A MORTE DO CANIBAL

Extenuado pela sede e fome, caído numa vala profunda, por dias, devora a batata das pernas, chupa o caroço dos olhos. Voraz, tritura as maçãs do rosto. A necessidade de sal e ferro impele-o a mastigar a planta dos pés. O pavor lhe domina. Quebra as canelas e suga as suas farpas... Relaxa o pouco que lhe resta e espera - é a lei - seus pedradores que virão cobertos com a pele da noite.

Sagüi
Enviado por Sagüi em 19/03/2011
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