APOCALYPS-Parte/2

Luísa analisava aquela enorme rocha fumegante meio que em transe.

Esse transe foi destruído pelo cheiro de sangue derramado e a visão de animais despedados, junto com a anciã do vomito que por muito pouco não deixou escapar...

-Sabe do que se trata dona Luísa?

- Não sei não, mas talvez seja melhor contactar um perito nestas situações.

Logo Luísa seguia rumo a sua residência a fim de efectuar a dita chamada para uma esquadra.

Ao chegar a casa logo se depara com seu filho em estado muito alegre que entre pulos e grito perguntava repetidamente.

-E então mãe???? Viste a bola? Viste? Viste???

- Mas ainda não foste para a cama? Vai-te já deitar!

Quando se dirigiu ate ao telefone logo marcou os dígitos e ouviu de seguida uma voz do outro lado que pedia para aguardar devido ao numero de chamadas em espera.

Logo largou o aparelho e meio incrédula se dirigiu ate a TV que Rui se esquecera de desligar, na tela varias imagens de destruição e morte se faziam ver...

Ao que parece varias daquelas pedras haviam despencado do céu causando centenas de mortos em vários países, e sem sequer serem detectados nos satélites

Mais que rápido se vestiu e saiu com o seu filho no colo, pegou no carro e arrancou ignorando o vizinho para trás e tudo o resto, pensou dirigir ate a cidade mais próxima na esperança de respostas e mais segurança.

Passados 25m de condução ilícita admira com clareza a entrada da cidade e com ela vários carros que seguiam na direcção oposta a sua, não teve tempo de recuar e logo um pontiac selstice v12 todo preto salta do matagal há beira da estrada capotou por cima da sua viatura a fazendo embater contra outras 2 que logo explodiram e no impacto o seu carro desvia abruptamente para o sentido oposto esmagando o pontiac contra uma arvore na outra margem da estrada meio atordoada com dores na coluna e retirando o seu filho da parte traseira com alguma dificuldade consegue sair do carro mas quando se preparava para dar o 1o passo logo uma mão a prendeu a impedindo de prosseguir.

-Por favor ajude-me... Tenho aqui a minha filha... Pelo amor de deus...

Luísa repara numa jovem de não mais que uns 28 anos que soluçava e engasgava pedindo ajuda com olhos de aflição e um enorme rasgão na face que descia do crânio ate ao queixo.

Num impulso de sobrevivência logo se desenvencilha da pegajosa mão e começa a correr para longe com o menino ao colo.

um pouco longe abandona Rui inerte e estirado ao chão ainda inconsciente e numa descarga de consciência corre de novo em direcção ao outro carro para socorrer a mulher...

Já se aproximava da viatura quando uma enorme explosão do carro a impulsionou para traz a fazendo esfarrapar-se toda pelo asfalto.

Com o corpo a queimar em dor e um braço deslocado volta ao filho que começava a acordar.

Pegando começou a caminhar em direcção a cidade numa corrida contra o tempo que parecia não ter fim...

...CONTINUA...