas [ part III ] Companheiros

À medida que se aproximava do centro da cidade o numero de aranhas aumentava cada vez mais, elas se jogavam violentamente contra o capô e o para-brisa do seu carro. No seu curto período de experiência com esses bichos, Lucio pode detectar três tipos principais.

Primeiramente temos as negras, elas são grandes, suas pernas têm mais de um metro de comprimento, elas são coberta por pelos negros, no entanto elas são muito pesadas e lentas, sendo fácil fugir delas; o segundo tipos são as amarelas, estas são menores que as negras, contudo elas são muito ágeis, se movendo com uma velocidade impressionante, sem falar nos saltos de mais de dois metros que elas dão, felizmente elas são bastante frágeis, morrendo com facilidade; e por fim, temos as vermelhas, estas são do tamanho de uma aranha normal, todavia elas andam em um grupo tão impressionante, que se você tiver a pé, não vai conseguir fugir, elas te cercam completamente e o devoram.

O que assustava Lucio era que talvez não existissem somente estes três tipos, pois não fazia muito tempo que tinha tido contato com elas. Ele tinha certeza estas aranhas não podiam ser normais, haviam se alastrado por toda a região em pouco tempo, se isso continuasse nesse ritmo, seria o fim da raça humana.

Depois que fez uma curva fechada na esquina Lucio avistou a delegacia, com este movimento, varias aranhas amarelas haviam sido arremessadas do seu carro pelo movimento brusco, mesmo assim,trêscontinuavam atacando o seu para-brisa.

Quando chegou mais ou menos na porta da delegacia, Lucio pisou fundo no freio, as últimas três aranhas que estavam no capô do seu carpo foram jogadas para frente pela força da inércia.

Lucio olhou de esgrelha para os lados, teria que agir rápido, em poucos segundo todos os bichos viriam para seu carro impossibilitando que ele saía, por isso ele apenas pegou sua arma e saltou.

Como era esperado,elas vieram em seu encalço.Novamente eram aranhas amarelas, que saltavam velozmente em sua direção.Ele correu para entrada, mais ainda sem tira os olhos dos bichos. Ele sabia que enfrenta-las seria uma tarefa inútil, já que o numero delas era impressionante, o jeito era fugir e sobreviver.

Após alguns passos elas o acompanharam.A primeira que o atacou, Lucio conseguiu escapar se abaixando, com isso ela passou reto, no entanto uma segunda já o atacava, contra esta ele não podia se esquivar. Então rapidamente ele puxou a sua arma e atirou.

O tiro pegou o abdômen do bicho, fazendo explodir em pleno ar, jogando uma baba embranquecida em todas as direções, não ligando para isso, Lucio continuou avançando em direção à delegacia.

Depois de alguns metros de corrida Lucio chegou à delegacia, assim que passou pelo umbral da porta, rapidamente ele tratou de fecha-la. Depois que a trancou, ouviu o barulho delas tentando arrombar a porta.

Baixou a cabeça para tentar respirar um pouco, contudo ele percebeu que não podia baixar a guarda, ali dentro podia ter mais daqueles monstros. Então ele esquadrinhou o local, como no casarão, estava tudo infestado de teias de aranhas.

Ao ver varias elevações, Lucio teve uma sensação ruim, isso significava que aquilo eram corpos dos seus colegas, na recepção não tinha sinal de sobreviventes, nem mesmo de aranhas.

Então ele avançou para o interior, procurando por seus amigos. Olhou as varia salas, mas não achou nada, nem corpos, nem os montes feitos de teias.Elas estavam completamente vazias, isso só podia significar que talvez eles conseguiram fugir.

Em seguida, ele foi até as celas, sabia que tinha apenas uma presidiaria, uma mulher que havia sido presa por vandalismo, foi mais uma repreensão, ela seria solta no dia seguinte. Lucio torcia para que seus amigos tivessem soltado a coitada, se não o tiver feito foi o fim dela.

Então ao entrar no beco que ficava entre as duas celas, Lucio percebeu que seu maior temor tinha ocorrido, no entanto viu algo muito pior, não era somente uma elevação como o esperado, eram varias...

– Que droga! – Lucio xingou com raiva – eles devem ter achado que escapariam das aranhas se escondendo nas celas.... Contra as maiores isso deu certo, mas contra as pequenas não, foi o fim...

Agora Lucio estava só, todos os seus companheiros estavam mortos, a única coisa que podia fazer era fugir, se esconder, sobreviver...

Então ele correu em direção à saída, contudo quando chegou lá, ela estava bloqueada, a porta tinha sido arrancada e dezenas de aranhas negras estavam esperando-o.

Ele começou a recuar, porém um chiado atrás de si o fez se virar, o que viu fez com que seu sague gelasse... Eram centenas de aranhas vermelhas, vindo a sua procura como uma onda.

– E agora? Como eu saio dessa?

Adecio Chaves
Enviado por Adecio Chaves em 26/03/2011
Código do texto: T2871841
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