O SONO DA MORTE

Alfredo chegara em casa naquela quinta-feira á noite muito cansado, ele estava com o pavio curto e deu graças a Deus por morar sozinho. Mas ele estava muito pensativo naquela dor que sentira no peito pela manhã, foi uma dor forte que durou, aproximadamente um minuto, a dor passou e Alfredo ocupado com os doloroso ofícios do seu trabalho, não se preocupou em procurar uma consulta médica.

Ele troca de roupa, toma um banho e vai à cozinha preparar o seu jantar. Liga a TV, senta em sua cama, entediado e não encontrando nada interessante logo a desliga. Deita em sua cama e pensa em desistir da vida, a ideia logo se dissipa. Ele rapidamente cai no sono, porém de súbito Alfredo ouve batidas em sua porta seguidas de uma voz que lhe chamava:

--Alfredo, por favor, abra sou eu!

Alfredo acorda assustado, pois não esperava ninguém. Então pergunta:

--Quem é?

E a voz do outro lado responde:

--Sou eu, a sua amiga.

Alfredo com uma cara de irritado abre a porta e pensa: isso é hora de perturbar os outros? Ele abre a porta e reconhece aquele rosto que deixa Alfredo muito assustado. Ele então convida a mulher a entrar. Adentra então em sua casa aquele ser todo vestido de preto e com um semblante branco e frio, que ao olhá-lo sentia um medonho frio na espinha. Ela olha bem nos olhos do anfitrião e diz:

--Vi você pela manhã, te chamei, mas você parecia está tão ocupado que não me ouviu.

Alfredo responde:

--Realmente não ouvi você me chamar.

E completa:

--Hoje foi um dia muito difícil.

A mulher, então convida Alfredo a dar uma volta, ele olha em seu relógio para ver se não era muito tarde, porém o seu aparelho não estava funcionando. Alfredo aceita o convite e sai de mãos dadas com a mulher que fora visitá-lo naquela quinta-feira à noite.

Ao sair na rua ele sente falta da iluminação, nenhum dos postes iluminava naquela noite, ele olha para o céu, porém não ver nem lua e nem estrelas. Ele então fala para mulher:

--Este é um dia que eu quero esquecer.

Ela o responde dizendo:

--Todas as pessoas querem esquecer os dias difíceis, mas estes a gente nunca esquece.

A rua estava totalmente deserta, Alfredo não ver nem os traficantes que faziam ponto de venda de drogas na esquina. Ele então comenta com o ser o qual acompanhava:

--Já deve ser muito tarde, não há ninguém na rua.

Ela então diz ao Alfredo:

--Já é tarde sim, meu amigo, por isso temos que andar depressa.

Alfredo e sua amiga seguem pela alameda, de mãos dadas entrando na totalidade das trevas, até desaparecerem por completo na escuridão.

No dia seguinte, a diarista que ia limpar a casa do Alfredo todas as sextas-feiras, estranha ao vê-lo deitado e dormindo àquela hora e pergunta um pouco constrangida em acordá-lo:

--Seu Alfredo, está tudo bem?

Porém, Alfredo não acorda e logo a sua casa fica movimentada com a presença de parentes, policiais e o carro do IML a sua porta esperando o momento de levar o corpo.

Vicente Mércio
Enviado por Vicente Mércio em 12/03/2011
Código do texto: T2844009
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