A MORTE DO CANIBAL
Extenuado pela sede e fome, caído numa vala profunda, por dias, devora a batata das pernas, chupa o caroço dos olhos. Voraz, tritura as maçãs do rosto. A necessidade de sal e ferro impele-o a mastigar a planta dos pés. O pavor lhe domina. Quebra as canelas e suga as suas farpas... Relaxa o pouco que lhe resta e espera - é a lei - seus pedradores que virão cobertos com a pele da noite.