A 3ª morte de Luc rom rom
Era este o apelido de Luc de Salles, um serial killer sanguinário, canibal que escolhia as vítimas pela cor da pele, e as carnes para sua alimentação, pela maciez. Era um verme rastejante condenado pela justiça humana e certamente com um lugar garantido ao lado do diabo, seu mestre e segundo ele seu mentor em todas as barbaridades em 27 anos de matanças naqueles lugares remotos nos contrafortes dos Andes.
Matava suas vitimas ronronando como um gato, ao demonstrar satisfação, daí o apelido.
Ao lado de sua cama ele tinha uma espécie de ripa, fina, de 1 metro e meio de comprimento, por 2 polegadas de largura e meio centímetro de grossura, onde ele fazia sua sinistra contabilidade, os riscos mais acentuados eram os anos e aos riscos mais finos suas vitimas, a separação era perfeita, e assim ele podia saber se algum de seus meses de atividade teria sido em vão, mas nenhum foi, e somente o ano em curso é que estava em branco, e isso o angustiava já iam pelo mês de março, e nada havia de interessante, a sua geladeira dava sinais de esvaziamento, teria que pensar algo e rápido... Era acostumado a matar, começara com 20 anos e até então nunca deixara faltar carne em sua geladeira.
Luc era um lenhador, que morava afastado num altiplano de maneira que a esquerda de sua cabana ficava uma imensa represa de água para abastecer o povoado no vale.
A direita a uns 100 metros entre a vegetação 3 cruzes num antigo cemitério, era como se fosse um cemitério particular onde os pais e a mulher de Luc foram enterrados por volta de 20 anos atrás.
Declarou Luc na época que fora uma doença contagiosa e que ele mesmo enterrou os corpos.
Mas investigações feitas ultimamente e o testemunho de algumas vitimas que escaparam faziam recair sobre Luc muitas mortes, e ao saber disso, desapareceu e por muitos dias, foi caçado e por fim, num sábado a tarde foi visto nos becos do povoado, e assim a policia cercou tudo, com cães e atiradores de elite.
Já era avançada a noite quando foram ouvidos tiros, dentro e nas redondezas do povoado de 4 mil habitantes.
Na central de operações da policia, já era quase meia noite quando veio o primeiro comunicado...
___Atento a central, distribua o comunicado que Luc está morto em local de difícil acesso, repito Luc está morto...
___Afirmativo, entendido.
Mas estranhamente continuavam os tiros, gritos e depois de mais 1 hora outro comunicado, dizia exatamente o mesmo, em outro local, faziam a mesma afirmação, de que Luc estava morto, mas que demoraria em resgatar o corpo...
O atendente registrou os dois comunicados, e logo depois um silencio sepulcral caiu sobre o povoado, uma leve garoa começou a cair, e pelo reflexo na varanda o policial viu uma sombra vinda em sua direção, empunhou sua arma, escondeu-se atrás da mesa e aguardou...
E então, viu surgir arrastando-se porta adentro algo disforme, completamente ensangüentado, um verdadeiro cadáver saído do caixão sepulto, um frio gelou o estomago do policial, teve ímpeto de descarregar a arma naquela coisa, mas lentamente levantou apontando a arma e gritou...
____Pare aí mesmo, seja lá o que você for...
O visitante parou e sentou de costas para o policial, que com os olhos arregalados e o dedo no gatilho, deu a volta na coisa, e pode então bem de perto ver quem era...
___Luc? É você? Completamente arrepiado de medo, imaginou que o assassino havia voltado da morte para se vingar e foi afastando-se, quando viu algo na mão da coisa, que pela sombra não soube identificar.
___Meu bom jovem... Chegue aqui mais perto eu quero lhe mostrar algo... Venha, venha sem medo... Olhe só, você sabe o que é isso?
___Ta vendo, estes números, rsrsrsrsrsrsrs, pois é bem parecido com o seu controle remoto da TV, não é mesmo?
___Venha, pode chegar sem medo, agora eu vou apertar uns botõezinhos s e nos vamos viajar, olha só, 8... 6... 1 e 0, ta ouvindo? Kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk
___Meu Deus, você detonou a represa, malditooooo, nós vamos morrerrrrrrrr
Malgaxe
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